Comissão da Câmara aprova convocação do ministro Lupi

A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle aprovou na tarde de ontem (16) a convocação do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, para prestar esclarecimentos sobre as denúncias de corrupção que envolvem o Ministério do Trabalho e Emprego.

A audiência, solicitada pelo deputado Pauderney Avelino (DEM-AM), ainda não tem data prevista para ser realizada.

O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), considerou a convocação de Lupi desnecessária. Segundo ele, bastaria um convite. “Nem o governo, nem o próprio Lupi têm criado qualquer dificuldade para vir ao Congresso. Se fosse um convite apenas, ele poderia vir até amanhã. A oposição escolheu uma convocação, então terá de enfrentar os trâmites burocráticos.”

Para o deputado João Dado (PDT-SP), mesmo partido do ministro Carlos Lupi, a convocação foi apenas uma atitude política que não contribui para esclarecer os fatos. “O que o ministro declarou aqui na CFFC é que ele não havia viajado em avião de propriedade do dono da ONG, o senhor Adair, e isso é verdadeiro. O ministro disse que não se lembrava do senhor Adair, a menos que fosse em algum evento. E o que está trazido para a mídia é que houve, em 2009, com a participação do então secretário de qualificação, Ezequiel Nascimento, uma viagem que participou o governador de estado, então era uma viagem de múltiplas autoridades presentes nesse voo. Eu penso que o ministro terá toda oportunidade e interesse em esclarecer esses fatos.”

Na mesma reunião, a Comissão de Fiscalização aprovou o convite formulado pelo deputado Mendonça Filho (DEM-PE) pedindo a presença de Ezequiel Nascimento, ex-secretário de Políticas Públicas de Emprego do Ministério do Trabalho, para esclarecer os supostos atos irregulares praticados no ministério, em especial os convênios firmados por aquela pasta.

Rejeição
Já o requerimento formulado pelo deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) foi rejeitado. Além de Adair Meira, da ONG Pró-Cerrado, o convite incluía Marcelo Panella, ex-chefe de Gabinete do Ministério do Trabalho; Anderson Alexandre dos Santos, ex-coordenador-geral de Qualificação do ministério; e o dirigente da ONG Pró-Cerrado, Adair Antonio de Freitas Meira.

Agência Câmara