Sérgio Vidigal questiona Paulo Guedes em audiência na Câmara dos Deputados


Ascom deputado Sérgio Vidigal
05/06/2019

Em audiência na Comissão de Finanças e Tributação (CFT), realizada nessa terça-feira (4), na Câmara dos Deputados, o deputado federal Sérgio Vidigal (PDT-ES) questionou o ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre quem ganha e quem perde com a Reforma da Previdência.

“Eu estou vendo aqui uma proposta na qual R$ 870 milhões vão ser retirados do Regime Geral da Previdência, onde a média salarial é 1,3 salários mínimos. Eu pergunto ao senhor: quem ganha e quem perde com a Reforma da Previdência?”, comentou Sérgio Vidigal.

Vidigal também ponderou a necessidade de ser feita uma reforma administrativa “porque o Estado está grande, está pesado”.

“E, na verdade, não é o servidor do Regime Geral da Previdência Social, que a grande maioria é o do setor privado, não foram eles que quebraram o Estado, muito menos a Previdência. É preciso que o Governo enxergue a importância de rever a reforma administrativa de estados e municípios. Porque ali está o grande problema. Porque o servidor do regime geral da previdência não consegue ter o emprego garantido por cinco, dez, 15 anos.”

Vidigal também lembra que PDT não é contra a reforma, até porque o então candidato do partido à Presidência da República, Ciro Gomes, tinha proposta de reforma, “desde que não penalizasse os trabalhadores e retirasse privilégios”.

Neutralidade

Em resposta a Sérgio Vidigal, Paulo Guedes respondeu que a Previdência tem que ser “neutra”.

“Não há privilégios de quem está ganhando dois salários mínimos, um e meio… isso não é privilégio. Nós achamos, fundamentalmente, que a Previdência tem que ser uma máquina de transferência de renda pelo menos neutra, não pode ser perversa. Ela tem que ser no mínimo neutra. Se quem tem capacidade de se aposentar com R$ 5 mil, está bom. Já teve a vida toda para acumular recursos”, comentou.

Aposentadoria

Durante seu discurso, Sérgio Vidigal reiterou como será sua aposentadoria: na condição de médico do Estado do Espírito Santo e da Prefeitura da Serra.

“Eu sou médico há 38 anos, sou médico do setor público. Como médico pode ter dois vínculos, eu tenho vínculo com o estado e com a prefeitura. E não tive nenhum tipo de privilégios, de aposentadoria especial, porque quando eu me aposentar, eu irei me aposentar com o meu salário de médico.”