“A área cultural deveria ser isenta de tudo”


Wellington Penalva
01/08/2020

Fagner, Dona Ivone Lara e o cearense Ednardo foram alguns dos compositores presentes no “Café com Lupi” deste sábado. Esses grandes nomes da música brasileira surgiram na voz e no violão do convidado desta edição, Roberto Viana Junior, presidente nacional do Movimento Cultural Darcy Ribeiro (MCDR), do PDT. E como é de se imaginar, a cultura foi a pauta do programa.

O ataque desferido contra a cultura pelo atual governo é flagrante e já provocou muita reação da classe artística. Carlos Lupi, presidente nacional do PDT, colocou o assunto no bate-papo e perguntou ao convidado: “A arte se faz contra o opressor, contra quem quer tirar as liberdades, como acontece no Brasil hoje. Você que é uma pessoa que vive da cultura, como se sente num governo de tanto ódio?”.

Roberto lembrou que um dos primeiros movimentos de Bolsonaro foi extinguir o Ministério da Cultura. Para o pedetista, o momento é delicado para os artistas brasileiros – diante de um governo que “odeia a arte e as liberdades” – e de pesar para o trabalhismo: “Somos de um partido político protagonista na cultura, com a Revolução cultura de 1930, com o maestro Vilas Boas pensando a educação musical no Brasil, no governo Vargas”, explicou.

Como afirmou Lupi, política e cultura são assuntos conexos e é preciso defender a área com programas que incentivem e desonerem o setor. “Se não tiver política, a cultura não vai ser defendida. Se pode ter isenção para os bancos, por que não pode haver um programa que cuide da cultura? Para mim, a área cultural deveria ser isenta de tudo”, disse Lupi.

Roberto Viana Junior é filiado ao PDT desde a adolescência. Ele chegou ao partido em 2005, quando integrou o quadro da Juventude Socialista do Ceará, atuando no braço cultural do movimento. Hoje, o músico cearense ocupa a presidência nacional do Movimento Cultural Darcy Ribeiro.

Confira abaixo o “Café com Lupi” deste sábado, com um pouco de voz e violão.