SUS, democracia e Estado de exceção

Foto: Marcello Casal/arquivo/Agência Brasil

Por Gardel Rolim
30/06/2020

Recentemente, assistimos o presidente da República, Jair Bolsonaro, líder maior da Nação brasileira, estimular a invasão dos Hospitais de Campanha pelo Brasil, além do completo desrespeito com profissionais de saúde, pacientes e familiares que lutam pela sobrevivência, em meio à pandemia da Covid-19. Batalha perdida por mais de 50 mil brasileiros e acometendo mais de um milhão de infectados, em território nacional. Esse fato, demonstra claramente a falta de empatia do “bolsonarismo” às instituições construídas ao longo de décadas no país.

O papel do Ministério da Saúde, além de construir e definir a política pública da pasta, tem o dever de fiscalizar ações de estados e municípios. Portanto, se há alguma desconfiança por parte do Governo Federal no trabalho exercido pelas equipes médicas dos Hospitais de Campanha, o mais prudente a ser feito, seria o envio de equipes técnicas do próprio Ministério, para acompanhar, fiscalizar e apontar possíveis erros.

No entanto, vivemos em tempos de uma “guerrilha psicológica”, onde apoiadores radicais do presidente Bolsonaro são estimulados por teses e ideias nada republicanas e antidemocráticas. O intuito desse movimento é arregimentar uma militância radical que ataca às instituições e destrói reputações, com objetivo de construir um Estado de exceção (situação oposta ao Estado democrático de direito), onde os poderes sejam concentrados nas mãos do Presidente e seus filhos. Quanto a isso, resistiremos até o fim, no intuito de consolidar nossa jovem democracia, objetivada na construção de um Sistema Único de Saúde (SUS) cada vez mais público e universal, que valorize os trabalhadores e respeite os usuários.

A hora é de “abraçar” os profissionais da saúde, que se apresentam como verdadeiros heróis, arriscando suas próprias vidas e de familiares, muitas vezes adoecendo e morrendo, mas exercendo seus deveres e se colocando na linha de frente para salvar a vida do povo brasileiro.

 

*Gardel Rolim é vereador pelo PDT do Ceará.