Ciro pretende ampliar o programa “Mais Médicos” com profissionais brasileiros

Foto: Ciro Saboya

Por Silmara Cossolino
17/09/2018

O candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, conversou com jornalistas da Rádio Bandeirantes na manhã desta segunda-feira (17), em São Paulo.

Ao ser questionado sobre o programa “Mais Médicos”, do Governo Federal, o pedetista disse que será mantido e ampliado na sua gestão, mas com profissisonais brasileiros.

“Um país como o nosso, trazer médico de fora é meio que um constrangimento. Evidentemente que enquanto não houver médico, serão mantidos os que vierem de fora”, afirmou.

“Vou mexer na sua formação, como já fiz na minha cidade. Sobral tem hoje a melhor faculdade de medicina do Brasil, federal, gratuita. E foi desenhada para produzir clínico geral com aptidão para saúde da família”, disse.

Em determinado momento da entrevista, o presidenciável reiterou que é preciso dar uma oportunidade para quem tem capacidade do diálogo a fim de retomar o crescimento do País.

Disse que sua proposta de governo é de centro-esquerda e que pretende reunir os interesses de quem produz com os interesses de quem trabalha.

“São treze milhões de desempregados que me obrigam a ser solidários com o mundo do trabalho. O Brasil fechou treze mil indústrias, sendo que quatro mil em São Paulo. Foram fechados 220 mil pontos de comércio nessa política econômica”, criticou o pedetista.

Ciro reforçou a necessidade de retomar o consumo das famílias e que considera um problema macroeconômico os 63 milhões de brasileiros com o nome negativado. Ele também garantiu que vai ajudar a tirar todas essas pessoas do SPC.

”Vou levar a minha proposta com muito encantamento e esperança de que vou ajudar o Brasil a se livrar dessa contradição”, frisou.

Estados – O endividamento dos estados foi outro assunto posto em pauta pela bancada da Rádio Bandeirantes. Ao ser perguntado como o governo federal poderia liberar recursos, disse que os critérios estariam condicionados à adesão de um projeto nacional de desenvolvimento.

“Nós vamos colocar cinqüenta por cento de todos os bebês de zero a três anos nas creches em tempo integral. Quem opera isso, por regra, são os municípios. Então, vou condicionar a liberação de transferências voluntárias à aplicação de creche em tempo integral”, disse.

“E para os Estados, o ensino médio em tempo integral profissionalizante com estágio remunerado pelo governo. Isso já é realidade em uma de cada três escolas de ensino médio no Ceará”, explicou.