CPI do Apagão: Paulo Ramos pede quebra de sigilo bancário

    
O Líder do PDT na Alerj, Deputado Paulo Ramos, prestou depoimento na CPI do Apagão Aéreo na Câmara Federal, em Brasília, na última quinta-feira (13/9). Presidente da comissão que investigou na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro a venda da Varig. Paulo Ramos sugeriu que os integrantes da CPI peçam a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico dos sócios da Volo do Brasil que compraram a Varig por 24 milhões de dólares (R$ 45,6 milhões) e a revenderam meses depois para a Gol, inexplicavelmente, por 320 milhões de dólares (mais de R$ 600 milhões).
 
Os deputados Vic Pires Franco e Dr. Ubiali, integrantes da CPI do Apagão,  sugeriram a imediata criação de uma CPI para investigar a venda da empresa. O relator da comissão, deputado Marco Maia, confirmou que começará a ler seu relatório sobre a crise aérea nesta  terça-feira (18/9) e que a votação do relatório final deverá ocorrer na próxima semana.
 
A Volo arrematou a Varig em leilão, em julho de 2006, e a revendeu para a Gol, em março deste ano por um valor muito superior - inexplicavelmente. Paulo Ramos assinalou que a quebra do sigilo bancário dos compradores iniciais da Varig permitirá  apontar a origem do dinheiro utilizado pelos sócios da Volo no negócio.
 
Ele acredita que a empresa atuou como intermediária da Gol na compra da Varig. O deputado estadual fluminense lembrou que a Volo comprou a Varig por 24 milhões de dólares (R$ 45,6 milhões) e a revendeu por 320 milhões de dólares (mais de R$ 600 milhões). "Eles [os sócios da Volo] podem ser vistos como laranjas. Entraram em sociedade com recursos de origem duvidosa, participaram do leilão e depois venderam a empresa por um preço bem superior", afirmou Paulo Ramos.
 
Manipulação
 
Na opinião de Paulo Ramos, a venda da Varig da forma como se deu foi um crime de lesa-pátria. Para ele, o que houve foi uma manipulação para que a empresa fosse aniquilada e os novos controladores assumissem a marca Varig. Questionado sobre o papel da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) no episódio, ele afirmou que a autarquia esteve presente no "esforço de sepultar uma empresa, deixar com ela todos os débitos trabalhistas, e criar uma empresa nova, que se apropriou do nome da Varig". Para ele, a venda da empresa faz parte de um processo de internacionalização do setor. Ele lembrou que a Varig era a companhia brasileira com o maior número de linhas internacionais em operação.
 
O presidente da CPI, Marcelo Castro (PMDB-PI), ressaltou que a venda da Varig é um tema que interessa à comissão pois tem conexão com a crise. Marco Maia, relator da CPI,  confirmou que começará a ler seu relatório na próxima terça-feira. Na quinta (20), a apresentação do relatório deve ser concluída. A idéia é iniciar o processo de discussão no mesmo dia, abrindo prazo para pedido de vista e apresentação de emendas. 

Cerca de 50 funcionários da Varig, em busca de seus direitos, estiveram na sessão da CPI na Câmara - depois de viajarem do Rio de Janeiro a Brasília, de ônibus. A viagem foi patrocinada pela Associação dos Pilotos da Varig (Apvar), representada na sessão pelo seu vice-presidente, comandante Marcelo Duarte, com a ajuda do Diretório Nacional do PDT.


  Funcionários da Varig, e militantes do PDT, na audiência.
    

    

O Líder do PDT na Alerj, Deputado Paulo Ramos, prestou depoimento na CPI do Apagão Aéreo na Câmara Federal, em Brasília, na última quinta-feira (13/9). Presidente da comissão que investigou na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro a venda da Varig. Paulo Ramos sugeriu que os integrantes da CPI peçam a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico dos sócios da Volo do Brasil que compraram a Varig por 24 milhões de dólares (R$ 45,6 milhões) e a revenderam meses depois para a Gol, inexplicavelmente, por 320 milhões de dólares (mais de R$ 600 milhões).

 

Os deputados Vic Pires Franco e Dr. Ubiali, integrantes da CPI do Apagão,  sugeriram a imediata criação de uma CPI para investigar a venda da empresa. O relator da comissão, deputado Marco Maia, confirmou que começará a ler seu relatório sobre a crise aérea nesta  terça-feira (18/9) e que a votação do relatório final deverá ocorrer na próxima semana.

 

A Volo arrematou a Varig em leilão, em julho de 2006, e a revendeu para a Gol, em março deste ano por um valor muito superior – inexplicavelmente. Paulo Ramos assinalou que a quebra do sigilo bancário dos compradores iniciais da Varig permitirá  apontar a origem do dinheiro utilizado pelos sócios da Volo no negócio.

 

Ele acredita que a empresa atuou como intermediária da Gol na compra da Varig. O deputado estadual fluminense lembrou que a Volo comprou a Varig por 24 milhões de dólares (R$ 45,6 milhões) e a revendeu por 320 milhões de dólares (mais de R$ 600 milhões). “Eles [os sócios da Volo] podem ser vistos como laranjas. Entraram em sociedade com recursos de origem duvidosa, participaram do leilão e depois venderam a empresa por um preço bem superior”, afirmou Paulo Ramos.

 

Manipulação

 

Na opinião de Paulo Ramos, a venda da Varig da forma como se deu foi um crime de lesa-pátria. Para ele, o que houve foi uma manipulação para que a empresa fosse aniquilada e os novos controladores assumissem a marca Varig. Questionado sobre o papel da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) no episódio, ele afirmou que a autarquia esteve presente no “esforço de sepultar uma empresa, deixar com ela todos os débitos trabalhistas, e criar uma empresa nova, que se apropriou do nome da Varig”. Para ele, a venda da empresa faz parte de um processo de internacionalização do setor. Ele lembrou que a Varig era a companhia brasileira com o maior número de linhas internacionais em operação.

 

O presidente da CPI, Marcelo Castro (PMDB-PI), ressaltou que a venda da Varig é um tema que interessa à comissão pois tem conexão com a crise. Marco Maia, relator da CPI,  confirmou que começará a ler seu relatório na próxima terça-feira. Na quinta (20), a apresentação do relatório deve ser concluída. A idéia é iniciar o processo de discussão no mesmo dia, abrindo prazo para pedido de vista e apresentação de emendas. 

Cerca de 50 funcionários da Varig, em busca de seus direitos, estiveram na sessão da CPI na Câmara – depois de viajarem do Rio de Janeiro a Brasília, de ônibus. A viagem foi patrocinada pela Associação dos Pilotos da Varig (Apvar), representada na sessão pelo seu vice-presidente, comandante Marcelo Duarte, com a ajuda do Diretório Nacional do PDT.


  Funcionários da Varig, e militantes do PDT, na audiência.