Lupi confirma posição contrária do PDT ao “distritão” e coligações


Da Redação
11/08/2021

“Nosso voto é não! Não vamos ajudar essa gente a destruir a democracia”, assevera o presidente nacional da legenda

O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, confirmou nesta quarta-feira (11), em vídeo pelas redes sociais, a posição contrária do partido à nova reforma eleitoral, que inclui a possibilidade de implementação do sistema “distritão” e do retorno das coligações para deputados e vereadores. O tema está em discussão, na Câmara dos Deputados, através da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 125/11.

Criticada por favorecer pessoas mais conhecidas e com mais recursos financeiros, a PEC dificulta, segundo os pedetistas, a renovação dos parlamentares e o acesso das minorias ao Congresso, bem como descarta os votos dados em candidatos derrotados.

“Nosso voto é não. Vamos mobilizar a rede social e nossa bancada. Não vamos ajudar essa gente a destruir a democracia. Não podemos aceitar isso. O Brasil está vivendo uma era de golpe. A cada momento é um golpe contra o povo brasileiro”, comentou Lupi.

“É um escândalo. Teremos 513 deputados federais e cada um será deputado federal de si mesmo”, completou.

O texto foi aprovado em comissão especial, na última segunda-feira (9), e pode entrar na pauta de votação do plenário, segundo o presidente Arthur Lira, nesta semana. Por representar uma mudança constitucional, o tema demanda ao menos 308 votos favoráveis em dois turnos de votação com ao menos 308 votos favoráveis.

Análise

Para o presidente, o “distritão” vai transformar o Brasil na representação de “ricos, poderosos e gente que é artista e tem muita fama”.

“Só irão para Brasília aqueles mais votados. Não terá coeficiente eleitoral”, disse, ao questionar como seria o processo de distribuição do fundo eleitoral.

Sobre a coligação, a sigla brizolista alegou ainda que o modelo acaba se transformando em instrumento para unir e viabilizar partidos que não ultrapassariam a cláusula de barreira.

 “Elegem alguns deputados sem ideia, projeto e candidaturas majoritárias. Um arranjo com outros objetivos que não são os políticos”, indicou.