Sindicalista propõe redução progressiva


Acostumado, em sua história como sindicalista, aos discursos inflamados, o presidente da Força Sindical e deputado federal Paulo Pereira (PDT-SP), o Paulinho, agora atua como apaziguador das correntes de parlamentares favorável e contrária à prorrogação da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF).

Paulinho diz que as negociações avançaram e que já conseguiu convencer até deputados do PT a endossar um projeto alternativo, de redução progressiva do imposto - que cairia dos 0,38% atuais para 0,08% em quatro anos. A idéia inicial era formar uma frente parlamentar, mas o receio de eventual pressão do governo abortou o plano.

- O problema é que, se o governo começar a distribuir cargos, acelera a votação e a questão se o imposto é relevante ou não para a sociedade fica em segundo plano - teme.

O sindicalista, que esteve segunda-feira na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) para participar de manifesto contra a CPMF, acha que não prorrogar a cobrança da contribuição, como querem os empresários, é uma solução que vai causar "desequilíbrio nas contas públicas". O movimento Sou Contra a CPMF, capitaneado pela federação, já registra mais de 520 mil assinaturas na internet pedindo o fim da taxa.

- Pretendo trazer o Paulo Skaf (presidente da Fiesp) semana que vem a Brasília para conversar com o presidente Arlindo Chinaglia e com as lideranças. Eles (os industriais) sabem que vão ter que negociar - acredita.

Na avaliação de Paulinho, outro ponto a ser adicionado à proposta alternativa é a maior fiscalização da aplicação da verba arrecadada. Criada inicialmente para direcionar investimentos à saúde, em 1996, a CPMF transformou-se em instrumento de manutenção de superávit do governo. De lá para cá, o Congresso aprovou várias prorrogações, e apenas 40% da arrecadação total foram aplicados em saúde.

Na tarde de ontem, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara inverteu a pauta para que o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), relator da emenda que prorroga o imposto até 2011, lesse seu parecer. A discussão na CCJ vai começar amanhã.


Acostumado, em sua história como sindicalista, aos discursos inflamados, o presidente da Força Sindical e deputado federal Paulo Pereira (PDT-SP), o Paulinho, agora atua como apaziguador das correntes de parlamentares favorável e contrária à prorrogação da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF).

Paulinho diz que as negociações avançaram e que já conseguiu convencer até deputados do PT a endossar um projeto alternativo, de redução progressiva do imposto – que cairia dos 0,38% atuais para 0,08% em quatro anos. A idéia inicial era formar uma frente parlamentar, mas o receio de eventual pressão do governo abortou o plano.

– O problema é que, se o governo começar a distribuir cargos, acelera a votação e a questão se o imposto é relevante ou não para a sociedade fica em segundo plano – teme.

O sindicalista, que esteve segunda-feira na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) para participar de manifesto contra a CPMF, acha que não prorrogar a cobrança da contribuição, como querem os empresários, é uma solução que vai causar “desequilíbrio nas contas públicas”. O movimento Sou Contra a CPMF, capitaneado pela federação, já registra mais de 520 mil assinaturas na internet pedindo o fim da taxa.

– Pretendo trazer o Paulo Skaf (presidente da Fiesp) semana que vem a Brasília para conversar com o presidente Arlindo Chinaglia e com as lideranças. Eles (os industriais) sabem que vão ter que negociar – acredita.

Na avaliação de Paulinho, outro ponto a ser adicionado à proposta alternativa é a maior fiscalização da aplicação da verba arrecadada. Criada inicialmente para direcionar investimentos à saúde, em 1996, a CPMF transformou-se em instrumento de manutenção de superávit do governo. De lá para cá, o Congresso aprovou várias prorrogações, e apenas 40% da arrecadação total foram aplicados em saúde.

Na tarde de ontem, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara inverteu a pauta para que o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), relator da emenda que prorroga o imposto até 2011, lesse seu parecer. A discussão na CCJ vai começar amanhã.