Repare Bem – Ciro Gomes conversa com André Perfeito sobre as expectativas do PIB do País


Por Elizângela Isaque
12/02/2020

“A informalidade no Brasil mais o desemprego aberto sãos os maiores da história”, assevera Ciro Gomes

“O que está acontecendo com o Brasil? Na sua opinião, onde é que está ‘pegando’?” Foi com essa pergunta que o vice-presidente nacional do PDT, Ciro Gomes, iniciou uma conversa franca e esclarecedora com o economista André Perfeito, na última edição do programa “Repare Bem”. A pergunta foi o mote para  um diálogo  acerca das perspectivas em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), em face da realidade de metade da população ativa do País estar na informalidade, da qual cerca de 50% ganha, em média, R$ 413,00 – menos da metade de um salário mínimo, cujo aumento de 4,71%, anunciado pelo governo no início deste ano, desconsidera os R$ 327 perdidos pelo trabalhador em 2019.

André Perfeito vê com otimismo o crescimento de 3% do PIB brasileiro, em 2020,  o que, para ele, é um sinal de que a economia começa a apresentar uma reação à crise econômica e política que o País atravessou nos últimos anos, em sua análise, desencadeada pelo processo de “amadurecimento do Plano Real”.

André Perfeito elogiou o atual ministro da economia, Paulo Guedes, a quem ele atribui a qualidade da coerência, no que diz respeito às decisões da pasta, fieis à sua bandeira ultraliberal. Em sua análise, a discussão econômica do momento entende que a renda oriunda do trabalho terá de ser alterada por outro tipo de renda para conferir mais dinamismo na economia.

Nessa linha, Prefeito considera que duas inovações microeconômicas no mercado de trabalho alteraram profundamente “esse fator de produção, que é o trabalho”: embora o rendimento médio real das pessoas esteja estagnado, a massa salarial está subindo, capitaneadas, por exemplo, pelas novas regras da Consolidação das Leis de Trabalho (CLT) que ficou “mais frouxa”, em suas palavras, e pelas mudanças tecnológicas, que ele considera “impressionantes”, ao citar como exemplo o alto número de desempregados que têm recorrendo aos trabalhos informais e por aplicativos para sustentar suas famílias.

“Se é verdade a minha hipótese de que o custo unitário do salário está ‘segurado’, mas a massa assalariada está subindo, significa que você tem incentivos para continuar crescendo, e essa que é a surpresa que a gente teve no ano passado”, afirmou o economista, que forçou Ciro a contestá-lo por meio dos números inegavelmente muito preocupantes.

“A informalidade no Brasil mais o desemprego aberto sãos os maiores da história, a soma. A soma da informalidade, aproximadamente de 41% da população sadia para o trabalho, mais 11% em fração do desemprego, da quase 12 milhões em fração dos brasileiros; isso faz com que metade da população brasileira esteja, hoje, fora do mercado informal de trabalho e a renda de metade desse povo é de R$ 413,00, e está parada ou em declínio”, pontuou Ciro, que prosseguiu.

“Se, na tradição brasileira, o PIB cresce 60%, puxado pelo consumo das famílias, e o consumo das famílias é emprego, renda e crédito, e a gente volta aquela minha obsessiva preocupação com a questão do colapso do crédito… Está piorando a inadimplência das famílias, dois terços das famílias brasileiras estão inadimplentes. Então, de onde vem esse dado?”, questionou?

Confira abaixo quais foram as argumentações de André Perfeito, em relação a esses e outros questionamentos de Ciro Gomes:

https://www.facebook.com/cirogomesoficial/videos/481650739157722/