PDT/RS recebe delegação do ex-Partido Comunista Italiano

Publicada em 9 de julho de 2007

O presidente regional do PDT, Matheus Schmidt; o ex-governador Alceu Collares; e demais membros da Executiva do partido receberam, nesta segunda-feira (9), uma delegação do partido italiano Democratici di Sinistra (DS) ou Democráticos de Esquerda, sigla do primeiro ministro da Itália, Romano Prodi, e maior partido da coalizão de centro-esquerda que apóia o atual governo. O DS é o ex-Partido Comunista Italiano.

O objetivo da visita feita pelo diretor do Departamento de Italianos no Exterior do DS, Maurizio Chiocchetti, acompanhado pela responsável do partido para a América Latina, Francesca D’Ulisse e pelo coordenador da sigla em São Paulo, Fábio Porta, foi divulgar a formação de um novo partido, o Partito Democrático (PD), que vai reunir políticos da DS, Marguerita (Movimento Ambientalista Italiano) e do Movimento Progressista Cristão. Coligados nas eleições de 2006, os três partidos obtiveram 30% dos votos dos italianos.

O prefeito de Roma, Valter Vetroni, é candidato a secretário-geral do Partido Democrático. A eleição do secretário - geral e da assembléia constituinte da legenda está marcada para 14 de outubro.

Metas

Segundo Chiocchetti, as principais metas do novo partido será manter afastado do Governo da Itália o ex-primeiro ministro Silvio Berlusconi, “com a sua direita populista e demagógica”, e dar respostas às necessidades sociais do País. E para realizar esses objetivos, é necessário uma forte rede de relações políticas e sociais com outros partidos de esquerda. “Estamos empenhados em construir uma força política nova. Já estamos discutindo com a Internacional socialista e com o Partido Socialista Europeu a colocação desse novo partido no mundo”. De acordo com o dirigente italiano, é importante trabalhar com os outros partidos de esquerda porque existem questões que são comuns a todos.

Chiocchetti disse também que o PD pretende contribuir para que os EUA não façam mais uma política de guerra, mas de paz e que espera debater todas essas questões com a comunidade italiana que vive no RS.

Privatizações

Sobre o modo como foram privatizadas as empresas italianas, Chiocchetti esclareceu que o Estado continuou com o controle acionário das empresas privatizadas e não houve desemprego, já que os empregados dispensados foram recolocados no mercado de trabalho. Como exemplo, ele citou a Allitalia - a companhia aérea Italiana, que ainda é 100% pública. “Pensamos em vender 50% da Allitalia porque ela gera dívida de um milhão de euros por dia. Mas se privatizarmos, vamos garantir a colocação dos trabalhadores no mercado”, garantiu.

Francesca D’Ulisse apontou outra diferença entre as privatizações brasileiras e as italianas: na Itália, ao contrário do Brasil, setores essenciais como energia, água e telefonia continuaram nas mãos do Estado. Ela citou o exemplo da privatização de empresas de panetone. “A indústria do doce não é essencial para a população, não necessita de investimentos públicos e portanto pode ser desmembrada do patrimônio público”, argumentou.


Durante a troca de experiência entre o PDT e o partido italiano, foi debatido também o controle da mídia pela direita; o papel dos partidos políticos como agentes de transformação social; e a organização do sistema de saúde como forma de justiça social. Maurizio Chiocchetti criticou a estrutura sanitária dos EUA, que, segundo ele, atende aos ricos e exclui os pobres.

E o presidente Matheus ressaltou a influência do teórico socialista Giuseppe Mazzini (1805-1872) - que organizou o movimento Jovem Itália visando a união dos estados italianos numa única república- na condução ideológica da Guerra dos Farrapos. Os ideais de Mazzini, trazidos por Giusepe Garibaldi e Luigi Rosseti, eram divulgados por meio do Jornal “O Povo”, órgão oficial dos revolucionários. O jornal era dirigido por Rossetti e propagava as bases ideológicas da República Rio-Grandense.

Fonte: página PDT/RS

Publicada em 9 de julho de 2007

O presidente regional do PDT, Matheus Schmidt; o ex-governador Alceu Collares; e demais membros da Executiva do partido receberam, nesta segunda-feira (9), uma delegação do partido italiano Democratici di Sinistra (DS) ou Democráticos de Esquerda, sigla do primeiro ministro da Itália, Romano Prodi, e maior partido da coalizão de centro-esquerda que apóia o atual governo. O DS é o ex-Partido Comunista Italiano.

O objetivo da visita feita pelo diretor do Departamento de Italianos no Exterior do DS, Maurizio Chiocchetti, acompanhado pela responsável do partido para a América Latina, Francesca D’Ulisse e pelo coordenador da sigla em São Paulo, Fábio Porta, foi divulgar a formação de um novo partido, o Partito Democrático (PD), que vai reunir políticos da DS, Marguerita (Movimento Ambientalista Italiano) e do Movimento Progressista Cristão. Coligados nas eleições de 2006, os três partidos obtiveram 30% dos votos dos italianos.

O prefeito de Roma, Valter Vetroni, é candidato a secretário-geral do Partido Democrático. A eleição do secretário – geral e da assembléia constituinte da legenda está marcada para 14 de outubro.

Metas

Segundo Chiocchetti, as principais metas do novo partido será manter afastado do Governo da Itália o ex-primeiro ministro Silvio Berlusconi, “com a sua direita populista e demagógica”, e dar respostas às necessidades sociais do País. E para realizar esses objetivos, é necessário uma forte rede de relações políticas e sociais com outros partidos de esquerda. “Estamos empenhados em construir uma força política nova. Já estamos discutindo com a Internacional socialista e com o Partido Socialista Europeu a colocação desse novo partido no mundo”. De acordo com o dirigente italiano, é importante trabalhar com os outros partidos de esquerda porque existem questões que são comuns a todos.

Chiocchetti disse também que o PD pretende contribuir para que os EUA não façam mais uma política de guerra, mas de paz e que espera debater todas essas questões com a comunidade italiana que vive no RS.

Privatizações

Sobre o modo como foram privatizadas as empresas italianas, Chiocchetti esclareceu que o Estado continuou com o controle acionário das empresas privatizadas e não houve desemprego, já que os empregados dispensados foram recolocados no mercado de trabalho. Como exemplo, ele citou a Allitalia – a companhia aérea Italiana, que ainda é 100% pública. “Pensamos em vender 50% da Allitalia porque ela gera dívida de um milhão de euros por dia. Mas se privatizarmos, vamos garantir a colocação dos trabalhadores no mercado”, garantiu.

Francesca D’Ulisse apontou outra diferença entre as privatizações brasileiras e as italianas: na Itália, ao contrário do Brasil, setores essenciais como energia, água e telefonia continuaram nas mãos do Estado. Ela citou o exemplo da privatização de empresas de panetone. “A indústria do doce não é essencial para a população, não necessita de investimentos públicos e portanto pode ser desmembrada do patrimônio público”, argumentou.


Durante a troca de experiência entre o PDT e o partido italiano, foi debatido também o controle da mídia pela direita; o papel dos partidos políticos como agentes de transformação social; e a organização do sistema de saúde como forma de justiça social. Maurizio Chiocchetti criticou a estrutura sanitária dos EUA, que, segundo ele, atende aos ricos e exclui os pobres.

E o presidente Matheus ressaltou a influência do teórico socialista Giuseppe Mazzini (1805-1872) – que organizou o movimento Jovem Itália visando a união dos estados italianos numa única república- na condução ideológica da Guerra dos Farrapos. Os ideais de Mazzini, trazidos por Giusepe Garibaldi e Luigi Rosseti, eram divulgados por meio do Jornal “O Povo”, órgão oficial dos revolucionários. O jornal era dirigido por Rossetti e propagava as bases ideológicas da República Rio-Grandense.

Fonte: página PDT/RS