Ciro culpa Bolsonaro pela alta de 103% no preço dos combustíveis em 2021


Da Redação
22/11/2021

Impulsionada por Paulo Guedes, política do governo federal busca desmanche completo da Petrobras

De acordo com o presidenciável do PDT, Ciro Gomes, em 2021, o preço médio dos combustíveis subiu 103% no Brasil. No mesmo período, a Petrobras bateu recorde de lucro líquido, arrecadando R$ 75 bilhões. O cenário está diretamente vinculado às políticas de preços dos combustíveis e de desinvestimento impostas pelo governo Bolsonaro,  no quarto episódio da série sobre a estatal, lançado nesta segunda-feira (22), nas redes sociais.

Com a estratégia de reduzir o refino, sucatear a estrutura, priorizar a importação e estabelecer a “dolarização” dos produtos vendidos no país, o ministro da Economia, Paulo Guedes, estimula, segundo o pedetista, os ganhos dos acionistas estrangeiros e a venda dos ativos por valor subestimado. A tática traduz “um verdadeiro assalto ao povo brasileiro”, que paga a conta em real.

“Bolsonaro está fazendo um desmanche da Petrobras e entregando fatias quase de graça a estrangeiros. Deixa refinarias paradas, importa combustíveis e os preços explodem. É o maior crime já praticado contra a soberania nacional e a economia popular”, denunciou.

“Todas as refinarias da Petrobras estão com 30% das suas produções paralisadas. E o governo prefere comprar combustíveis dos Estados Unidos, pagando em dólar, do que fabricá-los no Brasil? Eles alegam que esse tipo de compra aumenta os lucros, mas na verdade é uma política de morte premeditada do setor de refino no país”, acrescentou.

Como resultado, a disparada da gasolina, diesel, gás – e, por consequência de itens essenciais, como os alimentos –, sustenta a distribuição de R$ 64 bilhões como dividendos antecipados aos acionistas, que não tiveram nenhuma incidência de impostos.

“A diretoria nomeada por Bolsonaro também não usou um só centavo para abater a dívida da empresa, que já beira R$ 60 bilhões, nem investiu em novas tecnologias para melhorar sua produção”, relatou.

“O modelo que o governo Bolsonaro montou para a nossa Petrobras é tão ruim, que nós somos o único país exportador que não pode comemorar quando o preço do petróleo aumenta no mercado internacional”, concluiu.