AMT e Movimento Negro reelegem seus presidentes


Wellington Penalva
18/03/2017

O Movimento Negro do PDT e a Ação da Mulher Trabalhista (AMT) reelegeram seus presidentes por aclamação, durante Congressos realizados ao longo da tarde e noite da última sexta-feira (17), no Hotel Nacional, em Brasília. Os eventos fizeram, também, um apanhado da luta dos Movimentos.

Movimento Negro

No Congresso do Movimento Negro, o jornalista Nilton Nascimento proferiu palestra sobre a atuação de Leonel Brizola, ao lado de Abdias do Nascimento, em favor da comunidade negra. “Brizola previu e priorizou a atuação contra a discriminação racial, logo na criação do estatuto pedetista. Foi ele, também, quem criou o primeiro órgão a favor dos negros no Brasil”, lembrou o jornalista.

“Precisamos ocupar nosso espaço dentro da política e apoiar nossos companheiros para que isso aconteça. A comunidade negra representa grande parte da população nacional e precisa ser representada para atender as necessidades de um povo de maioria pobre”, disse Paixão ao pedir coesão política ao grupo.

O presidente Carlos Lupi também falou aos membros do Movimento. “Trazemos em nossa história uma trajetória de luta pela justiça de raça, cor, credo. Somos orgulhosos disso. Temos, agora, que resgatar a história do Brasil, quitar nossa dívida social com os negros e traçar um caminho justo para todos”, frisou.

O encontro contou com a presença dos deputados federais Hissa Abrahão (AM), Weverton Rocha (MA) e André Figueiredo (CE). No final da reunião, Ivaldo Paixão foi reeleito presidente do Movimento.

AMT – uma luta longe do fim

Diante da presença massiva das militantes trabalhistas, Miguelina Vecchio foi reeleita presidente da entidade feminina do partido no VII Congresso Nacional da Ação da Mulher Trabalhista. “Nossa luta não é de hoje e está longe de terminar. Precisamos nos manter firmes, caminhando de cabeça erguida, para garantir a representatividade feminina na política e conquistar os direitos que nos são usurpados por uma cultura machista e sexista”, afirmou.

O presidente do PDT, Carlos Lupi, também participou do evento e Lupi fez questão de memorar a força e a garra da mulher que lidera o Movimento. “No dia seguinte a morte do seu marido, Miguelina estava de pé e em plena atividade na defesa dos direitos femininos. Aguerrida, ela comove e cala a boca dos que dizem que mulher é o sexo frágil”, atestou.

Em seu discurso, Lupi afirmou que todo estado que tiver repasse do fundo partidário terá de dar um percentual para a AMT. Informou, ainda, que pela primeira vez na história do PDT, o Diretório terá 30% do seu quadro ocupado por mulheres.

Os parlamentares que participaram do Congresso do Movimento Negro, também prestigiaram o encontro da AMT. Os eventos continuam neste sábado (18), com a Convenção do Diretório Nacional do PDT que conta, também, com a presença do pré-candidato trabalhista à presidência da República Ciro Gomes.