PDT rompe aliança com João Henrique


A executiva estadual do PDT decidiu ontem romper definitivamente com o prefeito de Salvador, João Henrique Carneiro (PMDB). A partir de agora, o partido, que conta com cinco vereadores, vai atuar na bancada de oposição na Câmara. Hoje, o vereador Gilberto José (PDT) deve renunciar ao posto de líder do governo na Casa. De acordo com o presidente Severiano Alves, dos 11 integrantes da executiva, oito votaram a favor do rompimento. O vereador Everaldo Bispo (PDT) e o secretário de Desenvolvimento Social, Carlos Ribeiro Soares, não compareceram à reunião. O prefeito de Araci, José Eliotério Zedafó, se pronunciou favorável por telefone. 

Para o deputado Severiano Alves, o rompimento é partidário e governamental. “Rompemos a aliança com o governo. Não temos mais nenhuma relação com o prefeito João Henrique. Até porque, nosso projeto com ele foi completamente frustrado. Temos que pensar agora em uma candidatura própria, consolidada em projetos e propostas para a cidade”. De acordo com o presidente, o partido vai sentar para discutir, a partir de agora, os passos a serem adotados rumo à sucessão municipal de 2008. “Não descartamos nenhuma possibilidade, inclusive, de fazer alianças que possibilitem um crescimento sólido do PDT”. 

O próprio Severiano Alves admitiu que o partido demorou muito para tomar essa decisão. “Desde a eleição em 2004, João Henrique havia demonstrado aversão ao PDT. Não participamos do processo de transição de governo, da escolha de cargos na máquina pública, nem da gestão da cidade. Fomos completamente ignorados”, disse o deputado, ao afirmar que a insistência em permanecer na aliança com o Executivo foi pautada pela tentativa de recuperar o projeto de poder do partido. “Investimos mais de dez anos em João Henrique, elegemos ele, mas fomos jogados às traças, sem nenhum respeito, seja à direção ou aos militantes do PDT”. 

O presidente da executiva estadual do PDT disse que a legenda foi preterida e humilhada. “Chega. Quando você lê a declaração do presidente de outro partido (Lúcio Vieira Lima, presidente estadual do PMDB) nos chamando de mentirosos, ao afirmar que não havia sido formalizado nenhum acordo sobre cargos ou espaços no governo, nos sentimos realmente indignados. Foi a gota d’água. Uma declaração dessa é temerária e demonstra a total falta de comando do prefeito, pois parecia que estavam falando por ele”. 

Indignado, Severiano ressaltou ainda que não foi o PDT quem procurou por João Henrique, mas sim o inverso. “Não fomos nós que pedimos nada. Foi ele que foi a Brasília atrás da manutenção da aliança com o PDT. Era ele quem queria que o PDT participasse mais da administração. Depois vem o presidente de um partido a que ele está recém-filiado, falando que não existiu acerto. Não poderíamos mais ficar inertes diante de todo esse quadro”, retrucou. 

Além do descaso e do processo de fritura, o PDT se sentiu preterido em relação ao PT e ao PMDB. João Henrique havia oferecido aos pedetistas o comando da Secretaria Municipal de Administração, da Companhia de Processamento de Dados de Salvador (Prodasal), do Instituto de Previdência de Salvador (IPS) e duas diretorias da Companhia de Transportes de Salvador (CTS), que irá gerir o metrô. No entanto, após fechar acordo há 20 dias, voltou atrás e cedeu às pressões dos petistas, que queriam mais espaço no governo. Durante a reunião do PDT, ficou definido ainda que a partir de hoje o vereador Odiosvaldo Vigas assume a liderança da bancada na Câmara. 

    

Correio da Bahia


A executiva estadual do PDT decidiu ontem romper definitivamente com o prefeito de Salvador, João Henrique Carneiro (PMDB). A partir de agora, o partido, que conta com cinco vereadores, vai atuar na bancada de oposição na Câmara. Hoje, o vereador Gilberto José (PDT) deve renunciar ao posto de líder do governo na Casa. De acordo com o presidente Severiano Alves, dos 11 integrantes da executiva, oito votaram a favor do rompimento. O vereador Everaldo Bispo (PDT) e o secretário de Desenvolvimento Social, Carlos Ribeiro Soares, não compareceram à reunião. O prefeito de Araci, José Eliotério Zedafó, se pronunciou favorável por telefone. 

Para o deputado Severiano Alves, o rompimento é partidário e governamental. “Rompemos a aliança com o governo. Não temos mais nenhuma relação com o prefeito João Henrique. Até porque, nosso projeto com ele foi completamente frustrado. Temos que pensar agora em uma candidatura própria, consolidada em projetos e propostas para a cidade”. De acordo com o presidente, o partido vai sentar para discutir, a partir de agora, os passos a serem adotados rumo à sucessão municipal de 2008. “Não descartamos nenhuma possibilidade, inclusive, de fazer alianças que possibilitem um crescimento sólido do PDT”. 

O próprio Severiano Alves admitiu que o partido demorou muito para tomar essa decisão. “Desde a eleição em 2004, João Henrique havia demonstrado aversão ao PDT. Não participamos do processo de transição de governo, da escolha de cargos na máquina pública, nem da gestão da cidade. Fomos completamente ignorados”, disse o deputado, ao afirmar que a insistência em permanecer na aliança com o Executivo foi pautada pela tentativa de recuperar o projeto de poder do partido. “Investimos mais de dez anos em João Henrique, elegemos ele, mas fomos jogados às traças, sem nenhum respeito, seja à direção ou aos militantes do PDT”. 

O presidente da executiva estadual do PDT disse que a legenda foi preterida e humilhada. “Chega. Quando você lê a declaração do presidente de outro partido (Lúcio Vieira Lima, presidente estadual do PMDB) nos chamando de mentirosos, ao afirmar que não havia sido formalizado nenhum acordo sobre cargos ou espaços no governo, nos sentimos realmente indignados. Foi a gota d’água. Uma declaração dessa é temerária e demonstra a total falta de comando do prefeito, pois parecia que estavam falando por ele”. 

Indignado, Severiano ressaltou ainda que não foi o PDT quem procurou por João Henrique, mas sim o inverso. “Não fomos nós que pedimos nada. Foi ele que foi a Brasília atrás da manutenção da aliança com o PDT. Era ele quem queria que o PDT participasse mais da administração. Depois vem o presidente de um partido a que ele está recém-filiado, falando que não existiu acerto. Não poderíamos mais ficar inertes diante de todo esse quadro”, retrucou. 

Além do descaso e do processo de fritura, o PDT se sentiu preterido em relação ao PT e ao PMDB. João Henrique havia oferecido aos pedetistas o comando da Secretaria Municipal de Administração, da Companhia de Processamento de Dados de Salvador (Prodasal), do Instituto de Previdência de Salvador (IPS) e duas diretorias da Companhia de Transportes de Salvador (CTS), que irá gerir o metrô. No entanto, após fechar acordo há 20 dias, voltou atrás e cedeu às pressões dos petistas, que queriam mais espaço no governo. Durante a reunião do PDT, ficou definido ainda que a partir de hoje o vereador Odiosvaldo Vigas assume a liderança da bancada na Câmara. 

    

Correio da Bahia