Marcelo Santos denuncia falhas em obras do Terminal de Itaparica, no Espírito Santo


Ascom deputado estadual Marcelo Santos
04/07/2019

Deputado estadual e presidente da Comissão de Infraestrutura da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, Marcelo Santos (PDT-ES) usou a tribuna, nessa quarta-feira (03) para denunciar o real motivo dos problemas estruturais do Terminal de Itaparica, no litoral do estado: descumprimento do projeto executivo da obra, ainda em 2004. Interditado há cerca um ano, o Terminal de Itaparica continua sem prazo para ser reativado.

“Fizemos fiscalizações nos dez terminais do sistema Transcol em toda a Grande Vitória e o primeiro deles foi o de Itaparica, onde foi verificada falha na execução da obra, onde não se seguiu o que previa o projeto executivo do prédio, com subdimensionamento das peças utilizadas, além da ausência de manutenção preventiva, desde sua construção”, comentou o deputado.

Através de um acordo de cooperação técnica entre a Assembleia e o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea/ES) e a Associação Brasileira de Engenheiros Civis (Abenc/ES), inédito no país, a Comissão realizou visita técnica no terminal, ainda em agosto de 2018, identificando que o projeto executivo, ou seja, o conjunto de informações técnicas necessárias e suficientes para a realização do empreendimento não foi seguido pela construtora, o que acabou causando erros estruturais na obra. Além disso, verificou-se a inexistência de manutenção preventiva.

“Em momento algum o laudo apresentado pelos engenheiros apontava pela necessidade de interdição ou demolição de parte da estrutura daquele ou de qualquer outro terminal”, comentou Marcelo.

O deputado ainda questionou que a vistoria particular contratada pela Ceturb foi realizada por apenas um engenheiro, através de pregão eletrônico, que veio ao estado exclusivamente para aquela ocasião, sem conhecer a realidade local. Além disso, não foram realizadas reuniões com outros engenheiros e pessoas de áreas vizinhas antes da determinação que interditou o local. 

“Se valendo de um discurso fácil, sem apresentar nenhuma solução rápida ou um prazo de execução das medidas a serem adotadas, sendo um desrespeito aos usuários do Sistema Transcol”, diz a Nota Técnica emitida pela Comissão de Infraestrutura.

“Quantos milhões foram gastos com a reestruturação dessa obra? O pior não é a interdição em si, mas a falta de respeito com o cidadão, que fica sem o terminal, se amontoando em outro já superlotado e sem uma previsão de quando poderá voltar a utilizar o Terminal”, reafirmou Marcelo.

De acordo com a Ceturb, mais de 45 mil pessoas transitavam pelo local diariamente. Aproximadamente 31 linhas de ônibus deslocadas para a rodoviária do município e para os terminais do Ibes e de Vila Velha.