Lupi: “PDT aguarda o tempo de decisão da Dilma”

O presidente do PDT e ministro do Trabalho Carlos Lupi comemorou a vitória de Dilma Roussef, ressaltando a sua origem: “Dilma representa a mulher que conseguiu travar a luta política e ideológica, que resistiu à ditadura, foi presa e mostrou a sua competência nesses oito anos de governo do presidente Lula. Ou seja, é a mulher assumindo de vez o seu lugar de vanguarda na política nacional”, disse. Lupi também avaliou o desempenho do PDT nas últimas eleições. “Aumentamos nossa bancada de 21 para 28 deputados e, com os quatro senadores, temos uma bancada forte no Congresso”.
 
Sobre a participação do partido no governo Dilma, Lupi acha que agora é hora de aguardar o tempo de decisão de Dilma. “Quanto à permanência do partido no governo, acho que temos que deixar a presidente muito à vontade porque ela já conhece como é o PDT porque militou conosco durante 20 anos. Ela conhece bem o partido e seus quadros, e no futuro a gente vai, quando ela achar conveniente, conversar e avaliar o que ela acha melhor sobre a participação do partido em seu governo”.
 
Lupi, acrescentou que a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 serão os principais motores do crescimento do emprego no governo da presidente eleita Dilma Rousseff e para aproveitar essa oportunidade, defendeu que o país precisa investir cada vez mais em qualificação profissional.
 
 
Durante inauguração de uma estação de metrô no Rio, no início de novembro, no Rio, Lupi lembrou que muitas obras para as competições já começaram e que a demanda por mão de obra já se reflete nas estatísticas do governo. “Tudo isso gera emprego. São intervenções públicas federais, estaduais e municipais, que alavancam o emprego”.
 
Ao falar sobre os números de vagas criadas agora nos mes de outubro e a expectativa para o atual mês de novembro, o ministro disse que espera índices recordes e aproveitou para explicar que a queda do emprego prevista para dezembro é sazonal.
 
Para o próximo governo, destacou que a presidente eleita Dilma Rousseff tem pela frente o “gargalo da qualificação profissional” em vários setores, desafio que precisa ser enfrentado pelo governo e pela iniciativa privada. “Hoje, muitos setores estão completamente afunilados: não há mão de obra qualificada na área de construção civil, hotelaria, serviços”.
 
Indagado sobre a possibilidade de continuar no cargo de ministro, Lupi explicou que a decisão será do partido (PDT) e da presidente. “Eu não sei, nunca conversei sobre isso com ela [Dilma Rousseff]. Acho que estou cumprindo a minha etapa. Não existe cargo perpétuo”, concluiu.