Ciro Gomes conversa com a população do Jacarezinho, no Rio de Janeiro

Foto: Fernando Mendonça

PDT Nacional/ Com informações de "O Cafezinho" e de Eduardo Oliveira/PDT do Rio de Janeiro
16/09/2019

No último sábado (14), o vice-presidente nacional do PDT, Ciro Gomes, conversou com amoradores da comunidade do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, sobre os problemas da violência e do desemprego e apresentou soluções contra crise. A visita foi organizada pela Fundação Leonel Brizola – Alberto Pasqualini (FLB-AP/RJ) e teve do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, da deputada estadual Martha Rocha, o vereador Fernando William e o vice-presidente da FLB-AP, Everton Gomes, além de representantes de todos os movimentos do partido.

O Jacarezinho é uma das maiores comunidades na capital fluminense, em que a violência e pobreza são constantes. Ao conversar com os moradores, Ciro apesentou suas propostas para gerar empregos e reduzir o endividamento dos brasileiros. Ele explicou, por exemplo, que o governo poderia cortar apenas 20% das renúncias fiscais concedidas a grandes empresários, taxar lucros e dividendos (“que só o Brasil e um pequeno país do leste da Europa não cobram”, disse), e obter, com isso, algumas dezenas de bilhões de reais, dinheiro que poderia ser usado para obras de construção civil com potencial para gerar, imediatamente, dois milhões de empregos diretos.

Em sua fala, Ciro também afirmou que o ser humano precisa de solidariedade para nascer e viver. Ele comparou o ser humano a vários animais, incluindo aí a “jumentinha” que consegue andar poucos minutos após nascer. Já o ser humano precisa de ajuda para nascer e para andar.

Questionado sobre o que pensa a respeito das agressões que as religiões afro-brasileiras vêm sofrendo nos últimos anos, Ciro falou sobre a importância das religiões e lembrou que o símbolo de Deus era comum a inúmeras civilizações. Por fim, alertou para se tomassem cuidado com “falsos profetas” (aplausos efusivos), e que a mistura de política com religião nunca deu bom resultado.

Um morador lembrou das políticas de Leonel Brizola para a segurança pública, sempre muito preocupadas em evitar ações policiais que desrespeitassem moradores de comunidades e favelas, e que essa opção foi muito atacada pela mídia tradicional, sobretudo por uma “grande emissora”.

Em sua resposta, Ciro criticou as políticas públicas implementadas na era petista, que resultaram num aumento desproporcional da população carcerária. Defendeu a adoção de penas alternativas para pequenos traficantes de drogas que não tivessem sido condenados por crimes violentos, para evitar um problema grave hoje no sistema carcerário, que é a cooptação de jovens por grandes organizações criminosas.

O líder trabalhista falou ainda de uma das questões que lhe são mais caras, que é o consumo consciente, onde o consumidor do futuro precisará olhar não apenas para o preço, mas também analisar onde aquela mercadoria é produzida, de maneira a priorizar, nem que tenha que pagar um pouquinho mais, o que for produzido por seu vizinho, em sua localidade.

Pelo Brasil

O evento fez parte de uma série de visitas que Ciro Gomes tem feito em todo Brasil para conversar com a população em escolas, comunidades e universidades para apresentar soluções e ouvir a população que está insatisfeita com os rumos da política nacional. As visitas trazem o debate das questões centrais do Brasil e de acordo com Ciro, servem para ouvir a inteligência da população.

“Na TV tem tempo para tudo. Menos para informar e educar o nosso povo. É a isso que tenho me dedicado. Informar ao nosso povo para que juntos possamos lutar e resistir contra o desgoverno que aí está”, comentou Ciro Gomes.