Subcomissão vai investigar morte do ex-presidente João Goulart

   

Por unanimidade, a Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembléia Legislativa aprovou, nesta quarta-feira (20), o requerimento do deputado Adroaldo Loureiro (PDT) solicitando a formação de uma subcomissão para acompanhar e investigar as circunstâncias da morte do ex-presidente da República, João Goulart, o Jango. 


De acordo com o proponente e coordenador da subcomissão, Adroaldo Loureiro, os parlamentares terão 120 dias para realizar o trabalho, buscando parceria com a Polícia Federal e o Congresso Nacional, onde senadores e deputados também estão retomando investigações a cerca da morte do ex-presidente, motivados, principalmente, pelas recentes declarações de um ex-agente do serviço secreto do Uruguai, que garante ter participado das ações para eliminar João Goulart, morto em 1976, na Argentina. Em março, em Montevidéu, o assunto deverá pautar a reunião do Parlamento do Mercosul.


Loureiro reforça a trajetória de Jango, lembrando que foi um presidente que deixou marcas importantes no desenvolvimento do País, criando as reformas-de-base. "Desde sua morte, existe a suspeita de que não foi por causa natural, conforme atestado na época; mas que foi eliminado. Essa suspeita reabre-se agora, com a entrevista do senhor Mario Neira Barreiro à imprensa, dando detalhes muitos impressionantes a respeito do que ocorrera", comenta Loureiro.


Envenenamento

Preso na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc) por envolvimento em tráfico de armas e assaltos à carro forte, o uruguaio Mario Neira Barreiro diz ter participado da operação para eliminar o ex-presidente brasileiro, versão sempre defendida pelo ex-governador Leonel Brizola, que acreditava firmemente na possibilidade de Jango ter sido assassinado.


O método utilizado, segundo depoimento do ex-agente, foi trocar os medicamentos que João Goulart tomava por conta de problemas no coração. A ordem teria partido do serviço de repressão do governo militar do Brasil.


Proteção ao ex-agente

Loureiro lembra que, entre 2001 e 2002, a Assembléia Legislativa chegou a instalar uma subcomissão para acompanhar os trabalhos que a Câmara Federal já realizava no sentido de elucidar as circunstâncias da morte do trabalhista e gaúcho missioneiro João Goulart. A Polícia Federal também abriu inquérito para esclarecer as declarações do uruguaio. Por requerimento do senador Geraldo Mesquita (PMDB-AC), foi solicitado ao Ministério da Justiça proteção ao ex-agente.

   

Por unanimidade, a Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembléia Legislativa aprovou, nesta quarta-feira (20), o requerimento do deputado Adroaldo Loureiro (PDT) solicitando a formação de uma subcomissão para acompanhar e investigar as circunstâncias da morte do ex-presidente da República, João Goulart, o Jango. 


De acordo com o proponente e coordenador da subcomissão, Adroaldo Loureiro, os parlamentares terão 120 dias para realizar o trabalho, buscando parceria com a Polícia Federal e o Congresso Nacional, onde senadores e deputados também estão retomando investigações a cerca da morte do ex-presidente, motivados, principalmente, pelas recentes declarações de um ex-agente do serviço secreto do Uruguai, que garante ter participado das ações para eliminar João Goulart, morto em 1976, na Argentina. Em março, em Montevidéu, o assunto deverá pautar a reunião do Parlamento do Mercosul.


Loureiro reforça a trajetória de Jango, lembrando que foi um presidente que deixou marcas importantes no desenvolvimento do País, criando as reformas-de-base. “Desde sua morte, existe a suspeita de que não foi por causa natural, conforme atestado na época; mas que foi eliminado. Essa suspeita reabre-se agora, com a entrevista do senhor Mario Neira Barreiro à imprensa, dando detalhes muitos impressionantes a respeito do que ocorrera”, comenta Loureiro.


Envenenamento

Preso na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc) por envolvimento em tráfico de armas e assaltos à carro forte, o uruguaio Mario Neira Barreiro diz ter participado da operação para eliminar o ex-presidente brasileiro, versão sempre defendida pelo ex-governador Leonel Brizola, que acreditava firmemente na possibilidade de Jango ter sido assassinado.


O método utilizado, segundo depoimento do ex-agente, foi trocar os medicamentos que João Goulart tomava por conta de problemas no coração. A ordem teria partido do serviço de repressão do governo militar do Brasil.


Proteção ao ex-agente

Loureiro lembra que, entre 2001 e 2002, a Assembléia Legislativa chegou a instalar uma subcomissão para acompanhar os trabalhos que a Câmara Federal já realizava no sentido de elucidar as circunstâncias da morte do trabalhista e gaúcho missioneiro João Goulart. A Polícia Federal também abriu inquérito para esclarecer as declarações do uruguaio. Por requerimento do senador Geraldo Mesquita (PMDB-AC), foi solicitado ao Ministério da Justiça proteção ao ex-agente.