Allan Pombo – A juventude do PDT a serviço do Brasil


Por Max Monjardim e Léo Bijos
24/10/2016

Integrante da Juventude Socialista do PDT e membro do Diretório Nacional da legenda, Allan Pombo, 28 anos, é nascido em Guamá, periferia de Belém do Pará. Formado em Administração, foi presidente de Grêmio secundarista, diretor da União Nacional dos Estudantes (UNE), chefe do Departamento de Políticas Públicas para Juventude (DPJ) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), onde representou o órgão na Organização das Nações Unidas (ONU). Em sua trajetória ele também atuou como assessor especial da Presidência dos Correios e foi candidato a vereador pelo PDT.

Nestas eleições Allan Pombo compõe a chapa majoritária do partido, como vice-prefeito, que disputa o segundo turno da Prefeitura de Belém. Nesta entrevista, ele destaca o papel da juventude brasileira no futuro do Brasil e fala sobre o trabalho que pretende desenvolver caso seja eleito. Ele também aponta suas referências intelectuais e partidárias e mostra como as bandeiras do PDT e o exemplo de Brizola continuam influenciando os novos quadros políticos forjados pela juventude pedetista por todo o País.

 

PDT – Qual a importância do engajamento do jovem na política?

Alan Pombo – A juventude brasileira hoje representa 25% da população. São mais de 50 milhões de jovens que têm um futuro pela frente. O jovem, por si só, quer ser protagonista da própria história; quer ser dono do seu futuro, ter voz ativa e no seu destino mandar. Por isso a juventude tem um papel fundamental na construção da sociedade, da política, do social. É a juventude que vai construir o amanhã. Precisamos de oportunidades, de educação de qualidade, esporte, lazer, além de termos perfil dinâmico e criativo vamos potencializar esse perfil. O jovem tem que estar ativo para construir o futuro desejado.

 

PDT – Quais são suas referências políticas?

Alan Pombo – Sou nascido em Belém, em um bairro de periferia, o Guamá. Senti na pele a falta de oportunidades, ter amigos mortos, outros de sucesso. Educação e oportunidade sempre foram as referências e, no Brasil, o grande defensor desta bandeira foi o comandante Leonel Brizola, tanto que me filiei ao partido do Brizola, o partido da educação. Brizola, que não só defendia a educação como prioridade, foi o governador que mais construiu escolas de tempo integral da América Latina, talvez do mundo. Darcy Ribeiro, Getúlio Vargas, João Goulart e Mário Juruna, foram grandes nacionalistas. E, no Pará, grandes escritores como Dalcídio Jurandir, Benedito Monteiro, que foi do PDT, também defendiam a Amazônia, a resistência cabana, e tudo isso nos remete à luta. Particularmente, no Pará, a cabanagem foi um movimento de resistência pelo qual os jovens tomaram o poder, e temos como referência Reginaldo Angelim, que coordenou e comandou com apenas 21 anos de idade e já mostrava que a juventude quando se une consegue tomar o poder. Agora, é através do voto.

 

PDT – Quando decidiu militar politicamente e por que o PDT?

 Alan Pombo – Comecei a militar no movimento estudantil. Estudei na escola Madre Zarife Sales, até a 8ª série, onde fundei e fui o presidente do grêmio e defendíamos, além das matérias convencionais, atividades culturais, esportes, feira de ciências, teatro… Que a educação fosse priorizada e de maneira integral.

Já na universidade fui do diretório e do setor acadêmico, e assim, diretor da UNE. O PDT foi onde me identifiquei. Um partido nacionalista, de grandes estadistas, que defende um Brasil soberano, a defesa integral de suas riquezas, de suas estruturas de Estado; contra as privatizações. O PDT é o que acreditamos para o Brasil.

 

PDT – Como a tecnologia mudou as inter-relações políticas entre os jovens?

Alan Pombo – Com o avanço da globalização, aumentamos a relação pessoal com o mundo, ficou muito mais forte. É importante a integração política, econômica, cultural, para entender o mundo, o contexto político social para entender as experiências e tomar como exemplo para o Brasil. Hoje o avanço tecnológico se personifica na relação com as redes sociais, muito mais forte, rápido e dinâmico. Lógico que existem falhas, nem tudo que está disponível nas redes é verdade. Temos que ter um controle para não influenciar o pensamento das pessoas para o negativo. As pessoas têm que ir a fundo nos acontecimentos e buscar a história em outras fontes. Não podemos deixar de ler e procurar entender o contexto.

 

Allan Pombo em CampanhaPDT – Você é candidato a vice-prefeito de uma importante capital do Brasil, com chances reais de vitória. Caso seja eleito, como será sua atuação na função?

Alan Pombo – Nós tínhamos 40 segundos de tempo de TV contra quase quatro minutos do atual prefeito. O primeiro turno foi uma luta desigual e, justamente através das redes sociais, conseguimos romper um pouco esta barreira, mas ainda sim é desproporcional. A mídia ainda manipula e aliena e temos que combater isso. As redes sociais estão servindo para criar uma resistência popular e social para mostrar o outro lado que a mídia tenta impor. É importante por um lado, mas sempre tomando cuidado para não acreditarmos em tudo que se vê.

Será uma honra ser vice-prefeito de Belém do Pará, chamada de Metrópole da Amazônia.  Nos últimos anos foi simplesmente abandonada, com descaso em saúde, em educação, transformando-se numa das capitais mais violentas do Brasil. Mas é possível termos em Belém escolas de tempo integral, onde as crianças aprendam as disciplinas rotineiras importantes mas onde também tenham teatro, aulas de dança, de música, coral, incentivo à cultura da capoeira, o empreendedorismo

Como vice-prefeito, se for eleito, teremos muito para fazer e avançar, um mandato que seja de todos; buscar diálogos com a juventude. Organizar plenárias de bairros, fortalecer os conselhos municipais, os conselhos da juventude que hoje estão parados em Belém, e os conselhos distritais. Será uma honra ser vice-prefeito e contribuir para Belém se transformar em uma cidade escola.

 

PDT – Mande um recado para os militantes da JS-PDT.

Alan Pombo – Representei a Juventude Socialista PDT como candidato, assim como muitos companheiros pelo Brasil, que emprestaram seu nome, para apresentar nossa aguerrida Juventude, que tem mais de 35 anos de luta em defesa do povo brasileiro. Criada pelo comandante Leonel Brizola, que foi um jovem indignado e a indignação e a luta da JS é algo emocionante no Brasil, por isso, tenho muito orgulho. Em cada estado temos nossos quadros, nossos companheiros, hoje, muitos eleitos vereadores pelo Brasil e vice-prefeitos, já no primeiro turno. Então, cada um tem um tijolo nesta construção e aqui o que está em jogo não é só uma eleição, são projetos não só para Belém, mas para as demais cidades do Brasil. É a resistência popular, o Trabalhismo, o Brizolismo. Ganhar é só um passo, o desafio é, através do PDT, fazermos a revolução trabalhista e educacional que o Brasil precisa.