Carlos Lupi enaltece projeto de Ciro Gomes e estimula debate entre presidenciáveis


Da Redação
07/12/2021

Pedetista prevê Jair Bolsonaro fora do segundo turno das eleições de 2022 pelo aumento da rejeição

“Temos que olhar o Brasil de uma nova maneira”, propôs o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, ao qualificar o Projeto Nacional de Desenvolvimento (PND) aprimorado pelo pré-candidato pedetista, Ciro Gomes, e estimular o amplo debate de propostas entre os possíveis presidenciáveis até 2022. Na entrevista para os jornalistas Luís Nassif e Marcelo Auler, da TV GGN, nesta segunda-feira (6), a liderança do partido também analisou a viabilidade das opções até o segundo turno.

“Temos que apresentar um projeto para a nação e que ela dê legitimidade para esse processo. E, amanhã, nós possamos dizer que vamos governar com essa proposta. [Eleitores] Escolham parlamentares que acreditem nesse projeto para dar representatividade na implantação”, afirmou.

“Vamos discutir ideias. O Brasil tem que debater os seus problemas e quais são as soluções”, completou, com o detalhamento da trajetória de sucesso de Ciro na vida pública e garantindo que sua pré-candidatura é irreversível.

Ao evidenciar a diferença entre os processos eleitorais de 2018 e 2022 e indicando que Lula “já está no teto”, Lupi avaliou que não vingará a repetição das manobras bolsonaristas perante a maioria expressiva da população brasileira.

Com uma média de 65% de rejeição do atual presidente da República, o pedetista prevê, portanto, a ausência de Bolsonaro no segundo turno e a abertura para uma disputa entre Ciro e o petista.

“Tudo na campanha do Bolsonaro era falso. A fala de ser um outsider, de fora da política, mas com seis mandatos consecutivos [de deputado federal]. Um falso moralista, com todo o tipo de aliança. Eu não vejo mais oportunidade para isso”, analisou.

Caracterizando o ex-juiz federal e ex-ministro da Justiça Sergio Moro como “uma filial da matriz Bolsonaro”, Lupi não acredita na sustentação dessa pré-candidatura.

“Não vejo como ele se manter. Eu quero ver o Moro no debate. Nós estamos desafiando-o diariamente. Vamos ver o que ele pensa. Uma coisa é ficar com aquela capa preta, com caneta, investigando quem quer, combinando com o Ministério Público denúncia. Isso tudo é relativamente simples. […] Quais são os projetos dele para o Brasil?”, disse.

Democracia

Sobre a união em torno das causas democráticas e os direitos sociais, Lupi ratifica que esse movimento já é traduzido no parlamento, em Brasília.

“A nossa luta no Congresso é comum. Nós temos líderes da oposição juntos, tanto na Câmara, quanto no Senado. […] Estamos lutando, às vezes ganhando na justiça. Essa questão dos precatórios foi notória”, comentou.

“É o desmonte dos direitos do trabalhador, a destruição da Amazônia. A cada dia, é uma desgraça que vem na mão desse profeta da ignorância”, acrescentou, condenando a atuação de militares da ativa no governo federal.