Lupi em Brasília: “Lado do PDT é o lado em que o povo está”

“Aprendi com Leonel de Moura Brizola que o lado do PDT é o lado em que o povo está; e que este Partido jamais será de direita porque temos história, temos causa e somos transparentes”, afirmou o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, em forma de desabafo, na reunião realizada em Brasília nesta quinta-feira (31/10) com as direções estaduais do PDT dos 27 estados da Federação e, também, com os integrantes das bancadas do Partido no Senado e na Câmara Federal. O encontro, na sede nacional do PDT, foi convocado para analisar o momento político nacional e as perspectivas diante das eleições gerais de 2014. (Foto Alexandre Amarante)

“Há 10 anos presido o PDT e não conheço nenhum presidente de partido que faça o que faço, porque coloquei como tarefa da minha vida manter a espinha dorsal do PDT de pé, tendo a consciência de que, para andar para frente, às vezes, vamos um pouco para a direita ou para a esquerda, mas sem jamais desviar do objetivo principal, que é construir um projeto verdadeiro de Nação, tendo como eixos centrais a educação e o trabalho”, acrescentou.

O encontro da Executiva nacional com as direções estaduais, mais os parlamentares, durou cerca de quatro horas e foi aberto por Lupi, que fez um balanço geral da situação política do país, diante das eleições presidenciais do ano que vem, destacando que o momento ainda não é de decisões, mas o de se tomar pé da situação.

Ele também recomendou que cada um dos estados estruture a direção local da Fundação Leonel Brizola-Alberto Pasqualini (FLB-AP) para implementar a formação de quadros políticos, através dos cursos da Universidade aberta Leonel Brizola e, também, da Rádio Legalidade – a rádio web do PDT, presente já em diversos estados.

Em sua opinião, o momento político brasileiro “é rico e delicado”; o PDT deve construir candidaturas próprias – mas também viáveis, e sempre dentro da linha programática pedetista, para defender a escola em tempo integral, para defender os direitos dos trabalhadores. “Temos que aplicar as políticas que nos diferenciem dos demais partidos; temos que ser mais profundos; temos que aprofundar a discussão do petróleo, da água; temos que puxar o governo para a esquerda, porque ainda morrem crianças para que seja paga a dívida. Temos que discutir essas questões com profundidade; sem teatro”.

Lupi continuou: “A melhor forma de distribuir renda é o aumento dos salários; temos que discutir o Bolsa Família, mas sabendo que saco vazio não fica em pé; temos que nos lembrar que Getúlio deu um tiro no coração não foi porque queria se manter no poder, mas foi para dizer que não aceitava o golpe; temos que discutir programas – não pensem que, porque fui jornaleiro, não sei o que o povo quer. Vamos discutir nosso futuro com transparência, mas com causas; o povo é a nossa bússola, temos que estar onde ele está”.

Logo no início da reunião, que começou pontualmente às 10 da manhã, Lupi revelou aos presentes que a direção do Partido está tomando as providências necessárias para conseguir a escritura definitiva do terreno onde está instalada a sede nacional, porque a idéia é firmar parceria – com autorização do Diretório Nacional – para construir uma nova e ampla sede para o Partido no local, área privilegiada de Brasília. Lupi também submeteu ao plenário, que foi aprovada, a proposta de que o teto da reunião fosse 13 horas, intercalando as intervenções de dirigentes partidários com as dos parlamentares.

Ainda na abertura, Lupi nominou um por um os presidentes das seções estaduais da Fundação Leonel Brizola, fazendo um apelo aos presidentes dos diretórios estaduais para que, no prazo máximo de 30 dias, designassem – ouvidas as respectivas direções e também os movimentos partidários organizados – as direções das seções estaduais da Fundação Brizola–Alberto Pasqualini, onde elas não existem. “A formação de quadros, e o conhecimento de nossas lutas e de nossa história, são fundamentais”. Lupi distribuiu aos presentes um relatório sobre as atividades da Fundação e dos cursos promovidos pela ULB-AP.

“É muito importante o funcionamento da Fundação e também da Rádio Legalidade. Temos que estar sintonizados; precisamos nos defender das leviandades. Precisamos fazer circular a informação entre nós, também através da página do Partido na Internet. Na rádio, temos que ter programas relatando as ações dos movimentos: da mulher, dos jovens, do movimento sindical, das mulheres, dos negros, dos idosos e pensionistas. Temos que usar a rádio para criar vínculos”.

Lupi explicou que o objetivo do encontro também era para ouvir cada um dos estados sobre as negociações em andamento. “Queremos ouvir cada estado na formação de seu palanque para que possamos formatar o palanque nacional”, observou. Deixou claro que o PDT faz parte do Governo Dilma, e que para apoiar uma outra proposta, “só se ela estiver mais a esquerda e represente mais direitos e mais conquistas sociais”.

O PDT vai se definir, no plano nacional, deixou claro, só o ano que vem. Antes, precisa montar os palanques estaduais porque “se nos anteciparmos, poderemos nos atrapalhar”.

– Temos que priorizar os estados, principalmente onde temos boas perspectivas eleitorais, como no Rio Grande do Sul, Bahia, Brasília, Mato Grosso e outros, em que estaremos disputando os governos. Fizemos um grande congresso, temos propostas a apresentar a sociedade brasileira, destacou.

Detendo-se na questão de São Paulo, Lupi comentou que o Major Olímpio, deputado estadual e candidato ao governo paulista, “está fazendo um excelente trabalho” de reorganização do PDT no estado, depois que Paulinho da Força deixou o Partido, levando muita gente da estrutura do PDT paulista. “Saímos da terra-arrasada e estamos mudando a cara do Partido com a ajuda do Major Olímpio, que fez 150 mil votos como deputado estadual; poderia fazer 300 mil votos nesta eleição, mas se colocou à disposição para defender as bandeiras do Partido em São Paulo”, elogiou.

Lupi fez um relato geral sobre como via a situação do Partido em cada um dos estados, antes de abrir a palavra – alternando dirigentes partidários e parlamentares – para que relatassem, eles próprios, a situação política em cada um dos estados e as perspectivas para 2014.

O primeiro a usar da palavra foi Telmário Miranda, presidente do PDT de Roraima, que relatou o quadro local citando, inclusive, as perdas decorrentes da criação de dois novos partidos nas vésperas de se encerrar o prazo para mudanças dos que pretendem se candidatar ano que vem. Telmário disse que o Partido se fortaleceu muito, e que há excelentes candidatos para o ano que vem no Estado.

O segundo a falar foi o Major Olímpio, de São Paulo, que fez um balanço da situação local e agradeceu o empenho pessoal de Lupi – indo praticamente todas as semanas a São Paulo – para reorganizar a legenda no maior Estado brasileiro, depois de os problemas causados pela deserção de Paulinho da Força e dos demais parlamentares federais que o PDT tinha no Estado. “Quero agradecer, em nome dos pedetistas de São Paulo, a atenção mais do que especial que Lupi e a direção nacional vêm dispensando a São Paulo, onde tivemos o maior foco de traição partidária”, observou.

– Em rápido balanço: hoje o PDT de São Paulo tem 19 prefeitos, perdemos dois; temos 28 vice-prefeitos, perdemos quatro; temos 333 vereadores em todo o estado, perdemos 43. Por outro lado, as perspectivas para o ano que vem são positivas, porque temos 55 pré-candidatos a deputado federal, com perspectiva de eleger dois ou três; e temos 75 pré-candidatos a deputado estadual. Estamos trabalhando e o Partido está motivado até pelo que sofreu, existindo uma grande união entre os que ficaram.

O Secretário-Geral, licenciado, Manoel Dias, por sua vez, fez um balanço do PDT de Santa Catarina – as perdas e as perspectivas para 2014 –, destacando que o PDT nacional precisa fidelizar os seus 3.700 vereadores para que peçam votos para candidatos a deputado estadual e federal do PDT, fortalecendo a legenda. Manoel defendeu os cursos de formação política da ULB; e criticou a campanha que sofreu, à frente do Ministério do Trabalho, às vésperas do fim do prazo de filiação, o que teria prejudicado, e muito, o Partido.

“Temos que ter competência para superar isto”, observou acrescentando que, no Ministério, está propondo mudanças para melhorar a transparência “para que se restabeleça o protagonismo do Ministério, um dos mais importantes do governo, porque ali se promove a possibilidade de avançar no campo trabalhista e no direito dos trabalhadores”. Disse também que pretende despachar até março próximo tudo o que estiver relacionado à criação de sindicatos, porque de, 50 pedidos que o Ministério recebe, 47 são relacionados a esta questão. “Há regras, há lei, e depois que resolvermos isto vai sobrar tempo no Ministério para que nos preocupemos com políticas públicas, debatendo, discutindo, avançando e modernizando a ação do Ministério do Trabalho”.

Stones, presidente do PDT do Amazonas, explicou que lá o Partido caminha para uma composição como governador Eduardo Braga, candidato à reeleição, com Amazonino Mendes na chapa, candidato ao Senado. Explicou que os maiores partidos no Estado estão nesta composição e que o PDT tem bons candidatos a federal, com chances de fazer um. Stones também pediu à bancada do Partido que apoie, no Congresso, a prorrogação do prazo para a existência do Polo Industrial de Manaus, que considera fundamental para garantir a sobrevivência da população e, com isto, a sobrevivência da própria floresta. “Se não existissem os empregos do polo industrial, talvez metade da Amazônia já tivesse sido desmatada”, disse.

Falando em seguida, o deputado Vieira da Cunha, do Rio Grande do Sul, saudou a iniciativa de Lupi de convocar a reunião assinalando que “temos que ter idéia de como está o quadro nacional e precisamos afinar a nossa viola”. Vieira argumentou também que era muito ruim “quando lideranças começam a dar declarações a respeito da sucessão presidencial, no momento em que o Partido ainda está amadurecendo a sua posição; e sou grato ao Lupi por me chamar a atenção sobre isto, tempos atrás”.

Vieira disse que, depois deste alerta, não falou mais sobre a sucessão nacional, restringindo-se a questão estadual: posição que considera a mais correta, e que deveria servir para todos os presentes, tendo em vista a necessidade de fortalecer o Partido, neste momento delicado. “Temos que ter opiniões comuns. Lideranças não devem manifestar publicamente as suas opiniões, porque ainda há muitas variáveis; e Manoel Dias é ministro”, destacou.

Segundo Vieira, o PDT precisa almejar sempre candidaturas próprias – avaliando alternativas, mas sempre tendo em vista a identidade do PDT, as convicções do Partido. “Concordo com Lupi: não temos que fechar com ninguém, no momento; nem com Dilma. Manoel está lá, mas o Partido precisa discutir as alternativas, inclusive a candidatura própria, que é a ideal no meu ponto de vista. Lupi está conduzindo muito bem, dialogando com todos”.

Especificamente sobre o Rio Grande do Sul, disse que lá já foram realizados 38 encontros regionais, sob a liderança de Romildo Bolzan, presidente estadual; e que o Partido amadureceu a posição de lançar candidatura própria ao governo estadual, mas que o assunto ainda vai a discussão no dia 7 de dezembro próximo, quando o Partido deverá fazer uma pré-convenção, já que o governador Tarso Genro, candidato a reeleição, pediu o apoio do PDT; e o Partido, provocado, precisa tomar uma decisão.

“Vai ser em um sábado; quero aproveitar a oportunidade para convidar todos vocês, lideranças regionais e nacionais do PDT, a estarem presentes e testemunharem este grande momento em que o PDT gaúcho vai viver, quando deveremos apresentar a nossa candidatura a governador ano que vem, sem constrangimentos”, afirmou Vieira.

Lupi aproveitou para ler carta enviada pelo prefeito José Fortunati, de Porto Alegre, em que afirma seu apoio à candidatura de Vieira da Cunha a governador, com apoio unânime das coordenações regionais do PDT de Porto Alegre. Fortunati também afirmou na carta, em que justificou sua ausência, que – no plano nacional – ele pessoalmente acha melhor o PDT continuar na base de apoio da Presidenta Dilma Roussef.

A reunião prosseguiu com parlamentares e dirigentes estaduais se alternando, entre eles os representantes do Acre, de Sergipe, de Minas, de Alagoas etc. Todos os estados estavam representados; e a situação do PDT, em cada um deles, foi relatada.

Falando pela liderança do Partido na Câmara, o deputado André Figueiredo disse que sua prioridade também é recompor a bancada do PDT – a mais atingida pelas recentes defecções, em função da criação de dois novos partidos – e aproveitou para elogiar os que ficaram, porque sabe perfeitamente “da pressão indecorosa que foi exercida sobre cada um de vocês, que mostraram que, onde há convicção, não há dinheiro que compre”. André destacou que a força do PDT na Câmara é a unidade da bancada, que a torna respeitada por todos os demais partidos; e observou também: “Ontem tivemos uma reunião com a ministra Ideli Salvati, em que deixamos claro que não trocamos voto – votamos contra o que for contrário às nossas causas”.

Em rápido comentário, Lupi disse que é fundamental que as seções estaduais da Fundação Brizola-Pasqualini atuem, promovendo discussões e seminários, porque o PDT é um partido que pensa no futuro além da próxima eleição, porque pensa grande.

Nesta linha, o deputado Paulo Rubem Santiago (PE), analisando o momento nacional, disse que é importantíssimo que o Partido promova debates sobre as grandes questões nacionais para, cada vez mais, amadurecer suas posições e subsidiar sua ação no parlamento. “Quero propor que a gente pense, com a direção, com as bancadas na Câmara e no Senado, com a Fundação Brizola – Alberto Pasqualini, em uma agenda nacional de debates sobre o desenvolvimento que queremos; a economia que queremos; porque o PDT é vocacionado a pensar o futuro do Brasil, seja com Dilma, com Eduardo Campos, com quem for – mas jamais para a direita”.

Em sua intervenção, Mario Heringer, presidente do PDT-MG, falou das perdas em seu Estado e do questionamento, na justiça, do mandato de um deputado federal que migrou para um partido que não é um desses dois novos. “Não podemos permitir esta verdadeira bagunça política”, destacou. Heringer observou que o Brasil vive um momento especial, com dois mineiros disputando a presidência ano que vem – Dilma e Aécio –, o que considera uma situação peculiar. Afirmou que está voltado integralmente para o objetivo de o PDT nacional construir uma grande bancada nas eleições do ano que vem, se possível com mais de 31 deputados federais.

Ronaldo Lessa, presidente do PDT de Alagoas, explicou que o Partido ficou bem, apesar de as pequenas perdas sofridas; declarou que deve disputar a eleição de deputado federal ano que vem. No Maranhão, o deputado Ewerton Rocha relatou que continua o trabalho de reorganização da legenda no Estado, e que o PDT foi o primeiro partido a se alinhar à frente que se formou para derrotar a oligarquia local; além disto, o PDT já realizou cinco encontros regionais no Maranhão e que a tendência é apoiar a candidatura de Flavio Dino (PC do B) ao governo estadual, ofertando a posição de vice-governador ao PDT, que deve eleger dois federais ano que vem.

Giovanni Queiroz, falando pelo PDT-PA, defendeu a sugestão feita pelo deputado Paulo Rubens, de se convocar, pela direção do Partido, seminários para discutir os grandes problemas nacionais – linha de trabalho que adotou quando exerceu a liderança do PDT na Câmara; defendeu também a necessidade de o Brasil deixar de ser exportador de matérias primas e investir, cada vez mais, em ciência e tecnologia para agregar valores às suas “exportações. Cobrou também a construção de uma siderúrgica em seu Estado, um dos maiores exportadores do mundo de minério de ferro – para que, no futuro, não fiquem no Pará apenas o buraco, a pobreza e a miséria.

 

Outros oradores foram o Senador Acir Gurgacz, líder do Partido no Senado; o presidente do PDT-PR, Haroldo; o presidente do PDT de Tocantins, deputado Agnolim; o presidente do PDT-RS, Romildo Bolzan, que complementou o relatório feito antes por Vieira da Cunha; o Senador Pedro Taques, candidato a governador de Mato Grosso, que destacou que o PDT “não é um puxadinho do PT”, como alguns acham; e que também aproveitou para agradecer Lupi pela correção que tem tratado a seção estadual do PDT de Mato Grosso; e o deputado Reguffe, também candidato a governador, como Taques, só que de Brasília.

Reguffe destacou a adesão de dois deputados distritais de Brasília ao PDT, agradeceu a Lupi “que tem tido uma postura correta comigo”, e confirmou que é candidato a governador de Brasília em que o eleitorado, no momento, segundo pesquisa, tem preferência por dois candidatos: ele e Roriz, que já foi governador por três mandatos. “Único problema é que nunca disputei uma eleição majoritária e, aqui em Brasília, segundo a pesquisa, sou desconhecido de 29% da população”, disse. “O Partido está muito bem em Brasília; Michel está muito bem na presidência; vamos tentar oferecer a Brasília algo que tenha a ver com ela, porque a população não aguenta mais votar em governos corruptos”.

Reguffe disse que, no plano nacional, defende a tese de que o Partido tenha candidato próprio; e que, em sua opinião, há duas pessoas em condições de disputarem pelo PDT: Cristovam Buarque, que não quer ser candidato de novo; e Pedro Taques. “Sinto que a população quer algo de novo, diferente, e Taques pode ser esta diferença”, afirmou.

José Queiroz, presidente do PDT-PE, fez um relatório dos acontecimentos em seu Estado, seguido de Zeca Viana, presidente do PDT do Mato Grosso. Também usaram a palavra o deputado estadual Flávio, do Piauí; o deputado Damião Feliciano, da Paraíba; o ex-deputado José Bonifácio, do Rio de Janeiro; e Alexandre Brust, da Bahia – cada um com relatos da situação do Partido em seus estados.

Uma das últimas a falar, a presidente da Ação da Mulher Trabalhista (AMT), Miguelina Vecchio, também segunda vice-presidente nacional do PDT, fez um balanço das atividades do movimento das mulheres, dando ênfase aos cursos da AMT para preparar as candidatas para as eleições. Afirmou que não cabe também a direções masculinas do Partido indicarem quem são as mulheres que deverão exercer cargos nas AMTs locais, porque até onde entende, “único lugar onde homem escolhe mulher é cabaré”. Miguelina anunciou sua candidatura a deputada federal, no Rio Grande do Sul, explicando que sempre será fiel à causa das mulheres.

Ultimo orador da reunião, o ex-governador Waldez Góes, do Amapá, anunciou a disposição de o PDT do Amapá de ampliar as bancadas federal e estadual, nas eleições de 2014; e que, no momento, o Partido atua na direção do fortalecimento dos movimentos. Também está empenhado na preparação de um programa de governo; e que ele, dentro de uma frente de oposição, vai disputar o governo estadual. Waldez Góes pediu a ajuda de Lupi para consolidar a aliança do PDT com o PT no Amapá – fórmula que já deu certo, quando disputou a Prefeitura de Macapá, tendo um representante do PT na chapa, como vice. 

OM – Ascom PDT