Ciro e Cid Gomes debatem ações do Governo Federal com Marina Silva e Randolfe


Lucirene Maciel/Ascom senador Cid Gomes
23/04/2019

O ex-ministro Ciro Gomes e o senador Cid Gomes (PDT-CE) participaram, na manhã desta terça-feira (23), em Brasília, de debate sobre os 100 dias do Governo Federal, com os ex-ministros Marina Silva e do senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP). Durante a discussão, foram tratados pontos como a Reforma da Previdência, a execução orçamentária em áreas como saúde, educação e ciência e tecnologia, além das perspectivas para o futuro.

No encontro, Ciro Gomes lembrou que o PDT lançou o Observatório Trabalhista, ferramenta que reúne mais de 150 indicadores econômicos e sociais do Governo, como receitas, despesas e execução orçamentária, que serão acompanhados de forma permanente. O documento já está à disposição de todos no site do PDT Nacional.

Segundo ele, o Observatório já aponta que a execução orçamentária da educação, por exemplo, foi a pior dos últimos anos, o que demonstra claramente “que não há nenhuma prioridade efetiva para a área”.

Ciro também citou a questão do Fundeb, que tem previsão para acabar no próximo ano e até agora não se sabe se permanecerá ou não. “O fim do Fundeb será uma tragédia física para a educação, assim como a possibilidade de acabar com a vinculação constitucional dos recursos, como está sendo proposto. Se não houver uma perenidade nos recursos não se pode planejar nem colher os frutos a médio e longo prazos”, defendeu.

“Esse é o Governo do despreparo e do oportunismo. E quem é despreparado e age pelo oportunismo tem que improvisar e encontrar formas de desviar o foco. Todo problema objetivo que surge no País, aparece sempre um dos componentes exóticos do Governo para fazer tiradas e provocar manobras diversionistas”, criticou.

O senador Cid Gomes reforçou a preocupação com o futuro da educação. “Das 100 melhores escolas públicas na avaliação de alunos do 5º ano, 82 estão no Ceará, isso aconteceu porque houve uma sequência de gestões na educação que têm o mesmo norte e o mesmo objetivo”, explicou. Ele lembrou ainda que a execução orçamentária em ciência e tecnologia também foi a pior dos últimos anos. “Isso nos dá um indicativo do que virá de ruim pela frente”, lamentou.