Jorge da Silva: um legado da Comunidade Negra Brasileira

O pós-doutor em ciências sociais, antropólogo, professor universitário, advogado, cientista político, ativista dos direitos humanos, ex-secretário de governo no estado do Rio de Janeiro coronel da reserva PM-RJ Jorge da Silva faleceu nesse 15 de dezembro de 2020 aos 78 anos deixando um grande legado para toda a sociedade brasileira, em especial, aos que lutam pelos direitos humanos. A sua história foi marcada, dentre outras causas, pelo combate ao racismo e defesa das ditas “minorias” publicando vários artigos, como também livros, dentre eles posso citar:“Violência e Racismo no Rio de Janeiro”, Direitos Civis e Relações Raciais no Brasil, 120 Anos de Abolição, Guia de Luta Contra a Intolerância Religiosa e o Racismo. No ensino superior foi professor e coordenador do curso de Segurança Pública da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e na Universidade Federal Fluminense (UFF) foi docente do curso de mestrado em Direito e professor-pesquisador da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais. Essa brilhante trajetória, contribuição intelectual e política vinda de um cidadão negro em um país como o Brasil, é uma vitória, de um jovem guerreiro nascido e criado no complexo de favelas do Morro do Alemão na cidade do Rio de Janeiro que ingressou na polícia militar do estado do Rio de Janeiro aos 17 anos e alcançou o cargo máximo dessa corporação como seu Chefe geral do estado maior. Jorge da Silva ocupou vários cargos de relevância como, diretor-presidente do Instituto de Segurança Pública do Governo do Estado do Rio (ISP) e Secretário de Direitos Humanos do Rio de Janeiro entre 2000 e 2002. A sua contribuição foi fundamental para o entendimento da relação entre direitos humanos, população negra, violência e segurança pública com participações em congressos e seminários, no Brasil e no exterior. Toda a sua experiência à frente de organizações políticas e órgãos públicos lhe fez acumular um conjunto de conhecimentos que o credenciaram como uma autoridade não só acadêmica em razão dos títulos, mas também de referência por seu compromisso com a ética e dignidade humana. O agora saudoso coronel Jorge da Silva se juntou a nomes da grandeza e estirpe de Edialeda Salgado Nascimento, senador Abdias do Nascimento, coronel Nazareth Cerqueira, deputado Carlos Alberto Caó, Lélia Gonzalez, e demais guerreiros (as) de uma geração de afro-brasileiros que pensaram, lutaram e dedicaram suas vidas por um Brasil com justiça, igualdade racial e social. Jorge da Silva vive!   *Ivaldo Paixão, Capitão de Longo Curso, foi Diretor da Fundação Cultural Palmares- Ministério da Cultura e um dos idealizadores do curso oferecido pela FLB-AP “Políticas de Igualdade Racial”. Presidente da Secretaria Nacional do Movimento Negro do PDT. *Sandro Correia é professor universitário. Foi secretário de Reparação de Salvador. Foi um dos idealizadores do curso oferecido pela FLB-AP “Políticas de Igualdade Racial”. Membro da direção da Secretaria Nacional do Movimento Negro do PDT.  

O pós-doutor em ciências sociais, antropólogo, professor universitário, advogado, cientista político, ativista dos direitos humanos, ex-secretário de governo no estado do Rio de Janeiro coronel da reserva PM-RJ Jorge da Silva faleceu nesse 15 de dezembro de 2020 aos 78 anos deixando um grande legado para toda a sociedade brasileira, em especial, aos que lutam pelos direitos humanos.

A sua história foi marcada, dentre outras causas, pelo combate ao racismo e defesa das ditas “minorias” publicando vários artigos, como também livros, dentre eles posso citar:“Violência e Racismo no Rio de Janeiro”, Direitos Civis e Relações Raciais no Brasil, 120 Anos de Abolição, Guia de Luta Contra a Intolerância Religiosa e o Racismo.

No ensino superior foi professor e coordenador do curso de Segurança Pública da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e na Universidade Federal Fluminense (UFF) foi docente do curso de mestrado em Direito e professor-pesquisador da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais.

Essa brilhante trajetória, contribuição intelectual e política vinda de um cidadão negro em um país como o Brasil, é uma vitória, de um jovem guerreiro nascido e criado no complexo de favelas do Morro do Alemão na cidade do Rio de Janeiro que ingressou na polícia militar do estado do Rio de Janeiro aos 17 anos e alcançou o cargo máximo dessa corporação como seu Chefe geral do estado maior.

Jorge da Silva ocupou vários cargos de relevância como, diretor-presidente do Instituto de Segurança Pública do Governo do Estado do Rio (ISP) e Secretário de Direitos Humanos do Rio de Janeiro entre 2000 e 2002.

A sua contribuição foi fundamental para o entendimento da relação entre direitos humanos, população negra, violência e segurança pública com participações em congressos e seminários, no Brasil e no exterior.

Toda a sua experiência à frente de organizações políticas e órgãos públicos lhe fez acumular um conjunto de conhecimentos que o credenciaram como uma autoridade não só acadêmica em razão dos títulos, mas também de referência por seu compromisso com a ética e dignidade humana.

O agora saudoso coronel Jorge da Silva se juntou a nomes da grandeza e estirpe de Edialeda Salgado Nascimento, senador Abdias do Nascimento, coronel Nazareth Cerqueira, deputado Carlos Alberto Caó, Lélia Gonzalez, e demais guerreiros (as) de uma geração de afro-brasileiros que pensaram, lutaram e dedicaram suas vidas por um Brasil com justiça, igualdade racial e social.

Jorge da Silva vive!

 

*Ivaldo Paixão, Capitão de Longo Curso, foi Diretor da Fundação Cultural Palmares- Ministério da Cultura e um dos idealizadores do curso oferecido pela FLB-AP “Políticas de Igualdade Racial”. Presidente da Secretaria Nacional do Movimento Negro do PDT.

*Sandro Correia é professor universitário. Foi secretário de Reparação de Salvador. Foi um dos idealizadores do curso oferecido pela FLB-AP “Políticas de Igualdade Racial”. Membro da direção da Secretaria Nacional do Movimento Negro do PDT.