Lupi aposta no diálogo democrático para “salvar o Brasil” de Bolsonaro


Da Redação
29/04/2022

Presidente nacional do PDT confirma que Ciro está consolidando a força da pré-candidatura ao Planalto

“Nós temos diferenças. Agora, temos que conversar, dialogar, ver os pontos em comum e salvar o Brasil desse autoritarismo, do ditador de plantão chamado Jair Bolsonaro”, afirmou o presidente Nacional do PDT, Carlos Lupi, ao citar as articulações do partido, a partir da pré-candidatura a presidente de Ciro Gomes, com representantes do campo democrático. “Nós estamos abertos ao diálogo”, assegurou, nesta sexta-feira (29), em entrevista à Band News TV.

“Estamos abertos ao diálogo a todas as forças democráticas. O Moro eu não incluo. […] Não é democrata. Eu quero trabalhar com os democratas, com os que respeitam a vontade do povo. O Bolsonaro é um inimigo novo, adversário fervoroso. É um homem que pensa ao contrário de tudo que nós pensamos”, declarou.

“As nossas divergências não impedem de a gente ter um diálogo permanente. A conversa, na política, é parte essencial para a democracia. Quem, na política, não estiver disposto ao diálogo se isola. E o isolamento é fatal”, acrescentou, ratificando a coerência da posição trabalhista.

Após um ano do início do processo de discussão eleitoral, a manutenção e fortalecimento de Ciro mostra um diferencial na disputa até o Palácio do Planalto. Segundo Lupi, essa evolução, naturalmente, atrairá outras forças políticas em uma possível aliança”.

“Ciro está resistindo. Já tivemos lançamento de candidatura do [Sergio] Moro, [Luciano] Huck, do presidente do Senado [Rodrigo Pacheco] e nós estamos resistindo. Hoje, está claro e evidente por pesquisas, o Ciro consolidado em terceiro lugar. Isso tende a crescer, pois o Ciro está consolidando a força dele”, pontuou.

Defesa

Sobre o episódio de ataques realizados por bolsonaristas, nesta quinta-feira (28), contra Ciro Gomes na Agrishow, feira de agronegócios que acontece em Ribeirão Preto (SP), Lupi avaliou que o pedetista reagiu aos xingamentos e preconceitos, inclusive contra sua origem nordestina.

“As pessoas agrediram, discriminaram o nordestino. A fita não está muito clara desde o começo. Cada um tem uma maneira [de reagir], o Ciro é muito autêntico, muito verdadeiro. […] Eu também não passaria por isso. No meio de um cordão de pessoas xingando, ofendendo e você vai sorrir? É muita falsidade. Nós não podemos ter essa política falsa”, opinou.

“O Ciro em todos os espaços de poder, como governador, prefeito e ministro de Estado, não teve um ato que não fosse pautado pelo respeito à democracia e à cidadania. Essas provocações são alimentadas, instrumentadas para isso, porque sabem que ele tem um temperamento forte. Por ser autêntico, ele reage de uma maneira muito forte também”, concluiu.