Governo do Rio manda derrubar Memorial Leonel Brizola

O Memorial Leonel Brizola, projetado por Oscar Niemeyer e cujas obras foram paralisadas em 2006 após consumirem  R$ 1,9 milhão dos R$ 3,6 milhões previstos para a sua construção na Avenida Presidente Vargas n º 3.364 – no Centro do Rio de Janeiro – foi abaixo (foto) por determinação do governo do Rio de Janeiro.  Do projeto, só estava pronta a imensa base de concreto que agora foi arrancada por determinação das autoridades fluminenses.

O chefe do Gabinete Civil do governador Sérgio Cabral (PMDB), Régis Fichtner, explicou que no lugar do Memorial Leonel Brizola, que estava sendo construído em terreno diante da sede da Prefeitura carioca, será erguida uma estação de metrô. Fichitner se justificou: “Não dava para mudar a linha do metrô de local, mas o memorial pode ir para outro lugar”.

Só que não disse que lugar pode ser esse, nem garantiu que seja intenção do governador Sérgio Cabral  – que Brizola definia como a “nova cara da direita” do Rio de Janeiro – levar adiante a idéia da homenagem do memorial, obra iniciada no governo de Rosinha Garotinho.  

Considerado o maior arquiteto brasileiro de todos os tempos, Niemeyer ainda não se pronunciou sobre o fato. O arquiteto premiado é responsável pelos projetos de  duas das principais  obras do governo Brizola: o Ciep e o Sambódromo.

Indignado com a demolição, o Líder do PDT na Câmara, deputado Brizola Neto, disse:

-- O governo do Estado está mostrando que desperdiça dinheiro público ao demolir um projeto iniciado por ele mesmo há três anos.  Além de ser um crime contra o patrimônio cultural  demolir uma obra assinada por Oscar Niemeyer.

Segundo o projeto, o Memorial ficará em espelho d’água que vai separar o monumento da rua. No subsolo serão guardados documentos pessoais do fundador do PDT e também estão previstas sala de exposições e auditório para 300 pessoas, além de uma grande área para guardar arquivos sobre Brizola, cujo busto se destacará no Memorial.

Intolerância - Desde a morte de Brizola é a segunda iniciativa que demonstra a intolerância de políticos fluminenses menores em relação aos dois governos de Brizola no Estado. Em dezembro de 2004 o então prefeito de Búzios, Mirinho Braga (PDT), inaugurou o hospital municipal Leonel Brizola (foto) mas seu sucessor, Tuninho Branco (PMDB), decidiu mudar o nome do hospital para Rodolfo Perissé.

Na "solenidade" de mudança de nome do hospital, no início de 2005, poucos meses depois da morte de Brizola em junho de 2004, Tuninho Branco entre outros ataques a memória de Brizola, disse que ele jamais fez algo pela Região dos Lagos, e também pelo Rio de Janeiro e, por isso, não merecia ter seu nome no hospital. O ato, na ocasião, deixou indignados os pedetistas locais.

Tuninho, candidato a reeleição em outubro passado, foi um dos pouquíssimos prefeitos fluminenses a não se reeleger. Na campanha eleitoral o ministro Carlos Lupi, do Trabalho e Emprego, esteve no município de Búzios para dar o seu apoio ao então candidato a prefeito do PDT, Mirinho Braga - que tentava retornar à chefia do executivo municipal. No comício que fechou a carreata, discursando, Lupi pediu a Mirinho que - se eleito fosse - voltasse a por o nome de Brizola no hospital local. Mirinho ganhou a eleição, esmagando eleitoralmente Tuninho Branco.

Ascom PDT/O Globo/OM

O Memorial Leonel Brizola, projetado por Oscar Niemeyer e cujas obras foram paralisadas em 2006 após consumirem  R$ 1,9 milhão dos R$ 3,6 milhões previstos para a sua construção na Avenida Presidente Vargas n º 3.364 – no Centro do Rio de Janeiro – foi abaixo (foto) por determinação do governo do Rio de Janeiro.  Do projeto, só estava pronta a imensa base de concreto que agora foi arrancada por determinação das autoridades fluminenses.

O chefe do Gabinete Civil do governador Sérgio Cabral (PMDB), Régis Fichtner, explicou que no lugar do Memorial Leonel Brizola, que estava sendo construído em terreno diante da sede da Prefeitura carioca, será erguida uma estação de metrô. Fichitner se justificou: “Não dava para mudar a linha do metrô de local, mas o memorial pode ir para outro lugar”.

Só que não disse que lugar pode ser esse, nem garantiu que seja intenção do governador Sérgio Cabral  – que Brizola definia como a “nova cara da direita” do Rio de Janeiro – levar adiante a idéia da homenagem do memorial, obra iniciada no governo de Rosinha Garotinho.  

Considerado o maior arquiteto brasileiro de todos os tempos, Niemeyer ainda não se pronunciou sobre o fato. O arquiteto premiado é responsável pelos projetos de  duas das principais  obras do governo Brizola: o Ciep e o Sambódromo.

Indignado com a demolição, o Líder do PDT na Câmara, deputado Brizola Neto, disse:

— O governo do Estado está mostrando que desperdiça dinheiro público ao demolir um projeto iniciado por ele mesmo há três anos.  Além de ser um crime contra o patrimônio cultural  demolir uma obra assinada por Oscar Niemeyer.

Segundo o projeto, o Memorial ficará em espelho d’água que vai separar o monumento da rua. No subsolo serão guardados documentos pessoais do fundador do PDT e também estão previstas sala de exposições e auditório para 300 pessoas, além de uma grande área para guardar arquivos sobre Brizola, cujo busto se destacará no Memorial.

Intolerância – Desde a morte de Brizola é a segunda iniciativa que demonstra a intolerância de políticos fluminenses menores em relação aos dois governos de Brizola no Estado. Em dezembro de 2004 o então prefeito de Búzios, Mirinho Braga (PDT), inaugurou o hospital municipal Leonel Brizola (foto) mas seu sucessor, Tuninho Branco (PMDB), decidiu mudar o nome do hospital para Rodolfo Perissé.

Na “solenidade” de mudança de nome do hospital, no início de 2005, poucos meses depois da morte de Brizola em junho de 2004, Tuninho Branco entre outros ataques a memória de Brizola, disse que ele jamais fez algo pela Região dos Lagos, e também pelo Rio de Janeiro e, por isso, não merecia ter seu nome no hospital. O ato, na ocasião, deixou indignados os pedetistas locais.

Tuninho, candidato a reeleição em outubro passado, foi um dos pouquíssimos prefeitos fluminenses a não se reeleger. Na campanha eleitoral o ministro Carlos Lupi, do Trabalho e Emprego, esteve no município de Búzios para dar o seu apoio ao então candidato a prefeito do PDT, Mirinho Braga – que tentava retornar à chefia do executivo municipal. No comício que fechou a carreata, discursando, Lupi pediu a Mirinho que – se eleito fosse – voltasse a por o nome de Brizola no hospital local. Mirinho ganhou a eleição, esmagando eleitoralmente Tuninho Branco.

Ascom PDT/O Globo/OM