Jango foi assassinado por envenenamento?

    
Por Rosane de Oliveira/Zero Hora
 
É o que pretende descobrir o filho do ex-presidente da República, João Goulart, João Vicente Goulart. Em entrevista ao Gaúcha Atualidade, ele falou sobre a luta pela busca da verdade referente a morte de seu pai, em 1976. Na semana passada, a família entrou com uma ação na Procuradoria Geral da República em que pede a investigação sobre o suposto complô que teria levado ao assassinato por envenenamento do ex-líder petebista, deposto em 1964 e morto no exílio, na Argentina.
 
O pedido é baseado na entrevista feita pelo filho de Jango com o ex-agente de inteligência do governo uruguaio, Mario Neira Barreiro, de 53 anos, preso no presídio de segurança máxima de Charqueadas, aqui no Estado.
 
Barreiro trabalhou no serviço secreto nos anos de chumbo e sua função era monitorar exilados políticos, incluindo a família de Jango, muito antes da Operação Condor (aliança dos militares do Cone Sul criada no final de 1975 para combater opositores).
 
Segundo Vicente Goulart, o uruguaio teria assumido a responsabilidade pela operação, com a concordância do Brasil. O próprio delegado Fleury, figura de destaque na repressão brasileira, teria ido a Montevidéu para autorizar a morte de Jango que, segundo ele, foi por envenenamento.
 
– Ele não só deu algumas informações como ele se diz o responsável pela operação. Inclusive com a benevolência do serviço secreto brasileiro. O delegado Fleury junto com dois agentes brasileiros esteve em Montevidéu autorizando a execução do presidente – disse Vicente Goulart.
 
A intenção do filho do ex-presidente não é ferir a Lei de Anistia, mas sim que o conhecimento histórico da nação seja aberto ao conhecimento público, evitando assim que as novas gerações não cometam os mesmos erros do passado.
    

    

Por Rosane de Oliveira/Zero Hora

 

É o que pretende descobrir o filho do ex-presidente da República, João Goulart, João Vicente Goulart. Em entrevista ao Gaúcha Atualidade, ele falou sobre a luta pela busca da verdade referente a morte de seu pai, em 1976. Na semana passada, a família entrou com uma ação na Procuradoria Geral da República em que pede a investigação sobre o suposto complô que teria levado ao assassinato por envenenamento do ex-líder petebista, deposto em 1964 e morto no exílio, na Argentina.

 

O pedido é baseado na entrevista feita pelo filho de Jango com o ex-agente de inteligência do governo uruguaio, Mario Neira Barreiro, de 53 anos, preso no presídio de segurança máxima de Charqueadas, aqui no Estado.

 

Barreiro trabalhou no serviço secreto nos anos de chumbo e sua função era monitorar exilados políticos, incluindo a família de Jango, muito antes da Operação Condor (aliança dos militares do Cone Sul criada no final de 1975 para combater opositores).

 

Segundo Vicente Goulart, o uruguaio teria assumido a responsabilidade pela operação, com a concordância do Brasil. O próprio delegado Fleury, figura de destaque na repressão brasileira, teria ido a Montevidéu para autorizar a morte de Jango que, segundo ele, foi por envenenamento.

 

– Ele não só deu algumas informações como ele se diz o responsável pela operação. Inclusive com a benevolência do serviço secreto brasileiro. O delegado Fleury junto com dois agentes brasileiros esteve em Montevidéu autorizando a execução do presidente – disse Vicente Goulart.

 

A intenção do filho do ex-presidente não é ferir a Lei de Anistia, mas sim que o conhecimento histórico da nação seja aberto ao conhecimento público, evitando assim que as novas gerações não cometam os mesmos erros do passado.