Janeiro – Retrospectiva Política


Por Hari Alexandre Brust
Por Hari Alexandre Brust
08/01/2019

06 janeiros de 1963

Os brasileiros convocados por plebiscito, para manifestarem-se sobre o regime parlamentarista, aprovado pelo congresso por imposição militar e o regime presidencialista, por mais de 80%, resolveram devolver os poderes do Presidente João Goulart, o que contribuiu para sua derrubada em 1964.

07 de janeiro de 1991

O trabalhismo perdeu uma das suas mais importantes lideranças Doutel de Andrade. Sucessor de Jango na presidência do antigo PTB, com Brizola foi fundador e presidente do PDT.

12 de janeiro de 1959

A excessiva dominação dos Estados Unidos sobre Cuba gerou, a partir de 1956, sob o governo do entreguista Fulgêncio Batista, uma constante mobilização popular, contra as nefastas ações em prejuízo da maioria do povo mergulhado na pobreza.
Após três anos de muita luta, em 12 de janeiro de 1959, sob o comando de Fidel Castro,12 barbudos apoiados pela população, tomaram Havana, além das maiores cidades.
A nossa expectativa é de que, o excessivo alinhamento do futuro do governo Bolsonaro com os Estados Unidos, não transforme o Brasil numa grande Cuba totalmente dominado.

15 de janeiro de 1984

Após 20 anos de ditadura militar, é eleito pelo Congresso, de forma indireta, o ex – primeiro Ministro do Presidente João Goulart, Tancredo Neves que, infelizmente, acometido de grave enfermidade, faleceu antes de tomar posse. Em seu lugar assumiu a Presidência o vice José Sarney e deu no que deu.

22 de janeiro de 1922

No ano do centenário da Independência do Brasil, nasceu em Carazinho, no Rio Grande do Sul, o menino Itagiba, que aos 14 anos optou por chamar-se de Leonel, em homenagem ao Gen. Leonel Rocha, comandante da revolução de 1923, em que seu pai foi assassinado. Jornaleiro, engraxate, carregador de malas, fez o curso de Técnico Agrícola e formou-se em Engenharia Civil. Em 1945, ao lado de Getúlio e Jango ajudou a fundar o PTB. Eleito duas vezes Deputado Estadual, Deputado Federal, Prefeito de Porto Alegre, aos 33 anos de idade e Governador do Estado aos 37 anos, tornou-se o grande Leonel de Moura Brizola, o maior nacionalista do Brasil, em 1959, ao encampar a Bond and Share, companhia de energia elétrica e a ITT um ano depois. Em 1961, através de companha de legalidade, assegurou a posse do vice João Goulart. Em 1962 um terço dos cariocas o elegeram Deputado Federal. Cassado, em 1964, passou 15 anos no exilio. Na volta, em 1980, fundou o PDT e, em 1982, foi eleito Governador do Rio de Janeiro. Em 1989 concorreu à Presidência da República, infelizmente ficou em 3º lugar, pois se eleito, teria feito a verdadeira independência política e econômica do Brasil.

23 de janeiro de 1983

O Governador Brizola reuniu o comando nacional do PDT, na cidade de Mendes – RJ, para definir os rumos e a responsabilidade do partido na conjuntura política do Brasil. Nesse memorável encontro, através da CARTA DE MENDES, o PDT assumiu com absoluta firmeza como pratica e objetivo, a causa do socialismo democrático no Brasil, através da execução do seu programa. Ficou definido que, “enquanto não se colocar um basta à dominação do capitalismo internacional, não haverá condições de edificar, no interior de nossas fronteiras, uma sociedade democrática, dentro dos padrões mínimas da justiça e da liberdade”.

             

  *Hari Alexandre Brust, é membro da Executiva Estadual do PDT e presidente da Executiva Municipal de Salvador, Bahia.