Lupi: querem acabar com o sindicalismo brasileiro

    
Em defesa da sobrevivência dos sindicatos brasileiros, o presidente nacional do PDT, ministro do Trabalho, Carlos Lupi, criticou a decisão da Câmara dos Deputados de tornar facultativa a contribuição sindical: “Pedir ao trabalhador que vive com um salário baixo se quer ou não descontar a contribuição sindical é o mesmo que pedir a uma criança diabética se quer doce ou não”, comparou.
 
 A iniciativa, na avaliação de Lupi, é uma tentativa de na prática “tentar acabar com o movimento sindical brasileiro”. O ministro adiantou que vai ao Congresso na próxima quarta para sensibilizar os senadores em relação à importância da manutenção da obrigatoriedade do imposto sindical, derrubada por emenda do deputado Augusto Carvalho (PPS-DF) - que torna o pagamento facultativo.
 
Segundo Lupi, há sete anos vem sendo negociado um acordo entre as centrais sindicais e o governo para oficialização destas. O acordo foi aprovado por unanimidade por três comissões da Câmara - Trabalho, Finanças e Constituição e Justiça -, nas quais todos os partidos possuem representação. E agora, quando chega ao plenário, no último momento, um único deputado apresenta uma emenda, o plenário a aprova, e o que foi negociado vai para o lixo. "É muito feio ter um acordo feito e não-cumprido. Pega mal para o Parlamento e para a sociedade", explicou.
 
Lupi questionou o fato do deputado só ter acabado com a contribuição obrigatória para os sindicatos, deixando de fora a contribuição para as entidades patronais. Disse que ele, como ministro do governo Lula, é fiador do acordo feito com as centrais e, por isso, vai lutar para que ele seja mantido – garantindo a contribuição sindical. “Em todos os países do mundo a atividade sindical é mantida através de subsídios ou contribuições, porque o Brasil teria que ser diferente?”, questionou.
 
"Havia um acordo para aprovar a legalização das centrais e tivemos uma espécie de golpe ali no meio do jogo do Brasil. Um gol contra", afirmou o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho. Já o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Arthur Henrique, afirmou que durante as negociações do acordo para a formalização das centrais, foi definido que haveria um prazo de até 12 meses para criar um novo sistema de financiamento sindical. "Não tem por que uma tentativa de fazer uma emenda, quebrando portanto esse processo de negociação e esse processo transitório de estruturação do financiamento do movimento sindical", afirmou.
 
Também se manifestaram contra o fim da contribuição sindical, que garante a existência dos sindicatos de trabalhadores no Brasil, o presidente da Nova Central e de outros duas centrais sindicais menores. Os representantes dos trabalhadores pretendem fazer campanha nacional para que o Senado revogue a emenda do deputado e garanta a sobrevivência das entidades que representam os trabalhadores organizados.
    

    

Em defesa da sobrevivência dos sindicatos brasileiros, o presidente nacional do PDT, ministro do Trabalho, Carlos Lupi, criticou a decisão da Câmara dos Deputados de tornar facultativa a contribuição sindical: “Pedir ao trabalhador que vive com um salário baixo se quer ou não descontar a contribuição sindical é o mesmo que pedir a uma criança diabética se quer doce ou não”, comparou.

 

 A iniciativa, na avaliação de Lupi, é uma tentativa de na prática “tentar acabar com o movimento sindical brasileiro”. O ministro adiantou que vai ao Congresso na próxima quarta para sensibilizar os senadores em relação à importância da manutenção da obrigatoriedade do imposto sindical, derrubada por emenda do deputado Augusto Carvalho (PPS-DF) – que torna o pagamento facultativo.

 

Segundo Lupi, há sete anos vem sendo negociado um acordo entre as centrais sindicais e o governo para oficialização destas. O acordo foi aprovado por unanimidade por três comissões da Câmara – Trabalho, Finanças e Constituição e Justiça -, nas quais todos os partidos possuem representação. E agora, quando chega ao plenário, no último momento, um único deputado apresenta uma emenda, o plenário a aprova, e o que foi negociado vai para o lixo. “É muito feio ter um acordo feito e não-cumprido. Pega mal para o Parlamento e para a sociedade”, explicou.

 

Lupi questionou o fato do deputado só ter acabado com a contribuição obrigatória para os sindicatos, deixando de fora a contribuição para as entidades patronais. Disse que ele, como ministro do governo Lula, é fiador do acordo feito com as centrais e, por isso, vai lutar para que ele seja mantido – garantindo a contribuição sindical. “Em todos os países do mundo a atividade sindical é mantida através de subsídios ou contribuições, porque o Brasil teria que ser diferente?”, questionou.

 

“Havia um acordo para aprovar a legalização das centrais e tivemos uma espécie de golpe ali no meio do jogo do Brasil. Um gol contra”, afirmou o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho. Já o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Arthur Henrique, afirmou que durante as negociações do acordo para a formalização das centrais, foi definido que haveria um prazo de até 12 meses para criar um novo sistema de financiamento sindical. “Não tem por que uma tentativa de fazer uma emenda, quebrando portanto esse processo de negociação e esse processo transitório de estruturação do financiamento do movimento sindical”, afirmou.

 

Também se manifestaram contra o fim da contribuição sindical, que garante a existência dos sindicatos de trabalhadores no Brasil, o presidente da Nova Central e de outros duas centrais sindicais menores. Os representantes dos trabalhadores pretendem fazer campanha nacional para que o Senado revogue a emenda do deputado e garanta a sobrevivência das entidades que representam os trabalhadores organizados.