“Bancado pelas milícias”, critica Lupi ao cobrar prisão de Jair Bolsonaro


Da Redação
14/05/2021

No debate da 12ª Bienal da UNE, presidente do PDT relatou práticas “genocidas” do governo federal

O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, criticou, nesta quinta-feira (13), no debate virtual da 12ª Bienal da União Nacional dos Estudantes (UNE), a relação do presidente da República, Jair Bolsonaro, com as milícias e cobrou punições pelas ações “genocidas” praticadas na pandemia.

“Genocida chamado Bolsonaro, que eu conheço há 40 anos no Rio de Janeiro. Sempre foi o candidato bancado pelas milícias”, afirmou, ao defender a prisão após as denúncias, do partido, ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à Corte de Haia: “Assassino, sim! O chefe do Estado, do executivo, não pode fazer o que esse assassino está fazendo. Eu não descansarei enquanto não o ver na cadeia. Lugar de assassino é na cadeia”.

Ao propor a mobilização do campo progressista, o pedetista menciona a priorização da educação como alternativa para resgatar o Brasil do atraso acumulado nos últimos anos.

“Nenhum instrumento, nessa hora, mais forte para libertar da escravidão do que a educação. Educar o nosso povo, informá-lo e conscientizá-lo. Trabalhar para que eles entendam o seu papel. Vamos nos unir para desconstruir e derrotar esse genocida”, disse, ao citar lideranças marcantes da sigla, no dia da abolição da escravatura e da luta negra, incluindo o ex-senador Abdias Nascimento e a ex-secretária estadual de Promoção Social do Rio de Janeiro, Edialeda Nascimento.

O painel sobre “Auxílio emergencial já! Combate à desigualdade social e solidariedade” também contou com as intervenções do deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP), da coordenadora da Sempreviva Organização Feminista (SOF), Nalu Farias e do presidente do Unidade Popular (UP), Leonardo Péricles. Na mediação, a diretora de Políticas Educacionais da UNE, Júlia Aguiar.

Vidas perdidas

Ao mencionar o impacto da crise sanitária do coronavírus no país, que já acumula mais de 400 mil mortos, Lupi relata que o cidadão não pode ser obrigado a optar “entre morrer de fome ou de doença” por descaso do governo Bolsonaro, que é vinculado ao modelo neoliberal.

“O Brasil e o mundo vivem uma nova fórmula de escravidão. Essa crise, a pandemia, está provando à humanidade que está falido esse sistema capitalista voraz, sem limites, do ganho fácil, da exploração do homem pelo homem”, garantiu.

“Não se pode discutir, dentro do governo, no que vai investir enquanto a sua população está morrendo. […] Imagina como seria o Brasil, hoje, sem a presença do Estado, sem o SUS, o Butantan, a Fiocruz”, acrescentou, com menção à falta de vacinas e aos gastos de Bolsonaro com “picanha de R$ 1.300”, se comparado aos valores do plano emergencial.

O pedetista indica, portanto, que a vida precisa ser valorizada, em contraponto às práticas de extermínio, como a realizada na última semana na comunidade do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio de Janeiro.

“28 mortos. É genocídio também. E com o governador e o presidente da República defendendo. Que humanidade é essa? Que sociedade é essa? Não há respeito pela vida”, criticou.

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