Solidariedade a Lupi reúne cerca de mil pessoas no Rio

O auditório da sede nacional da Fundação Leonel Brizola – Alberto Pasqualini (FLB-AP), na Praça Tiradentes, Centro do Rio, foi pequeno para as cerca de mil pessoas – militantes e dirigentes do PDT fluminense – que lotaram o auditório, o salão térreo e as calçadas do entorno do prédio  da fundação com o objetivo de prestar solidariedade ao presidente nacional  do PDT, ex-Ministro do Trabalho Carlos Lupi, também presidente do PDT-RJ, realizado na noite desta segunda-feira 6/2. A gestão de Lupi vêm sendo contestada por uma das correntes do PDT-RJ e a reunião de solidariedade foi uma resposta aos dissidentes.

Vários oradores se multiplicaram na mesa dos trabalhos e todos fizeram questão de não só manifestarem seu apoio a Lupi, como também de elogiar a sua gestão tanto à frente do Ministério do Trabalho quanto na presidência nacional do partido, apesar de licenciado do cargo. Participaram do encontro deputados estaduais, vereadores, prefeitos e presidentes de diretórios municipais diversos, além de militantes.

Chicão, figura emblemática da militância do PDT carioca, foi homenageado com um parabéns por todos os presentes pelo dia de seu aniversário.

Entre os deputados compareceram  Luizinho, Líder do PDT na Assembléia Legislativa (Alerj), Cidinha Campos, Jânio Mendes, Bruno Correia e Bebeto – que fizeram uso da palavra; além do deputado federal Marcelo Matos, que também representou seu irmão, Sandro Matos, prefeito de São João do Meriti. Também compareceram secretários municipais e militantes históricos do partido, como um dos fundadores do partido, Trajano Ribeiro. 

Augusto Ribeiro, secretário municipal de Trabalho da Cidade do Rio de Janeiro, em sua fala, fez questão de agradecer a Lupi pela confiança depositada nele não só na época em que o assessorava no Ministério do Trabalho, como quando o indicou para o cargo que ocupa, no governo de Eduardo Paes.

Maria José Latgé, presidente do Movimento dos Aposentados, Pensionistas e Idosos do PDT – que não é muito de discursar, usou a palavra para agradecer a Lupi a força que tem dado ao Mapi e à luta dos aposentados.

Lupi fez um balanço dos cinco anos que passou à frente do Ministério do Trabalho, das iniciativas que tomou, as parcerias que desenvolveu, destacando que sempre teve lado no MTE:  o lado dos trabalhadores. Trabalho que foi exaltado por vários dos oradores que o antecederam.

Lupi enumerou as mudanças que introduziu na gestão da pasta, no redirecionamento de políticas públicas envolvendo o FGTS e o FAT que promoveu e falou ainda da importância da implantação – para o trabalhador – do ponto eletrônico. Frisou também que para lutar pelo futuro, é fundamental conhecer o passado e viver o presente.

Citou as incompreensões de que Getúlio foi vítima, citou a barreira da mídia contra Getúlio e também contra Jango, além de Brizola – toda a sua vida, para ressaltar que o que enfrentou, em termos de mídia, não foi exatamente por conta de sua pessoa, mas da causa que os trabalhistas representam.

Lembrou ainda episódio que vivenciou com Brizola quando, secretário municipal que era, um dia saiu um editorial do Globo a favor de sua gestão e ele, todo feliz, foi mostrá-lo a Brizola. E ouviu dele algo que nunca esqueceu: “Se eles estão elogiando, tem algo errado”.       

Bebeto, ao falar aos presentes, destacou que os ataques que Lupi sofreu da mídia conheceu bem porque, como jogador, muitas vezes viu fatos e versões serem divulgados a seu respeito  sem qualquer fundamento.

“Quero dizer a todos os presentes que Lupi nunca me faltou, como amigo e como dirigente partidário, sempre presente e atuante, sendo um dos principais responsáveis por eu ter escolhido o PDT quando decidi entrar na política”.

A luta do PDT pela Educação e especialmente pelas escolas de horário integral, confessou Bebeto, foi a razão de sua escolha pela sigla.

Testemunho parecido foi dado pela prefeita Sheila Gama, de Nova Iguaçu, que disse que Lupi nunca faltou para ela, como amigo e como dirigente partidário, e que pelo fato de ser professora, a proposta do PDT pela Educação sempre a atraiu – como também a luta de Darcy Ribeiro pela Educação pública de qualidade.

Outro testemunho a favor de Lupi foi o do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda, Renato Soares, que fez questão de dizer que Lupi foi peça fundamental na crise que vivenciou junto à CSN em 2008, ajudando aos trabalhadores e que por isso não poderia faltar em uma reunião para prestar solidariedade a Lupi.

Carlos Correia, Secretário Geral do PDT-RJ fez um histórico das perdas de quadros do partido aos longos dos anos, citou as saídas de Garotinho e de Cesar Maia, entre outras, para destacar que hoje o PDT do Rio de Janeiro é uma sigla depurada e decidida na luta pelos ideais de Leonel Brizola.

Vários outros oradores se sucederam, tendo a reunião transcorrido tranqüila, encerrando-se no horário previsto – por volta das 20h40m. (Apio Gomes)

 

 

 

 

Ascom/OM/Apio Gomes/ Foto Fernando Lobo