Ciro compara sistema bancário brasileiro a cartel


Wellington Penalva
31/08/2020

O livro “Projeto Nacional: O Dever da Esperança” foi o assunto central de mais uma entrevista do autor e vice-presidente do PDT, Ciro Gomes. No último sábado (29), em conversa com o jornalista Robson Carvalho, da Band Nordeste, o líder pedetista falou sobre a estagnação econômica do país, o risco da privatização da Petrobrás e o sistema financeiro que sufoca o crescimento brasileiro.

A diminuição drástica da indústria nacional é um dos sintomas da regressão econômica do Brasil. Ciro explica que, após iniciado o projeto nacional desenvolvimentista de Getúlio Vargas em 1930, o país experimentou meio século de crescimento e a industrial chegou a representar 30% do PIB brasileiro.

De 1980 pra cá, o PIB industrial regrediu em um terço e continua caindo. “No governo Bolsonaro, mais de duas mil indústrias fecharam – 1663 só em São Paulo”, afirmou Ciro Gomes.

No caso da Petrobrás, a situação é ainda mais grave. A estatal lida com recurso estratégico para a soberania nacional, o petróleo, e abrir mão dele significa ficar a mercê do interesse estrangeiro. É o que tem acontecido com a venda “criminosa” das suas subsidiárias, como alerta o pedetista.

Ainda sobre o petróleo brasileiro, Ciro assume um compromisso: “Um dia, se tiver a honra de servir essa nação como presidente, não só vou buscar responsabilizar todos esses canalhas que estão entregando o Brasil ao interesse estrangeiro, como vou desfazer esses negócios”.

O vice-presidente do PDT também acusou o alto custo que o sistema bancário gera à população brasileira. “Como permitimos – ao longo dos últimos 20 anos – concentrar em cinco bancos, apenas, 80% de todas as transações financeiras, funciona uma espécie de cartel. Eles jantam em São Paulo e quem quiser tomar dinheiro emprestado tem que pagar 40% de juro ao ano para descontar uma duplicata [….] Não tem nada, nem por um décimo, parecido no mundo”, explica Ciro.

Confira a entrevista completa abaixo: