Sérgio Vidigal destaca importância do Dia Nacional da Luta Antimanicomial


Ascom deputado Sérgio Vidigal
17/05/2017

Em homenagem ao Dia Nacional da Luta Antimanicomial, comemorado nesta quinta-feira (18), o deputado federal Sérgio Vidigal (PDT-ES) falou desta data que, segundo ele, trouxe dignidade para doentes mentais de todo o País. A afirmação do parlamentar foi feita em discurso na sessão solene realizada pela Câmara dos Deputados ontem (17).

Durante o discurso, Sérgio Vidigal relembrou de um paciente chamado Robson José da Silva, mais conhecido como Tralalá. Abandonado por quase 20 anos no Hospital Adauto Botelho, em Cariacica, Espírito Santo, Tralalá era reconhecido no hospital por suas fugas malsucedidas.

“Num piscar de olhos das enfermeiras, ele desaparecia pelos corredores. Nunca ia muito longe, pois não tinha para onde ir. A única casa que conhecia era o Adauto. Com outros 80 pacientes, lá foi deixado para ser esquecido. Anos marcados pela falta de tratamento médico e psiquiátrico adequado. Só havia segregação de indesejáveis”.

Vidigal explica que a Lei da Reforma Psiquiátrica garantiu que os milhares de esquecidos em instituições manicomiais passassem a ter uma nova vida.

“É claro que há casos e situações que exigem a internação, mas ela é para os casos de crises e surtos e não para a vida inteira. No tratamento dos portadores de transtornos mentais devemos entender que o tratamento se dá em múltiplas instâncias e, por isso, deve ser multidisciplinar – com a colaboração de psiquiatras, psicólogos, nutricionistas e fisioterapeutas, afinal, nós somos seres multidimensionais”.

Sérgio Vidigal ressaltou que o Dia Nacional de Luta Antimanicomial foi uma demanda dos profissionais de saúde mental.

“A data é um marco para a reflexão sobre o caminho já trilhado e para nos lembrar que há muito ainda por fazer – e muito ainda a ser feito para garantir que os avanços conseguidos não se percam. Serve para lembrar que ainda há muito preconceito contra os portadores de transtornos mentais, infelizmente até mesmo entre profissionais de saúde. Nos lembra que a luta pela cidadania e pela inclusão nunca acaba e tem várias frentes”, finalizou.