Comissão barra processo contra governador do MA

Jackson Lago é investigado pela PF na Operação Navalha

SÃO LUÍS. A Comissão de Constituição e Justiça da Assembléia Legislativa do Maranhão rejeitou ontem pedido de autorização do Superior Tribunal de Justiça para dar prosseguimento à ação penal contra o governador Jackson Lago (PDT), acusado pelo Ministério Público Federal de formação de quadrilha, peculato e corrupção passiva, de acordo com as investigações da Polícia Federal na Operação Navalha, de maio de 2007. Por quatro votos a um, a CCJ aprovou o relatório do deputado estadual Arnaldo Melo (PSDB), contrário à autorização.

O relatório deverá ser votado hoje da Assembléia, onde o governador tem ampla maioria. Entre os 42 deputados, a oposição só tem 14 votos, 14 a menos que os 28 necessários para autorizar o processo, como determina a Constituição do estado.

Lago é suspeito de receber propina de R$240 mil

O deputado Victor Mendes (PV) foi o único voto contrário ao relatório. Já o relator classificou de infundadas as suspeitas contra o governador, que, segundo ele, foram açodadamente imputadas pelas subprocuradoras da República que assinam a acusação apresentada ao STJ.

- Não precisa sequer ser expert na ciência do Direito para se verificar que a acusação, no que diz respeito ao governador do estado, funda-se tão-somente em conteúdo de interceptação telefônica, de duvidosa constitucionalidade, não sendo nenhuma delas obtidas em diálogo travado pelo ou com o governador, das quais se retiram ilações e criações mentais de quem acusa - ressaltou Melo.

O Ministério Público acusa o governador teria recebido propina de R$240 mil, por intermédio de seus sobrinhos Alexandre Lago e Paulo Lago, os quais se reuniram com uma funcionária da construtora Gautama no Hotel Alvorada, em Brasília, em 21 de março de 2007. Lago estaria clandestinamente hospedado no mesmo dia no Kubitschek Plaza, para ocultar sua participação no recebimento da propina. Para Arnaldo Melo, esse argumento é "notoriamente mentiroso" e o governador esteve em Brasília cumprindo agenda oficial com os presidentes da República e da Câmara.

No único voto contrário, Victor Mendes elogiou a investigação e disse que votaria pela autorização de cabeça erguida.

- Não vou me rebaixar ao rugido dos leões - ironizou Mendes, referindo-se ao Palácio dos Leões, sede do governo.
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Jackson Lago é investigado pela PF na Operação Navalha

SÃO LUÍS. A Comissão de Constituição e Justiça da Assembléia Legislativa do Maranhão rejeitou ontem pedido de autorização do Superior Tribunal de Justiça para dar prosseguimento à ação penal contra o governador Jackson Lago (PDT), acusado pelo Ministério Público Federal de formação de quadrilha, peculato e corrupção passiva, de acordo com as investigações da Polícia Federal na Operação Navalha, de maio de 2007. Por quatro votos a um, a CCJ aprovou o relatório do deputado estadual Arnaldo Melo (PSDB), contrário à autorização.

O relatório deverá ser votado hoje da Assembléia, onde o governador tem ampla maioria. Entre os 42 deputados, a oposição só tem 14 votos, 14 a menos que os 28 necessários para autorizar o processo, como determina a Constituição do estado.

Lago é suspeito de receber propina de R$240 mil

O deputado Victor Mendes (PV) foi o único voto contrário ao relatório. Já o relator classificou de infundadas as suspeitas contra o governador, que, segundo ele, foram açodadamente imputadas pelas subprocuradoras da República que assinam a acusação apresentada ao STJ.

– Não precisa sequer ser expert na ciência do Direito para se verificar que a acusação, no que diz respeito ao governador do estado, funda-se tão-somente em conteúdo de interceptação telefônica, de duvidosa constitucionalidade, não sendo nenhuma delas obtidas em diálogo travado pelo ou com o governador, das quais se retiram ilações e criações mentais de quem acusa – ressaltou Melo.

O Ministério Público acusa o governador teria recebido propina de R$240 mil, por intermédio de seus sobrinhos Alexandre Lago e Paulo Lago, os quais se reuniram com uma funcionária da construtora Gautama no Hotel Alvorada, em Brasília, em 21 de março de 2007. Lago estaria clandestinamente hospedado no mesmo dia no Kubitschek Plaza, para ocultar sua participação no recebimento da propina. Para Arnaldo Melo, esse argumento é “notoriamente mentiroso” e o governador esteve em Brasília cumprindo agenda oficial com os presidentes da República e da Câmara.

No único voto contrário, Victor Mendes elogiou a investigação e disse que votaria pela autorização de cabeça erguida.

– Não vou me rebaixar ao rugido dos leões – ironizou Mendes, referindo-se ao Palácio dos Leões, sede do governo.
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