CGTB elogia atuação do ministro Carlos Lupi

“Carlos Lupi é o melhor ministro do Trabalho que já tivemos desde que atuo no movimento sindical”, avaliou o 2º vice-presidente da CGTB, José Avelino Pereira (Chinelo), resgatando a atuação de protagonista do Ministério do Trabalho na defesa dos direitos dos trabalhadores e pelo desenvolvimento do Brasil. Ele denunciou a política das montadoras e outras indústrias do setor metalúrgico em tentar arrochar os salários dos trabalhadores. O comentário do sindicalista foi feito durante reunião da executiva nacional da CGTB, nesta semana em São Paulo.

Na pauta, a discussão sobre a situação econômica e política do país, em particular a reunião das Centrais com a presidente Dilma; o VI Congresso da CGTB que será realizado nos dias 7, 8 e 9 de julho; as comemorações do 1º de Maio; e o 16º Congresso da Federação Sindical Mundial (FSM), que acontecerá em abril, na Grécia.

O presidente da CGTB, Antonio Neto, abriu a reunião com o informe da reunião no Palácio do Planalto com a presidente Dilma, no último dia 11. Ele relatou que Dilma estava descontraída e segura, fez um apanhado do governo e falou sobre educação, saúde e deu ênfase em ensino profissionalizante. 

Na reunião, Neto resgatou “a vitória que significou a aprovação da política de valorização do salário mínimo, mas ressaltamos que a lei ainda mantém um problema que acabou motivando toda a discordância que existiu: a falha de não prever uma salvaguarda para momentos que o PIB for zero ou negativo. Pedimos a atenção da presidenta para este problema”. 

“Dissemos que não concordamos com os três pilares que foram nefastos para o país em momentos anteriores: Juros altos, corte nos investimentos e no custeio e redução dos ganhos salariais”, completou Neto, que observou ainda que o alto grau de desnacionalização da economia brasileira está sangrando o país através das remessas de lucros das filiais das multinacionais instaladas no Brasil. Só no ano passado foram enviados para o exterior mais de US$ 70 bilhões. 

O vice-presidente da CGTB, Ubiraci Dantas de Oliveira (Bira), que também participou da audiência, ressaltou que “o companheiro Neto expôs de maneira profunda os problemas reais que estão atingindo o Brasil, como a desnacionalização e desindustrialização da nossa economia, os juros extorsivos do Banco Central, além de mostrar a necessidade de termos uma salvaguarda na questão do salário mínimo em situações em que o PIB seja zero ou negativo e que, portanto, a lei recentemente aprovada no Congresso precisa ser melhorada para dirimir essa questão. Além disso, ele mostrou a necessidade da correção da tabela do Imposto de Renda pela inflação e do fim do fator previdenciário”. 

O secretário-geral da CGTB, Carlos Alberto Pereira, ressaltou a importância da unidade das Centrais para que o governo Dilma possa avançar nas mudanças. “A questão política central é a desnacionalização da nossa economia. Quando os estrangeiros compram uma empresa nossa nós ficamos fragilizados. Fica difícil pensar em crescer, porque isso aumenta as importações e as remessas de lucros para fora do país. Precisamos fazer uma campanha de nacionalização da empresa nacional, já que estamos perto do nosso VI Congresso”. 

O secretário de Finanças da CGTB, Lindolfo dos Santos, disse que após a reunião com Dilma “aumentou a responsabilidade das Centrais em ajudar a presidenta barrar essa política que os Estados Unidos tem implementado no mundo”. 

O presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores Celetistas nas Cooperativas no Brasil (Fenatracoop), Mauri Viana, defendeu que “o Brasil tem que fazer uma discussão sobre o PróAlcool, já que há uma crescente desnacionalização da produção de etanol”.

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