Lupi e Ciro filiam Antonio Neto em São Paulo


Wellington Penalva
24/09/2017

“Sempre fui trabalhista”, afirmou o presidente da CSB, agora membro da legenda de Brizola

O PDT agregou um importante reforço aos seus quadros, na manhã do último sábado (23), em São Paulo. Com a presença de Ciro Gomes, Carlo Lupi e Manoel Dias, o presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Antonio Neto, se filiou ao partido em ato acompanhado por cerca de 500 pessoas, no auditório do Hotel Jaraguá, no centro da capital paulista.

Sindicalista, Neto chega ao partido para também agregar sua experiência ao Movimento sindical do PDT. De acordo com ele, embora esteja chegando agora às fileiras da legenda, sempre admirou as conquistas do Trabalhismo no Brasil.

“O PDT representa a emancipação nacional, o desenvolvimento e a busca de igualdade para o povo brasileiro”, disse Antonio Neto. Em seguida, se dirigindo ao presidente nacional do partido, completou:

“Esse ato não representa uma entrada para mim. É, na verdade, a conclusão de um ciclo, porque, na prática, eu sempre fui trabalhista”.

Lupi rememorou o período em que esteve a frente do Ministério do Trabalho para destacar a importância e a sintonia ideológica do novo membro do PDT.

“Eu, quando era ministro, fui à sede do sindicato desse companheiro para inaugurar o busto de Vargas, no centro de São Paulo, onde está a elite mais antigetulista do país. Quando um homem como Neto, com uma grande bagagem de luta em defesa do trabalhador brasileiro, entra no partido é sinal de que estamos no caminho certo”.

Já Ciro Gomes, aclamado como “candidato irreversível a presidência da República” por seus companheiros, também se mostrou muito satisfeito com a chegada de Antonio Neto. “Para mim é uma alegria muito grande testemunhar a filiação do Neto porque substancia, e muito, a luta partidária e ideológica do PDT”, destacou o presidenciável.

Lideranças pedetistas e sindicais participaram do ato que terminou com o público entoando o Hino da Independência, como Leonel Brizola gostava, fazendo ecoar o verso “ou deixar a pátria livre ou morrer pelo Brasil”. A canção traduz fielmente o objetivo pedetista, mas o ímpeto da juventude presente fez com que o ato acabasse mesmo aos gritos de “Fora Temer!”.