“Investimento social precisa sair do teto de gastos”, defende Lupi


Da Redação
17/11/2022

Pedetista apoia proposta do Governo e acredita que investir na população é a chave para o crescimento

 

O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, divulgou, hoje (17), um vídeo nas redes sociais em que defende o fim do teto de gastos para programas sociais. O pedetista também comentou uma série de notícias sobre a reação do mercado financeiro à proposta do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, de deixar R$ 175 bilhões fora do teto para custear o Bolsa Família e o aumento do salário mínimo acima da inflação.

“Enquanto 33 milhões de brasileiros estão passando fome, o “mercado” fica nervoso quando o presidente Lula diz que quer retirar do teto de gastos R$ 175 bilhões para investir no Bolsa Família e aumentar o salário mínimo acima da inflação. Enquanto isso, está previsto para este ano, R$ 700 bilhões de gastos com a dívida pública, entre amortização de juros e outros serviços”, expõe Lupi.

Carlos Lupi traz à tona duas questões fundamentais: o aumento da miséria no país; e a discrepância entre a responsabilidade financeira e a necessidade de salvar vidas com urgência. Este ano, o Brasil voltou ao mapa da fome da ONU – quando mais de 2,5% da população do país não tem o que comer –, com 4,1% dos brasileiros enfrentando falta crônica de alimentos.

No caso financeiro, a questão apela para o bom senso na distribuição dos gastos. A dívida pública brasileira é de R$ 5,75 trilhões, gerando, só em 2022, mais R$ 700 bilhões de juros e outros serviços. O que o presidente nacional do PDT questiona é: É irresponsável, do ponto de vista fiscal, usar menos de um terço desse valor para tirar o povo da miséria? Ele ainda aponta a pouco comentada geração de renda e aquecimento da economia que o investimento social proporciona.

“Essa é a discussão que precisa vir à tona. Injetar dinheiro na economia através de investimentos sociais e aumento real de salário mínimo é o caminho mais curto para iniciar o trabalho de reconstrução do Brasil. Isso significa novos empregos, maior poder de compra do pobre e a roda da economia girando em favor de todos, inclusive dos empresários”.

O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin entregou ontem ao Congresso a proposta da chamada PEC da Transição. Nela estão previstos os gastos para manter o Bolsa Família em R$ 600, com adicional de R$ 150 por criança abaixo dos seis anos, a retirada dos programas sociais do teto de gasto e o aumento do mínimo acima da inflação. Lupi garantiu que o partido apoiará o Governo.

“Já adianto que o PDT fechará questão internamente para aprovar a retirada dos investimentos sociais do teto de gastos. Esse é o nosso compromisso! Investir em quem tem fome precisa ser prioridade”, concluiu o presidente nacional do PDT.