Lupi sobre a saída do PMDB: “O povo sabe o que essa gente quer!”

Ao manifestar o posicionamento do PDT em relação à saída do PMDB do governo da presidente Dilma Rousseff, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, disse agora ha pouco que considera “no mínimo estranho o comportamento do PMDB”, partido que, conforme aponta Lupi, durante os oito anos do governo Lula, foi sócio majoritário do PT ocupando “vários e amplos espaços”.

Lupi lembrou que, com a sucessão do presidente Lula, Michel Temer, presidente nacional do PMDB, tornou-se vice-presidente do Brasil e, consequentemente, contribui para que, desde o primeiro mandato da presidente Dilma, seu partido tenha sete ministérios e seja “detentor de várias presidências de empresas, autarquias”.

“Hoje vimos algo estranhíssimo e inédito. Em três minutos, reúne-se o Diretório Nacional do PMDB e decide-se romper com o governo Dilma, recomendando que todos os seus ministros devolvam sues cargos”, apontou o presidente do PDT.

Lupi também chamou a atenção para o fato de que outros dois peemedebistas também são beneficiários diretos dessa decisão de rompimento com o governo Dilma, já que ambos estão na linha sucessória da Presidência da República: o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha – que tem várias denúncias, inclusive comprovadas e sendo apuradas pelo Ministério Público – e o presidente do senado, Renan Calheiros.

“E o maior beneficiário dessa decisão de rompimento e encaminhando o PMDB para parte dele votar a favor do impeachment, é o senhor Michel Temer, que é vice-presidente da República e o sucessor natural de um possível impedimento da presidente Dilma”, ressaltou o presidente Lupi, salientando que essa manobra da oposição deixa claras as reais intenções dos pmdbistas.

“Eles acham que o povo brasileiro não sabe enxergar o que está atrás dessas decisões. Golpe é fazer com que um impeachment sem provas, sem substâncias concretas, tire da presidente Dilma o poder eleito pelo povo para o entregar de bandeja nas mãos de Michel Temer, que hoje acabou de decidir romper com o governo e apoiar o impeachment do qual ele é o maior beneficiário”, asseverou Lupi, eu finalizou:

“O povo não é bobo. O povo sabe o que essa gente quer e quer ficar longe dessa gente”, assegurou o presidente Carlos Lupi.