Pará é alvo da insegurança com invasões de terras

O deputado federal Giovanni Queiroz (PDT-PA) fez discurso na Tribuna da Câmara dos Deputados em que solicitou à Justiça e autoridades responsáveis pela Segurança Pública no Estado do Pará rigor contra a atuação de quadrilhas organizadas, especializadas em invasão de terras.

Queiroz disse que "temos visto diariamente pelo rádio, pelos jornais e pela televisão a criminalidade no Brasil. Todos nós. As revistas semanais também fazem essa abordagem. Parece que a situação vem num crescente. Nos grandes centros já se trava uma verdadeira guerrilha urbana. O Estado brasileiro já se sente intimidado, e até vencido, em algumas situações", destacou.

Na opinião do parlamentar essas questões de Segurança Pública começam a ocorrer no interior do Brasil. “No Pará, por exemplo, a situação é gravíssima. Há poucos dias externava eu à governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, minha preocupação com a cidade chamada Pacajá, de 40 mil habitantes, que conheci quando visitei a Transamazônica. Na cidade havia um delegado, que não dispunha de carro, nem de escrivão. O investigador aparecia uma vez por semana e haviam só sete soldados. De lá eu trouxe reclamos da Maçonaria, da Associação Comercial, que me fizeram um apelo no sentido de que eu levasse ao Governo do Estado a preocupação daquela comunidade, que não mais se sentia tranqüila. É um absurdo".

Queiroz disse à governadora, que situação mais grave ocorria no sul do estado. "Minha preocupação se dava em função de que já começava uma conversa de que o Governo do Estado não autorizava a polícia a prender bandidos naquela região. Portanto, o Governo do Estado seria conivente por omissão, negligência ou incompetência. Mas eu não aceito isso, porque sou parceiro da governadora, sei que ela tem boa vontade. Ela não faria isso, não diria: - Não prendam."

"Mas homens encapuzados, muito bem armados, adentram propriedades rurais, deixando reclusos vaqueiros, gerentes e, às vezes, até o proprietário, como ocorreu há 15 dias. Já se passaram 8 dias, começo a me preocupar. Dizem, no sul do Pará, que o Estado não tem culpa desse processo. Repito: 8 dias se passaram e os bandidos continuam encapuzados e bem armados. Se me disserem que precisam do serviço de investigação primeiro para detectar os elementos, concordo, mas até as crianças da cidade sabem quem são os bandidos e as armas que detêm. Faço a denúncia com essa preocupação."

Por sugestão do deputado, em encontro com um grupo de proprietários rurais, cada um vai dar R$ 2,00 reais por hectare de terra, para fazer um fundo e contratar uma empresa de segurança, a fim de garantir nossas propriedades, porque o Estado brasileiro como um todo, em particular o estado do Pará, não consegue conter os bandidos.

"Não é luta pela terra, não são trabalhadores sem terra, são bandidos encapuzados e muito bem armados, invadindo propriedades, saqueando e matando, como fizeram há pouco tempo com um fazendeiro, homem de bem daquela região, que, no ato da investida, tentou reagir e foi assassinado dentro de casa."

Giovanni Queiroz registrou sua preocupação de morador do Pará, que percorre suas entranhas. "Trago como proposta a criação do Estado do Carajás, com o objetivo de levar maior presença do Estado. A 1.000 quilômetros da capital, é muito difícil para o Governo ter a sensibilidade, e a própria imprensa noticiar e pressionar, a fim de que o Governo reaja. Daí a necessidade do Governo mais ao sul do Pará, criando o Estado do Carajás, ou Tapajós, no Baixo Amazonas, na região de Santarém, que, da mesma forma, sofre as conseqüências da ausência do Estado.

“Não é preciso que mais irmãs Dorothys sejam assassinadas para que a imprensa nacional venha dizer da ausência do Estado. Ela não se dá apenas na área da segurança pública. Ela se dá também nas questões fundiária, agrária, da saúde, da educação, do transporte e das vias do escoamento da produção ou de chegada de bens para fortalecer aquelas comunidades que se integram na Amazônia com o objetivo de produzir."

“Faço aqui esse relato com a preocupação de quem lá mora, mas quer morar bem para não viver amanhã no inferno”.


O deputado federal Giovanni Queiroz (PDT-PA) fez discurso na Tribuna da Câmara dos Deputados em que solicitou à Justiça e autoridades responsáveis pela Segurança Pública no Estado do Pará rigor contra a atuação de quadrilhas organizadas, especializadas em invasão de terras.

Queiroz disse que “temos visto diariamente pelo rádio, pelos jornais e pela televisão a criminalidade no Brasil. Todos nós. As revistas semanais também fazem essa abordagem. Parece que a situação vem num crescente. Nos grandes centros já se trava uma verdadeira guerrilha urbana. O Estado brasileiro já se sente intimidado, e até vencido, em algumas situações”, destacou.

Na opinião do parlamentar essas questões de Segurança Pública começam a ocorrer no interior do Brasil. “No Pará, por exemplo, a situação é gravíssima. Há poucos dias externava eu à governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, minha preocupação com a cidade chamada Pacajá, de 40 mil habitantes, que conheci quando visitei a Transamazônica. Na cidade havia um delegado, que não dispunha de carro, nem de escrivão. O investigador aparecia uma vez por semana e haviam só sete soldados. De lá eu trouxe reclamos da Maçonaria, da Associação Comercial, que me fizeram um apelo no sentido de que eu levasse ao Governo do Estado a preocupação daquela comunidade, que não mais se sentia tranqüila. É um absurdo”.

Queiroz disse à governadora, que situação mais grave ocorria no sul do estado. “Minha preocupação se dava em função de que já começava uma conversa de que o Governo do Estado não autorizava a polícia a prender bandidos naquela região. Portanto, o Governo do Estado seria conivente por omissão, negligência ou incompetência. Mas eu não aceito isso, porque sou parceiro da governadora, sei que ela tem boa vontade. Ela não faria isso, não diria: – Não prendam.”

“Mas homens encapuzados, muito bem armados, adentram propriedades rurais, deixando reclusos vaqueiros, gerentes e, às vezes, até o proprietário, como ocorreu há 15 dias. Já se passaram 8 dias, começo a me preocupar. Dizem, no sul do Pará, que o Estado não tem culpa desse processo. Repito: 8 dias se passaram e os bandidos continuam encapuzados e bem armados. Se me disserem que precisam do serviço de investigação primeiro para detectar os elementos, concordo, mas até as crianças da cidade sabem quem são os bandidos e as armas que detêm. Faço a denúncia com essa preocupação.”

Por sugestão do deputado, em encontro com um grupo de proprietários rurais, cada um vai dar R$ 2,00 reais por hectare de terra, para fazer um fundo e contratar uma empresa de segurança, a fim de garantir nossas propriedades, porque o Estado brasileiro como um todo, em particular o estado do Pará, não consegue conter os bandidos.

“Não é luta pela terra, não são trabalhadores sem terra, são bandidos encapuzados e muito bem armados, invadindo propriedades, saqueando e matando, como fizeram há pouco tempo com um fazendeiro, homem de bem daquela região, que, no ato da investida, tentou reagir e foi assassinado dentro de casa.”

Giovanni Queiroz registrou sua preocupação de morador do Pará, que percorre suas entranhas. “Trago como proposta a criação do Estado do Carajás, com o objetivo de levar maior presença do Estado. A 1.000 quilômetros da capital, é muito difícil para o Governo ter a sensibilidade, e a própria imprensa noticiar e pressionar, a fim de que o Governo reaja. Daí a necessidade do Governo mais ao sul do Pará, criando o Estado do Carajás, ou Tapajós, no Baixo Amazonas, na região de Santarém, que, da mesma forma, sofre as conseqüências da ausência do Estado.

“Não é preciso que mais irmãs Dorothys sejam assassinadas para que a imprensa nacional venha dizer da ausência do Estado. Ela não se dá apenas na área da segurança pública. Ela se dá também nas questões fundiária, agrária, da saúde, da educação, do transporte e das vias do escoamento da produção ou de chegada de bens para fortalecer aquelas comunidades que se integram na Amazônia com o objetivo de produzir.”

“Faço aqui esse relato com a preocupação de quem lá mora, mas quer morar bem para não viver amanhã no inferno”.