João Goulart fez história ao ratificar parceria Brasil-China, em 1961


Por Bruno Ribeiro/PDT-RJ
01/03/2021

Aclamado pelo público, trabalhista discursou no Congresso Nacional do Povo, em Pequim

Marco na política internacional, a visita do então vice-presidente da República, João Goulart (Jango), à China, em 1961, teve seu ápice no encontro no Congresso Nacional do Povo, em Pequim. O evento, no maior Legislativo do mundo, contou com cerca de três mil representantes do Partido Comunista Chinês e enalteceu a primeira visita oficial de um chefe de Estado sul-americano ao país asiático.

Recebido pelo presidente chinês, Liu Shaoqi, Jango, que completaria 102 anos nessa segunda-feira (1), mostrou, a partir de pautas econômicas e sociais, a intenção de estreitar laços diplomáticos com a nação que despontaria como potência no século XX. Ao longo dos últimos 60 anos, a visão progressista se confirmou, pois é, atualmente, o maior parceiro comercial do Brasil.

“Viva a amizade cada vez mais estreita entre a China Popular e os Estados Unidos do Brasil, viva a amizade dos povos asiáticos, africanos e latino-americanos!”, destacou, ao ser aplaudido pelo público.

Transição

De forma simultânea, ocorria a renúncia do presidente brasileiro, Jânio Quadros. O fato político demandou uma mobilização civil e militar, de 14 dias, para garantir a posse de Jango. A liderança ficou a cargo de Leonel Brizola, governador do Rio Grande do Sul na época.

Denominada “Campanha da Legalidade”, a ação, sustentada por armas e rádios entre 25 de agosto de 7 de setembro de 1961, impediu a tentativa de golpe orquestrada pela cúpula das Forças Armadas, em Brasília. Com a resistência centralizada nos porões do Palácio Piratini – sede do governo gaúcho –, os trabalhistas garantiram o respeito à Constituição e à manutenção da democracia.

Confira, na íntegra, a partir da página do Centro de Memória Trabalhista (CMT): www.facebook.com/watch/?v=268050277146412