Lupi fortalece Ciro ao criticar tentativa de polarização por pesquisas


Da Redação
04/04/2022

“A história do Trabalhismo é lutar contra as grandes ondas”, garantiu o presidente nacional do PDT

O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, defendeu a pré-candidatura de Ciro Gomes ao Palácio do Planalto ao criticar a tentativa de polarização sustentada em pesquisas eleitorais. A manifestação ocorreu durante o programa Globo News Debate deste domingo (3).

“Eu acredito [no Ciro]. A história do Trabalhismo é essa. É lutar contra as grandes ondas, é afirmar princípios e ideias que a gente acredita. Eu quero ter direito, em uma democracia, de apresentar candidatura e deixar o povo julgar”, afirmou, durante participação ao lado do presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, e o líder da base bolsonarista, deputado federal Ricardo Barros.

“Eu acho o Ciro o mais preparado por ser um homem experiente. Foi prefeito, governador e ministro. É um homem limpo, íntegro e tem projeto para o Brasil. […] Eu quero debate, democracia. O trabalhismo é o que mais sofreu com a ditadura, que o ministro dele [Bolsonaro] estava batendo palmas e dizendo que não era. Entramos na Justiça contra ele”, completou.

Para o pedetista, “cada eleição é uma fotografia diferente” e pesquisas não representam uma base efetiva para decidir o caminho do pleito democrático.

“Já estão decidindo, pela pesquisa, que é polarizado entre Lula e Bolsonaro e quem tem voto e quem não tem. E a gente sabe que não é assim. Eu já vi muita gente sentar na cadeira de prefeito e depois não ter nem cadeira para sentar”, avaliou.

“Eleição em dois turnos é exatamente para que todos, no primeiro turno, apresentem suas propostas e projetos para, no segundo turno, se juntem os mais afins. Imaginar, como Ricardo Barros, que Bolsonaro é essa fortaleza, é estar em outro planeta”, acrescentou.

Sobre o fim da janela partidária, Lupi fez um comparativo com os últimos 20 anos, onde o partido se reestruturou e cresceu mesmo com o impacto do falecimento do seu fundador, o ex-governador Leonel Brizola. Para o próximo pleito nacional, ele projeta um crescimento da bancada, com a eleição de 35 parlamentares na Câmara.

“Perdas e ganhos têm em todo o processo político-eleitoral é sempre assim. Quando eu assumi o PDT, com a morte do meu líder Leonel Brizola, nós tínhamos 18 deputados federais. Fomos para 21, depois perdemos alguns pela questão do impeachment e voltamos a com 28. Agora, escrevam: nós temos 19 e vamos para mais de 35 porque a população olha o amanhã, e não o ontem”, detalhou.

Enfrentamento

Sobre a crise gerada por Bolsonaro, que classificou como “profeta da ignorância” e “belzebu”, Lupi salientou o impacto do “negacionismo” ao longo dos últimos três anos em todo o país.

“Será que a população vai esquecer dos mais de 660 mil mortos e das ‘rachadinhas’ que estão abafadas? Eu não me conformo. Falar em nome da família? O que é família? Família é amor e não ódio. É companheirismo, respeito às diferenças. Bolsonaro representa a antifamília, o anticristo”, comentou, ao citar as agressões aos pilares democráticos, como o Supremo Tribunal Federal (STF)”, pontuou.

Por isso, Lupi acredita que “Bolsonaro sairá da Presidência da República direto para a cadeia”.

“Porque ele vai ser julgado pelos crimes que cometeu contra o povo brasileiro. Isso não vai passar assim. Vai para a cadeira, pois é o destino de todos aqueles que são cúmplices das mortes pela Covid]”, concluiu.