Globo apresenta a partidos plano de cobertura das eleições

A Rede Globo de Televisão apresentou aos partidos políticos na última quinta-feira (24/4) na sua sede no Jardim Botânico, Rio de Janeiro, o seu planejamento para a cobertura das eleições municipais deste ano pelas cinco emissoras do grupo e mais as suas 116 afiliadas. Voltado para o Rio, o plano de cobertura será igual no país inteiro - como relatou Renato Ribeiro, diretor-regional da emissora, juntamente com Márcio Sternick, coordenador das eleições-RJ, e Márcia Cavalheiro, coordenadora nacional.
 
Embora o principal argumento da Globo tenha sido o de que além da transparência o planejamento serve para que todos os candidatos e partidos tenham cobertura e tempo iguais, os representantes do PDT, do PSOL e do PT do B se recusaram a assinar a ata da reunião, como determina a Justiça Eleitoral, por discordarem das regras.
 
Os critérios da Globo – tanto para participação nos debates quando para cobertura do dia-a-dia do candidato – na opinião dos representantes do PDT, PSOL e PT do B – distorcem o processo eleitoral na medida em que se baseiam em pesquisas e não em propostas. As respectivas direções partidárias serão consultadas antes da assinatura de qualquer documento proposto pela emissora, para oficializar junto a Justiça Eleitoral os critérios propostos.
 
A cobertura pela Globo dos candidatos – por conta da falta de equipamentos e falta de pessoal técnico, além da realização das Olimpíadas – se limitará aos quatro melhor situados nas pesquisas eleitorais  que a emissora encomendará aos institutos Ibope e Data Folha; ficando a cobertura da quinta candidatura sujeita a um sistema de rodízio: cada dia um, dos demais candidatos pior situados na pesquisa, terá espaço na emissora.
 
O mesmo critério vale para entrevistas dos candidatos a prefeito no telejornal local da manhã, de menor audiência, que antecede ao Bom Dia Brasil; e no telejornal local que antecede ao Jornal Nacional,  de maior audiência. Os quatro candidatos melhores situados nas pesquisas serão acesso aos programas de maior audiência, os demais candidatos, aos programas de menor audiência.
 
Questionados novamente sobre essa distorção que cristaliza posições e tendências no eleitorado, os representantes da Globo insistiram que essa é a mesma fórmula adotada em eleições passadas. Diante do questionamento do PDT, os representantes da emissora insistiram que, na opinião deles, é o sistema mais democrático possível já que a emissora não possui equipamentos nem equipes – para cobrir a todos os candidatos.
 
“Iniciaremos a cobertura das eleições a partir de primeiro de agosto preocupados em fazer um trabalho isento e imparcial que valorize o debate de idéias e preserve as propostas dos candidatos”, reiterou Renato Ribeiro, explicando ainda que a cobertura começará de forma simultânea nas emissoras da Globo espalhadas pelo pais.
 
Milton Temer, ex-candidato a governador do Rio de Janeiro pelo PSOL, falou de sua discordância do critério para participação nos debates - como representante partidário e como jornalista. O mais correto, disse, seria permitir um número maior de debatedores, como aconteceu em Porto Alegre na eleição passada – e não limitá-los a cinco. Mário Grabois, representante do pré-candidato a prefeito Paulo Ramos (PDT), sugeriu que em vez de pesquisa, a Globo fizesse sorteio para definir os participantes do debate, ou mesmo que o abrisse – tal a sua importância – para todos os partidos.
 
O outro representante do PDT, o presidente da Fundação Leonel Brizola – Alberto Pasqualini, seção RJ, por sua vez, criticou o critério de só dar cobertura aos quatro candidatos melhor situados nas pesquisas – fato que considerou “distorção absoluta do processo eleitoral”. Argumentou que se tal critério, por exemplo, fosse adotado nas eleições do Rio de Janeiro de 1982,  Leonel Brizola jamais chegaria ao governo. O PDT ainda contou com um terceiro representante na reunião, o jornalista Artigas.
 
Apesar das discordâncias, a maioria dos representantes de partidos presentes aceitou os termos propotos pela Globo que prevê, também, no Rio de Janeiro, matérias sobre as principais disputas eleitorais no estado como Niterói, São Gonçalo, Caxias, Nova Iguaçu, Macaé, Petrópolis, Cabo Frio, Volta Redonda e Angra dos Reis. Renato Ribeiro explicou que esse mesmo critério - privilegiar a cobertura das eleições das principais cidades do país - prevalecerá em todos os demais estados brasileiros onde a emissora funciona.
 
Além da cobertura do dia-a-dia dos quatro candidatos melhores situados nas pesquisas, a emissora botará no ar diariamente um programa chamado “o eleitor quer saber”, com perguntas de telespectadores dirigidas aos candidatos sobre os problemas mais comuns em suas cidades; além das entrevistas nos telejornais locais, e os debates entre candidatos fechando o primeiro turno e um outro, pelo segundo turno.
 
 
 
 

A Rede Globo de Televisão apresentou aos partidos políticos na última quinta-feira (24/4) na sua sede no Jardim Botânico, Rio de Janeiro, o seu planejamento para a cobertura das eleições municipais deste ano pelas cinco emissoras do grupo e mais as suas 116 afiliadas. Voltado para o Rio, o plano de cobertura será igual no país inteiro – como relatou Renato Ribeiro, diretor-regional da emissora, juntamente com Márcio Sternick, coordenador das eleições-RJ, e Márcia Cavalheiro, coordenadora nacional.

 

Embora o principal argumento da Globo tenha sido o de que além da transparência o planejamento serve para que todos os candidatos e partidos tenham cobertura e tempo iguais, os representantes do PDT, do PSOL e do PT do B se recusaram a assinar a ata da reunião, como determina a Justiça Eleitoral, por discordarem das regras.

 

Os critérios da Globo – tanto para participação nos debates quando para cobertura do dia-a-dia do candidato – na opinião dos representantes do PDT, PSOL e PT do B – distorcem o processo eleitoral na medida em que se baseiam em pesquisas e não em propostas. As respectivas direções partidárias serão consultadas antes da assinatura de qualquer documento proposto pela emissora, para oficializar junto a Justiça Eleitoral os critérios propostos.

 

A cobertura pela Globo dos candidatos – por conta da falta de equipamentos e falta de pessoal técnico, além da realização das Olimpíadas – se limitará aos quatro melhor situados nas pesquisas eleitorais  que a emissora encomendará aos institutos Ibope e Data Folha; ficando a cobertura da quinta candidatura sujeita a um sistema de rodízio: cada dia um, dos demais candidatos pior situados na pesquisa, terá espaço na emissora.

 

O mesmo critério vale para entrevistas dos candidatos a prefeito no telejornal local da manhã, de menor audiência, que antecede ao Bom Dia Brasil; e no telejornal local que antecede ao Jornal Nacional,  de maior audiência. Os quatro candidatos melhores situados nas pesquisas serão acesso aos programas de maior audiência, os demais candidatos, aos programas de menor audiência.

 

Questionados novamente sobre essa distorção que cristaliza posições e tendências no eleitorado, os representantes da Globo insistiram que essa é a mesma fórmula adotada em eleições passadas. Diante do questionamento do PDT, os representantes da emissora insistiram que, na opinião deles, é o sistema mais democrático possível já que a emissora não possui equipamentos nem equipes – para cobrir a todos os candidatos.
 


“Iniciaremos a cobertura das eleições a partir de primeiro de agosto preocupados em fazer um trabalho isento e imparcial que valorize o debate de idéias e preserve as propostas dos candidatos”, reiterou Renato Ribeiro, explicando ainda que a cobertura começará de forma simultânea nas emissoras da Globo espalhadas pelo pais.

 

Milton Temer, ex-candidato a governador do Rio de Janeiro pelo PSOL, falou de sua discordância do critério para participação nos debates – como representante partidário e como jornalista. O mais correto, disse, seria permitir um número maior de debatedores, como aconteceu em Porto Alegre na eleição passada – e não limitá-los a cinco. Mário Grabois, representante do pré-candidato a prefeito Paulo Ramos (PDT), sugeriu que em vez de pesquisa, a Globo fizesse sorteio para definir os participantes do debate, ou mesmo que o abrisse – tal a sua importância – para todos os partidos.

 

O outro representante do PDT, o presidente da Fundação Leonel Brizola – Alberto Pasqualini, seção RJ, por sua vez, criticou o critério de só dar cobertura aos quatro candidatos melhor situados nas pesquisas – fato que considerou “distorção absoluta do processo eleitoral”. Argumentou que se tal critério, por exemplo, fosse adotado nas eleições do Rio de Janeiro de 1982,  Leonel Brizola jamais chegaria ao governo. O PDT ainda contou com um terceiro representante na reunião, o jornalista Artigas.

 

Apesar das discordâncias, a maioria dos representantes de partidos presentes aceitou os termos propotos pela Globo que prevê, também, no Rio de Janeiro, matérias sobre as principais disputas eleitorais no estado como Niterói, São Gonçalo, Caxias, Nova Iguaçu, Macaé, Petrópolis, Cabo Frio, Volta Redonda e Angra dos Reis. Renato Ribeiro explicou que esse mesmo critério – privilegiar a cobertura das eleições das principais cidades do país – prevalecerá em todos os demais estados brasileiros onde a emissora funciona.

 

Além da cobertura do dia-a-dia dos quatro candidatos melhores situados nas pesquisas, a emissora botará no ar diariamente um programa chamado “o eleitor quer saber”, com perguntas de telespectadores dirigidas aos candidatos sobre os problemas mais comuns em suas cidades; além das entrevistas nos telejornais locais, e os debates entre candidatos fechando o primeiro turno e um outro, pelo segundo turno.