Ciro debate revisão da reforma trabalhista com sindicalistas em Lages (SC)


Silmara Cossolino
31/08/2018

O candidato a presidente da República pelo PDT, Ciro Gomes, começou a sexta-feira (31) com atividades em Lages, município de Santa Catarina. Ele esteve acompanhado do presidente nacional do partido, Carlos Lupi, e do candidato ´a deputado federal no estado, Manoel Dias.

A passagem de Ciro por Lages foi marcada por encontro com sindicalistas para debater a revisão da reforma trabalhista. Além de defender os direitos dos trabalhadores, Ciro demonstrou seu apoio à candidatura de Manoel Dias, que também já foi ministro do Trabalho.

“Eu preciso muito dele na Câmara Federal. E eu fiz um apelo para que ele aceitasse ser mais um representante do povo de Santa  Catarina e ficar com a chave do meu gabinete, no Palácio do Planalto, para entrar lá na hora e no dia, e para o assunto que quiser, na mudança e defesa do Brasil. E na mudança e apoio à Santa Catarina – esse estado que o Brasil todo admira e quer bem”, ressaltou.

“Manoel Dias tem um número fácil de decorar e muito bom de votar: 1234. É um homem decente, sério, comprometido com a causa nacional, com a causa dos trabalhadores e com a mudança. E é isso que eu ando pedindo para o povo brasileiro”, disse.

Ao falar com jornalistas, Ciro criticou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de que as empresas podem contratar trabalhadores terceirizados, inclusive, para a atividade-fim.

“Nenhum pais do mundo cresce economicamente produzindo no mundo do trabalho insegurança  jurídica e insegurança econômica. Terceirização de atividade-fim é praticamente uma volta à escravidão. E por quê? Porque uma escola, hoje, vai poder contratar uma firma de araque, não pagar os direitos trabalhistas e usar o professor. Depois essa firma quebra, vai embora, como é a história das terceirizações no Brasil”, disse.

“O Brasil precisa mudar e, portanto, é na hora das eleições. Por isso, peço ao povo brasileiro, dê valor ao seu voto. É o seu destino que está sendo jogado em Brasília”, disse.

Ciro também falou sobre a questão macroeconômica do país e reiterou a necessidade de se criar um imposto sobre lucros e dividendos empresariais e de um tributo sobre as grandes heranças, acima de R$ 2 milhões. Disse que, dependendo da progressividade, é possível arrecadar algo ao redor de R$ 30 bilhões a R$ 40 bilhões.

O pedetista  ressaltou ainda  que a economia rural brasileira está retraindo esse ano, bem como a indústria e construção civil estão em queda.

“Todos os setores da economia estão em profunda crise e os cinco maiores bancos tiveram um lucro de R$ 41 bilhões no semestre. De onde está saindo esse dinheiro, senão da exploração da semi-escravidão de 13,7 milhões de desempregados;  32 milhões de brasileiros vivendo da informalidade e 63 milhões de brasileiros passando pela humilhação de terem o nome no SPC. É por isso que eu me levanto par oferecer uma solução para o país”, exclamou.