Seguro-desemprego pode ser vinculado à qualificação profissional


Busca por emprego: mais de 50% das vagas oferecidas pelo Sine não são preenchidas por falta de especialização

O mercado de trabalho abriu em julho126.992 vagas com carteira assinada. Embora tenha sido 17,7% inferior ao mesmo mês do ano passado, o desempenho elevou o saldo acumulado do ano para 1,222 milhão de postos formais, o que representou um crescimento de 13,4% sobre o período de janeiro a julho de 2006. O bom desempenho levou o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, a prever que serão criados até o final do ano 1,6 milhão de empregos formais. Se confirmada a previsão, será o melhor ano da história do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), superando as 1,52 milhão de vagas de 2004.

Para melhorar ainda mais as estatísticas, o ministro Carlos Lupi anunciou ontem a ampliação do programa de qualificação profissional a partir de 2008. O objetivo é evitar que vagas deixem de ser preenchidas por falta de capacitação. De acordo com dados divulgados pelo ministro, no ano passado, o Sistema Nacional de Emprego (Sine) ofereceu 1.772.282 vagas, mas apenas 878.394 foram preenchidas por desempregados cadastrados. “Mais de 50% das vagas não foram preenchidas por falta de qualificação. Isso ocorre em todos os estados do país, em todos os setores da economia”, afirmou o ministro. “Temos 5 milhões de pessoas procurando emprego e quase 890 mil vagas não preenchidas. Isso está errado”, criticou.

A partir do próximo ano, o governo vai direcionar os programas de qualificação profissional para os segmentos onde há carência de profissionais capacitados. Um exemplo é o setor de serviços. De cada três vagas ofertadas por meio do Sine, apenas uma é preenchida. “Vamos qualificar o trabalhador já direcionando para essas vagas”, garantiu o ministro. Para o próximo ano, o Ministério do Trabalho pediu uma verba de R$ 959 milhões para os programas de qualificação, mas a liberação depende de decisão dos ministérios da Fazenda e do Planejamento.

Os R$ 110 milhões destinados à qualificação em 2007 já foram totalmente gastos e o ministro solicitou uma suplementação orçamentária de 20%. Em uma segunda etapa, o governo pretende vincular o seguro-desemprego à qualificação profissional. “Vamos estimular quem recebe o seguro a fazer cursos de qualificação”, afirma Lupi.

Caged
De acordo com o ministro, a redução no ritmo de criação de vagas em julho foi provocada pela antecipação de demissões em alguns setores agrícolas, como o de colheita do café em Minas Gerais. A agropecuária abriu 7 mil vagas com carteira no mês passado, apenas um quarto do total criado em julho de 2006. O setor de serviços também criou menos vagas: 38,1 mil, quase 27% inferior a julho do ano passado. Quem mais cresceu foi a indústria, que abriu 28,9 mil postos, 8 mil a mais que no mesmo período do ano passado.

No acumulado do ano, o setor que mais cresce é a indústria (+39,2%, para 328,5 mil vagas abertas), seguida do comércio (+25,2%, para 124,9 mil), da construção civil (12,4%, para 116,4 mil) e da agropecuária (12,3%, para 246,4 mil). O único a registrar queda até julho (-3%, para 365,7 mil) foi o setor de serviços. 

Correio Braziliense


Busca por emprego: mais de 50% das vagas oferecidas pelo Sine não são preenchidas por falta de especialização

O mercado de trabalho abriu em julho126.992 vagas com carteira assinada. Embora tenha sido 17,7% inferior ao mesmo mês do ano passado, o desempenho elevou o saldo acumulado do ano para 1,222 milhão de postos formais, o que representou um crescimento de 13,4% sobre o período de janeiro a julho de 2006. O bom desempenho levou o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, a prever que serão criados até o final do ano 1,6 milhão de empregos formais. Se confirmada a previsão, será o melhor ano da história do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), superando as 1,52 milhão de vagas de 2004.

Para melhorar ainda mais as estatísticas, o ministro Carlos Lupi anunciou ontem a ampliação do programa de qualificação profissional a partir de 2008. O objetivo é evitar que vagas deixem de ser preenchidas por falta de capacitação. De acordo com dados divulgados pelo ministro, no ano passado, o Sistema Nacional de Emprego (Sine) ofereceu 1.772.282 vagas, mas apenas 878.394 foram preenchidas por desempregados cadastrados. “Mais de 50% das vagas não foram preenchidas por falta de qualificação. Isso ocorre em todos os estados do país, em todos os setores da economia”, afirmou o ministro. “Temos 5 milhões de pessoas procurando emprego e quase 890 mil vagas não preenchidas. Isso está errado”, criticou.

A partir do próximo ano, o governo vai direcionar os programas de qualificação profissional para os segmentos onde há carência de profissionais capacitados. Um exemplo é o setor de serviços. De cada três vagas ofertadas por meio do Sine, apenas uma é preenchida. “Vamos qualificar o trabalhador já direcionando para essas vagas”, garantiu o ministro. Para o próximo ano, o Ministério do Trabalho pediu uma verba de R$ 959 milhões para os programas de qualificação, mas a liberação depende de decisão dos ministérios da Fazenda e do Planejamento.

Os R$ 110 milhões destinados à qualificação em 2007 já foram totalmente gastos e o ministro solicitou uma suplementação orçamentária de 20%. Em uma segunda etapa, o governo pretende vincular o seguro-desemprego à qualificação profissional. “Vamos estimular quem recebe o seguro a fazer cursos de qualificação”, afirma Lupi.

Caged
De acordo com o ministro, a redução no ritmo de criação de vagas em julho foi provocada pela antecipação de demissões em alguns setores agrícolas, como o de colheita do café em Minas Gerais. A agropecuária abriu 7 mil vagas com carteira no mês passado, apenas um quarto do total criado em julho de 2006. O setor de serviços também criou menos vagas: 38,1 mil, quase 27% inferior a julho do ano passado. Quem mais cresceu foi a indústria, que abriu 28,9 mil postos, 8 mil a mais que no mesmo período do ano passado.

No acumulado do ano, o setor que mais cresce é a indústria (+39,2%, para 328,5 mil vagas abertas), seguida do comércio (+25,2%, para 124,9 mil), da construção civil (12,4%, para 116,4 mil) e da agropecuária (12,3%, para 246,4 mil). O único a registrar queda até julho (-3%, para 365,7 mil) foi o setor de serviços. 

Correio Braziliense