Centro de Memória da Juventude se chamará ‘Danilo Groff’


FLB-AP/ Fábio Pequeno
04/02/2019

Na última quinta-feira (31), Everton Gomes, vice-presidente da Fundação Leonel Brizola – Alberto Pasqualini do Rio de Janeiro (FLB-AP/RJ), e William Rodrigues, presidente nacional da Juventude Socialista, assinaram em conjunto com Ionne Groff, Ivana Groff e Danilo Groff Filho – esposa e filhos, respectivamente, de Danilo Groff – a autorização para que o Centro de Memória da Juventude tenha o nome do militante histórico trabalhista.

A ideia do Centro de Memória surgiu com o intuito de reunir, organizar, catalogar e difundir a memória da Juventude através de uma plataforma virtual.

De acordo com Everton Gomes, o Centro de Memória vai contribuir e fortalecer o compromisso da Fundação com as suas responsabilidades social e histórica. “Tenho certeza que FLB-AP/RJ e a Juventude Socialista vão produzir o exercício da cidadania e o acesso à informação, à cultura e à memória histórica, possibilitando o conhecimento e a fruição de bens culturais. Fico muito feliz em participar deste momento histórico”, disse ele.
Já William Rodrigues explicou que o centro é um “marco na história da JS” e que partir de agora “a história está preservada e acessível para os que chegam”. E terminou conclamando a construção coletiva deste projeto. “Precisamos que todos que tenham um pedaço da nossa história nos ajudem a reunir tudo isso”.

Danilo Groff: militante histórico trabalhista e presidente de honra da Juventude Socialista

Danilo Groff foi histórico militante trabalhista, presidente nacional da Mocidade Trabalhista, antes do golpe de 64. Perseguido pelo governo militar. Assessorou Leonel Brizola em seus governos no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro. Esteve em diversos Estados do Norte do Brasil, organizando e fundando o PDT. Enviado especial de Brizola, tinha a missão de consolidar a proposta da sigla no país. Também atuou nas Diretas Já.
Groff foi um dos protagonistas do protesto de 25 de junho de 1987, na Praça XV, no centro do Rio de Janeiro, resultado de revolta contra o Plano Cruzado II, baixado pelo então presidente da República, José Sarney. No episódio, Groff foi preso e mantido incomunicável.

Mesmo com saúde delicada, Groff, mantinha a rotina de militante político, participando de compromissos partidários como membro dos diretórios regional e nacional do PDT. Era presidente de honra da Juventude Socialista. Danilo Groff faleceu no dia 04/08/2010, aos 76 anos, vítima de uma parada cardíaca.