Cid Gomes defende inclusão de estados e municípios na Reforma da Previdência


Lucirene Maciel/Ascom Cid Gomes
20/08/2019

O senador Cid Gomes (PDT-CE) defendeu a inclusão de estados e municípios na Reforma da Previdência. Na avaliação do senador, o Senado deveria incluir estados e municípios no projeto original da Reforma, assim como corrigir outras distorções que possam prejudicar os trabalhadores. A fala foi feita durante reunião da Comissão de Constituição e Justiça do Senado que realizou, na manhã desta terça-feira (20), debate sobre a Proposta de Emenda à Constituição 6/2019, que altera o regime previdenciário brasileiro.

Para ele, a tramitação não precisa ser apressada, especialmente porque a proposta afetará o futuro de milhões de brasileiros. “Estamos falando de uma emenda que vai trazer repercussões na economia nos próximos 10 anos, então o que custa esta Casa incluir estados e municípios logo no projeto original, depois volta para a Câmara e que lá passe mais 30 dias. Isso não vai trazer nenhum prejuízo ao País”, assegurou.

Até mesmo, completou Cid Gomes, porque a Reforma da Previdência não será “a salvação da lavoura”, como o Governo vem defendendo, e precisa vir acompanhada de outras medidas que possam fazer o Brasil de fato crescer. “O Brasil não terá mudança de rumo e retomada de crescimento se as medidas forem em uma só direção, que é o prejuízo aos trabalhadores e à classe média, que é o que aponta essa reforma. Temos que ter disposição de analisar uma reforma na previdência, desde que acompanhada de outras questões, especialmente o estímulo ao emprego e ao consumo”, defendeu.

O senador lembrou que é preciso, por exemplo, tratar sobre o lucro exorbitante dos bancos. Enquanto determinados setores do País estão em crise, como a indústria, o comércio e os serviços, gerando milhões de desempregados, os lucros dos bancos saltaram de R$ 5,4, no segundo trimestre de 2005, para R$ 20,4 bilhões no segundo trimestre de 2019.

“Quem olha um dado desses não diz que esse País está em crise. Em crise está a indústria, o comércio, os serviços, sofrendo estão os trabalhadores, sofrerão agora os servidores públicos, mas os bancos estão nadando de braçada, com tudo ajudando para que eles consigam quadruplicar o seu lucro ao longo desse período”, criticou.