PDT Diversidade celebra cinco anos com integração e resistência


Por Bruno Ribeiro / FLB-AP
22/08/2020

Um marco da luta da comunidade LGBTQI+ foi celebrado neste sábado (22). Em uma transmissão ao vivo pelo Facebook, o PDT Diversidade reuniu lideranças, dirigentes e militantes para celebrar os cinco anos de fundação, crescimento e fortalecimento do movimento.

Conduzido pela presidente nacional da organização colaborativa do partido, Amanda Anderson, o encontro virtual – em respeito às orientações de distanciamento e proteção para enfrentar a pandemia – estimulou debates, depoimentos e mobilizações para o progresso de lutas históricas de lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis, transgêneros, queer, intersexuais e demais definições encontradas na sigla.

“Cinco anos de luta, de batalha, de vitórias, de resistência e de resiliência no único movimento partidário LGBTQI+ do Brasil. O PDT abraçou não só essa causa, mas a todos nós. Assim, nos fez crescer como humanos”, comentou Amanda Anderson.

“Ser LGBTQI+ é só mais uma das diversidades desse nosso Brasil maravilhoso e imenso”, completou, ao exaltar as presenças do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, dos deputados federal e estadual, Túlio Gadêlha e Juliana Brizola, respectivamente.

Em cada membro e apoiador, ficou evidente a confirmação do avanço conjunto em prol de mais igualdade e pluralidade, tanto na sociedade, quanto no Estado, a partir de políticas públicas inclusivas. E neste contexto, a realidade atual demanda, para o grupo, ainda mais esforços diante da onda fascista e preconceituosa desencadeada por Jair Bolsonaro.

Na sua participação, Lupi exaltou a dedicação coerente e apaixonada do movimento à causa que, segundo ele, está sendo oprimida e discriminada “com tanto ódio, principalmente pelo profeta da ignorância (Bolsonaro), que está de plantão no Brasil”.

“Minha palavra é de incentivo e de agradecimento, além de dizer que vocês sempre terão o PDT e a minha pessoa como aliados para todas as lutas por tudo o que significa o reconhecimento à cidadania, ao ser humano e o que temos de mais valoroso: a dignidade, a lealdade e nossas ideias”, disse.

Representatividade

Para confirmar a força da resistência pedetista, o movimento tem alcançado êxitos relevantes. No Congresso Nacional, a partir da construção de projetos com a bancada do PDT, na inclusão e formação de novos quadros, bem como na construção de uma base de pré-candidaturas trabalhistas em todo o país para a disputa das vagas de vereadores e prefeitos.

Com mandatos que traduzem as bandeiras do movimento e os princípios do partido, os vereadores de Várzea Grande (MT) e São José (SC), Ícaro Reveles e Caê Martins manifestaram a importância do legado acumulado pelo movimento e a contribuição na construção de municípios mais plurais.

“É um orgulho poder fazer parte do PDT Diversidade, que é formado por pessoas incríveis. Tenho certeza que, com essa união, vamos mudar a realidade do nosso Brasil. Por isso, seguimos lutando para também conquistar vagas, em Brasília, pois é importante ter mais representantes lá, além da missão de eleger Ciro Gomes presidente”, relatou Reveles.

Estamos levando a diversidade por todo o país. Com a coordenação de um plano municipal de desenvolvimento, integramos as nossas pautas e vamos lançar mais pré-candidaturas a vereador, além do partido ter um nome para a disputa da Prefeitura. É nas cidades que semeamos a esperança”, concluiu Caê.

Significado

Conheça os detalhes da sigla LGBTQI+:

L – lésbica: mulher que se identifica com o gênero do seu corpo físico (cis) e sente atração sexual por mulheres;

G – gay: homem que se identifica com o gênero do seu corpo físico (cis) e sente atração sexual por homens;

B – bissexual: homens e mulheres cis ou trans que sentem atração sexual por ambos os gêneros;

T – travestis, transexuais e transgêneros: pessoas que não se identificam com seus órgãos sexuais de nascimento, que são relacionados com os gêneros feminino e masculino, e que fazem ou não a transição;

Q – questionando ou queer: pessoas que não se consideram parte dos padrões de gênero impostos pela sociedade e, assim, não sentem a necessidade de definir o gênero e/ou a orientação sexual;

I – intersexuais: pessoas que não são identificadas como feminino ou masculino em função das variações nos cromossomos ou na formação dos órgãos genitais;

Mais + – representa todas as letras que se encaixam no movimento, que na versão estendida seria LGBTT2QQIAAP. É encontrada ainda a versão mais curta (LGBTQIAP+), com a letra P representando os pansexuais, que sentem atração sexual por pessoas, independentemente de identidade de gênero ou orientação sexual.

Confira o evento, na íntegra:

https://www.facebook.com/pdtdiversidadenacional/videos/1822860537860899/?vh=e&extid=wskk8mULQudrFi2E&d=n