PDT quer dobrar o número de deputados

PDT enfatiza a Câmara para ampliar influência 




Eleições
Estratégia do partido, um dos primeiros a fechar com Dilma, é sair dos atuais 25 deputados federais e chegar a 50. Assim, poderia pleitear espaço no Executivo
Carlos Lupi, titular da pasta do Trabalho, é o único ministro pedetista no governo Lula: continuidade
O PDT tem uma meta ousada para as eleições deste ano: dobrar a bancada de deputados federais, que hoje conta com 25 parlamentares. O partido recomendou aos diretórios regionais incentivarem candidaturas à Câmara dos Deputados. Com maior peso no legislativo, o PDT poderia reivindicar espaços adicionais na composição do próximo governo, caso Dilma Rousseff saia vitoriosa das urnas em outubro. A cúpula do partido foi uma das primeiras a anunciar o apoio formal à ministra da Casa Civil, filiada à sigla até 2000 e uma das fundadoras do PDT no Rio Grande do Sul. Atualmente, o partido controla apenas a pasta do Trabalho, cujo titular é o ministro Carlos Lupi, presidente licenciado da legenda.

Para alcançar a meta, o partido conta com o apoio de movimentos sindicais. Segundo o secretário-geral do PDT, Manoel Dias, cerca de 3,5 mil lideranças são filiadas à legenda. O partido ainda fortaleceu o discurso de defesa dos direitos trabalhistas ao assumir o ministério no governo Lula. “Tem alguns ministros que você não sabe de que partido é. E o Lupi, todo mundo sabe que é do PDT. Nas eleições municipais, onde ele pediu voto, ajudou (o candidato do partido)”, afirma o líder do partido na Câmara, deputado Dagoberto (MS). Como o ministro não tem a intenção de se licenciar para ser candidato em outubro, a legenda pretende repetir a estratégia neste ano. “Como o governo vai bem, se ele sair, perdemos o discurso do governo. Ficaremos com o ônus de governo, mas na hora de faturar o bônus, perdemos”, resume.

Estados
Na disputa pelos governos estaduais, o partido também espera bons resultados. Por enquanto, os caciques do PDT contabilizam candidaturas aos governos do Paraná, de Mato Grosso, do Maranhão, do Rio Grande do Norte, do Amapá, de Rondônia e de Alagoas. A depender do desdobramento da crise política no DF, o partido pode ainda lançar um candidato na capital. No próximo mês, o diretório nacional vai se reunir para fazer um melhor desenho do mapa das possibilidades. “Ainda estamos num momento de costuras políticas”, afirma o deputado Vieira da Cunha (RS), presidente em exercício da legenda. Em alguns estados, já é possível identificar ponto de conflito entre partidos que apoiam a candidatura da ministra Dilma Rousseff, como é o caso do Maranhão, com as candidaturas potenciais do ex-governador Jackson Lago (PDT) e da governadora Roseana Sarney (PMDB).

No Senado, a expectativa do PDT é mais modesta. A legenda pretende manter o número atual de parlamentares. Dos seis senadores em exercício, quatro deixam a casa este ano. Além deles, o senador Acir Gurgacz (RO), cujo mandato se estende até 2015, pretende se candidatar ao governo de Rondônia. No estado, aliás, partidos da base buscam unir chapas: PT, PDT e PMDB apresentaram pré-candidatos. “É uma oportunidade grande de o PDT se fortalecer”, avalia Gurgacz, diante do cenário nos estados. Atualmente, o único governador do partido é Waldez Góes, no Amapá.


"Tem ministros que você não sabe de que partido é. O Lupi, todo mundo sabe que é do PDT. Nas eleições municipais, onde ele pediu voto, ajudou”

Deputado Dagoberto (MS), líder do PDT na Câmara 





Por Flávia Foreque 

PDT enfatiza a Câmara para ampliar influência 




Eleições
Estratégia do partido, um dos primeiros a fechar com Dilma, é sair dos atuais 25 deputados federais e chegar a 50. Assim, poderia pleitear espaço no Executivo
Carlos Lupi, titular da pasta do Trabalho, é o único ministro pedetista no governo Lula: continuidade
O PDT tem uma meta ousada para as eleições deste ano: dobrar a bancada de deputados federais, que hoje conta com 25 parlamentares. O partido recomendou aos diretórios regionais incentivarem candidaturas à Câmara dos Deputados. Com maior peso no legislativo, o PDT poderia reivindicar espaços adicionais na composição do próximo governo, caso Dilma Rousseff saia vitoriosa das urnas em outubro. A cúpula do partido foi uma das primeiras a anunciar o apoio formal à ministra da Casa Civil, filiada à sigla até 2000 e uma das fundadoras do PDT no Rio Grande do Sul. Atualmente, o partido controla apenas a pasta do Trabalho, cujo titular é o ministro Carlos Lupi, presidente licenciado da legenda.

Para alcançar a meta, o partido conta com o apoio de movimentos sindicais. Segundo o secretário-geral do PDT, Manoel Dias, cerca de 3,5 mil lideranças são filiadas à legenda. O partido ainda fortaleceu o discurso de defesa dos direitos trabalhistas ao assumir o ministério no governo Lula. “Tem alguns ministros que você não sabe de que partido é. E o Lupi, todo mundo sabe que é do PDT. Nas eleições municipais, onde ele pediu voto, ajudou (o candidato do partido)”, afirma o líder do partido na Câmara, deputado Dagoberto (MS). Como o ministro não tem a intenção de se licenciar para ser candidato em outubro, a legenda pretende repetir a estratégia neste ano. “Como o governo vai bem, se ele sair, perdemos o discurso do governo. Ficaremos com o ônus de governo, mas na hora de faturar o bônus, perdemos”, resume.

Estados
Na disputa pelos governos estaduais, o partido também espera bons resultados. Por enquanto, os caciques do PDT contabilizam candidaturas aos governos do Paraná, de Mato Grosso, do Maranhão, do Rio Grande do Norte, do Amapá, de Rondônia e de Alagoas. A depender do desdobramento da crise política no DF, o partido pode ainda lançar um candidato na capital. No próximo mês, o diretório nacional vai se reunir para fazer um melhor desenho do mapa das possibilidades. “Ainda estamos num momento de costuras políticas”, afirma o deputado Vieira da Cunha (RS), presidente em exercício da legenda. Em alguns estados, já é possível identificar ponto de conflito entre partidos que apoiam a candidatura da ministra Dilma Rousseff, como é o caso do Maranhão, com as candidaturas potenciais do ex-governador Jackson Lago (PDT) e da governadora Roseana Sarney (PMDB).

No Senado, a expectativa do PDT é mais modesta. A legenda pretende manter o número atual de parlamentares. Dos seis senadores em exercício, quatro deixam a casa este ano. Além deles, o senador Acir Gurgacz (RO), cujo mandato se estende até 2015, pretende se candidatar ao governo de Rondônia. No estado, aliás, partidos da base buscam unir chapas: PT, PDT e PMDB apresentaram pré-candidatos. “É uma oportunidade grande de o PDT se fortalecer”, avalia Gurgacz, diante do cenário nos estados. Atualmente, o único governador do partido é Waldez Góes, no Amapá.


“Tem ministros que você não sabe de que partido é. O Lupi, todo mundo sabe que é do PDT. Nas eleições municipais, onde ele pediu voto, ajudou”

Deputado Dagoberto (MS), líder do PDT na Câmara 





Por Flávia Foreque