PDT pede que PGR responsabilize Bolsonaro por ato terrorista em Brasília

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Manifestantes invadem Congresso, STF e Palácio do Planalto.


Da Redação
09/01/2023

Documento também pede investigação criminal contra Carla Zambelli, Bia Kicis e o ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal

O PDT entrou com notícia-crime na Procuradoria Geral da República (PGR) para que o ex-presidente Jair Bolsonaro, as deputadas Carla Zambelli e Bia Kicis, e o ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres sejam responsabilizados pelos atos golpistas e terroristas realizados no Congresso Nacional, no Palácio do Planalto e no Supremo Tribunal Federal (STF) nesse domingo (8), em Brasília (DF).

O partido também quer que o PGR Augusto Aras solicite junto ao STF para que Bolsonaro retorne imediatamente ao Brasil e realize a entrega de seu passaporte.

O documento menciona que os atos praticados nas sedes dos Três Poderes, cujas cenas chocaram o País, representam um ataque direto à democracia, uma vez que os “terroristas bradavam pela destituição dos poderes constituídos, de modo a deflagrar um completo estado de anarquia e de guerra civil.”, e que Bolsonaro “incentivou seus apoiadores a atentarem contra o regime democrático de todas as formas e em todas as dimensões possíveis”.

O  partido também responsabiliza o ex-ministro da Justiça então secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres – exonerado horas depois dos ataques, por decisão do ministro Alexandre de Moraes do STF, e que assim como Bolsonaro, se encontra nos Estados Unidos –, considerando que “ciente da probabilidade do ocorrido, escusou-se de responsabilidade e ausentou-se do país na véspera dos atos terroristas, perfectibilizando omissões inexplicáveis ao cargo e à gravidade do ocorrido.”

Já as deputadas Carla Zambelli e Bia Kicis, apoiadores declaradas de Bolsonaro, no entendimento da legenda, também devem ser criminalmente investigadas e responsabilizadas por sua “nítida conduta ilícita”, claramente observadas em suas manifestações públicas por meio de “incursões golpistas e antidemocráticas”, amplamente disseminadas por suas redes sociais, sendo elas, portanto, “vetores de informação da ultradireita”.

O documento enviado à PGR afirma ainda que “Os dizeres proferidos por Jair Bolsonaro e por seu grupo político ao longo do (des) governo sempre demonstraram a finalidade dos arroubos coléricos contra a democracia, qual seja: acicatar os ânimos dos seus apoiadores para soerguerem todo tipo de desordem na sociedade caso não lograsse êxito nas eleições”.