Cidade administrada pelo PDT aposta em projeto educacional

Políticas públicas perenes garantem qualidade também na área de saúde
INDAIATUBA (SP). A cidade brasileira melhor avaliada na pesquisa da Firjan é diferente da maioria dos outros 86 municípios paulistas que lideram o ranking. Indaiatuba, com 200 mil habitantes, parece uma ilha em meio à paisagem urbana que mistura a Região Metropolitana de Campinas à Grande São Paulo, com bolsões de miséria, desemprego e violência.
Indaiatuba não tem uma favela sequer. A menos de 100 quilômetros do Centro de São Paulo, o desemprego é mínimo e até a saúde pública funciona bem. Nas escolas municipais, todos os estudantes têm um lap top ou um terminal ligado à internet. O segredo? Políticas públicas perenes. Intercalam-se os prefeitos, os secretários, mas a maioria dos projetos importantes tem sido aprimorada, em vez de trocada ou esquecida.
- A gestão na Educação já dura 34 anos. Tratamos a área como política de Estado, não de governos. Até hoje, nenhum prefeito quis mudar nosso projeto, porque ele dá certo - explica a doutora em Pedagogia pela Unicamp e secretária da Educação, Jane Shirley
Escodro Ferretti.
- Boa parte de nossas políticas é realmente perene e não de uma gestão ou outra. O que temos feito são aprimoramentos. Isso dá confiança inclusive às empresas que se instalam aqui. Oferecemos educação, saúde e muita qualificação - diz o prefeito, José Onério (PDT).
Com 750 indústrias (inclusive grandes, como Toyota e Unilever) e um orçamento de R$400 milhões, a prefeitura investe em capacitação. Com renda familiar média de R$1.303,78, PIB de R$18.977 e taxa de desemprego de 2,8% (contra quase 14% na Grande São Paulo), a cidade tem uma autarquia especializada em qualificar mão-de-obra.
Indaiatuba está na 49ª posição do ranking das 200 cidades que mais geraram empregos formais de 2006 a 2007, segundo pesquisa do Ministério do Trabalho. Saltou de 1.720 vagas em 2006 para 5.326 em 2007.
- Favelas, não aceitamos. Em 2005 surgiram 36 barracos. Detectamos e fizemos 106 casas. Se alguém chega e monta um barraco, tentamos mandar de volta para o local de origem. Temos 2.655 Bolsas Família. Queremos tirar as famílias desse ciclo - destaca o prefeito.
Na saúde, os programas têm sido seguidos desde 1989.
- Fazemos aprimoramentos. Por exemplo: as gestantes que fizerem dez consultas e duas ultras, no nascimento ganham um enxoval. Mandamos uma equipe atrás do bebê, aplicamos vacinas. Se forem levados às consultas, ganham presentes. Isso é prevenção - diz o secretário da Saúde, Roney Pagotto.
A educação, porém, é que tem sido a estrela da cidade. A rede municipal tem projeto pedagógico. Alunos e professores são constantemente monitorados. Vários sites são bloqueados, impedindo a "educação google" do "localiza, pega e cola", explica Tânia Castanho, pedagoga especializada em tecnologias.
O que os estudantes aprendem também é diferente. Quase 90% dos 800 professores  cursaram universidades. Nas turmas, há ainda um trio composto por filósofo, artista e  professor de educação física. O currículo se pauta em construtivismo e humanismo.
Lucas Gabriel Virgulino Simões, de 9 anos, morador do bairro pobre Jardim Carlos Aldrovandi, diz que seu desempenho escolar melhorou com a informática. E que recebe lições para ser solidário:
- Se a pessoa não tiver carinho pelas outras, não tem jeito. Não adianta eu dividir um pacote de bolachas com os colegas se não tiver carinho e respeito por eles.

Políticas públicas perenes garantem qualidade também na área de saúde
INDAIATUBA (SP). A cidade brasileira melhor avaliada na pesquisa da Firjan é diferente da maioria dos outros 86 municípios paulistas que lideram o ranking. Indaiatuba, com 200 mil habitantes, parece uma ilha em meio à paisagem urbana que mistura a Região Metropolitana de Campinas à Grande São Paulo, com bolsões de miséria, desemprego e violência.
Indaiatuba não tem uma favela sequer. A menos de 100 quilômetros do Centro de São Paulo, o desemprego é mínimo e até a saúde pública funciona bem. Nas escolas municipais, todos os estudantes têm um lap top ou um terminal ligado à internet. O segredo? Políticas públicas perenes. Intercalam-se os prefeitos, os secretários, mas a maioria dos projetos importantes tem sido aprimorada, em vez de trocada ou esquecida.
– A gestão na Educação já dura 34 anos. Tratamos a área como política de Estado, não de governos. Até hoje, nenhum prefeito quis mudar nosso projeto, porque ele dá certo – explica a doutora em Pedagogia pela Unicamp e secretária da Educação, Jane Shirley
Escodro Ferretti.
– Boa parte de nossas políticas é realmente perene e não de uma gestão ou outra. O que temos feito são aprimoramentos. Isso dá confiança inclusive às empresas que se instalam aqui. Oferecemos educação, saúde e muita qualificação – diz o prefeito, José Onério (PDT).
Com 750 indústrias (inclusive grandes, como Toyota e Unilever) e um orçamento de R$400 milhões, a prefeitura investe em capacitação. Com renda familiar média de R$1.303,78, PIB de R$18.977 e taxa de desemprego de 2,8% (contra quase 14% na Grande São Paulo), a cidade tem uma autarquia especializada em qualificar mão-de-obra.
Indaiatuba está na 49ª posição do ranking das 200 cidades que mais geraram empregos formais de 2006 a 2007, segundo pesquisa do Ministério do Trabalho. Saltou de 1.720 vagas em 2006 para 5.326 em 2007.
– Favelas, não aceitamos. Em 2005 surgiram 36 barracos. Detectamos e fizemos 106 casas. Se alguém chega e monta um barraco, tentamos mandar de volta para o local de origem. Temos 2.655 Bolsas Família. Queremos tirar as famílias desse ciclo – destaca o prefeito.
Na saúde, os programas têm sido seguidos desde 1989.
– Fazemos aprimoramentos. Por exemplo: as gestantes que fizerem dez consultas e duas ultras, no nascimento ganham um enxoval. Mandamos uma equipe atrás do bebê, aplicamos vacinas. Se forem levados às consultas, ganham presentes. Isso é prevenção – diz o secretário da Saúde, Roney Pagotto.
A educação, porém, é que tem sido a estrela da cidade. A rede municipal tem projeto pedagógico. Alunos e professores são constantemente monitorados. Vários sites são bloqueados, impedindo a “educação google” do “localiza, pega e cola”, explica Tânia Castanho, pedagoga especializada em tecnologias.
O que os estudantes aprendem também é diferente. Quase 90% dos 800 professores  cursaram universidades. Nas turmas, há ainda um trio composto por filósofo, artista e  professor de educação física. O currículo se pauta em construtivismo e humanismo.
Lucas Gabriel Virgulino Simões, de 9 anos, morador do bairro pobre Jardim Carlos Aldrovandi, diz que seu desempenho escolar melhorou com a informática. E que recebe lições para ser solidário:
– Se a pessoa não tiver carinho pelas outras, não tem jeito. Não adianta eu dividir um pacote de bolachas com os colegas se não tiver carinho e respeito por eles.