Dia Internacional da Mulher no PDT é dia de luta por igualdade


Da Redação
08/03/2023

Em ação idealizada pela ULB, parceiras da instituição lembram os desafios de serem brasileiras

 

“Ser mulher é resistir todos os dias”, diz Juliana Brizola em vídeo gravado para o Dia Internacional da Mulher. Esse é o tom da ação da Universidade Leonel Brizola (ULB), braço da Fundação Leonel Brizola – Alberto Pasqualini (FLB-AP) do PDT, que evoca o sentido de luta da data e cobra o fim da desigualdade de gênero no Brasil.

O vídeo é composto por diversas falas de mulheres parceiras da ULB e denuncia a áspera realidade feminina. A professora e presidente do Movimento de Educação do PDT, Maria Amélia, por exemplo, expõe sua trajetória de mulher negra e periférica que teve de superar a dupla discriminação e a violência social para galgar um lugar na sociedade. É uma exceção à regra no país que, ano após ano, cai no ranking mundial de igualdade de gênero: é o 94º numa lista de 146 países.

“Falar de mulher, como muitas de nós educadas em comunidades pobres, como eu, aqui no Rio de Janeiro, é ainda falar de muita luta pela sobrevivência, que se junta ao prazer de estudar de modo a superar as desigualdades socioculturais que nos marcam como brasileiras, mulheres que somos, desde a colonização até os dias atuais, em um Brasil ainda de espectro colonial, escravocrata, sendo submetidas a uma educação cultural e política marcada pela desigualdade”, disse a professora da ULB.

Todas as formas de violência contra a mulher no Brasil aumentaram no último ano, segundo pesquisa Datafolha divulgada no último dia 2. É fato que o crescimento da extrema direita e do ultraconservadorismo no país impulsionaram o resultado negativo. Por outro lado, a escassez de políticas públicas voltadas às mulheres – não só relacionadas à violência – colaboram com o quadro. É o que defende Juliana Brizola.

“Ser mulher é resistir todos os dias porque faltam políticas públicas para a mãe trabalhadora. Falta a política pública da creche. Falta política pública para que a mulher que sofre violência possa ter sua independência financeira e não depender mais daquele companheiro que a violenta. Então ser mulher é resistir, sobretudo, a muitas dificuldades”, falou a pedetista.

O vídeo da ação da ULB para o Dia Internacional da Mulher conta ainda com a participação da senadora Leila Barros, da presidente nacional do PDT Diversidade, Amanda Anderson, da vice-presidente da FLB-AP, Jacimara Maciel, da vice-presidente da Ação da Mulher Trabalhista (AMT) de Minas Gerais e vereadora em Uberlândia, Cláudia Guerra, e da presidente do Movimento Ecotrabalhismo, Ivana Groff.

Confira a ação da ULB no vídeo abaixo.