PDT lamenta morte do ex-deputado Matheus Schmidt

O PDT do Rio Grande do Sul anuncia com pesar o falecimento neste sábado, 27, do ex-deputado federal, secretário dos Transportes e dirigente da sigla Matheus Schmidt. Aos 83 anos, mantinha fidelidade à militância partidária, atuando nas decisões políticas e nos encontros semanais da legenda. Nas últimas semanas, participou ativamente dos encontros que debateram a coligação do PDT com o PMDB. Esteve nas duas últimas reuniões que confirmaram a aliança entre as duas siglas, na semana passada. Na sede do PMDB, na quinta-feira (25), estava ao lado do presidente estadual do PDT, Romildo Bolzan Jr, dos deputados estaduais e federais que aclamaram a coligação.

Matheus Schmidt faleceu no início da noite deste sábado (27), de parada cardíaca, em sua residência em Porto Alegre.

Matheus José Schmidt Filho nasceu em 28 de outubro de 1926,no interior de Santa Cruz do Sul. Órfão de mãe e pai ao assumir os estudos de Direito na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, foi líder estudantil e presidente do Centro Acadêmico do curso de Direito aos 20 anos. Nessa época, atuava no jornal comunista Tribuna Gaúcha. Em 1948, esteve um período exilado no Uruguai, tendo vivido em Rivera, na fronteira com Santana do Livramento. Lá, editava um jornal comunista. Em julho de 1949 retornou e casou, em Cachoeira do Sul, com Sueelly Feldman Schmidt, com quem teve cinco filhos (Tito, Márcia e as trigêmeas Flávia, Silvia e Gláucia). Passou a advogar em Cachoeira do Sul, onde se elegeu vice-prefeito em 1960. Durante o governo Leonel Brizola (1959/1963), Matheus Schmidt assumiu a chefia de gabinete da secretaria de Administração. Participou ativamente da Campanha da Legalidade. Na primeira disputa para a Câmara dos Deputados, em 1962, ficou na quinta suplência. Em 1966 se elegeu deputado federal como o quinto mais votado pelo PTB do Rio Grande do Sul. Assumiu o mandato e foi eleito vice-presidente da Câmara dos Deputados. Vinculado ao movimento estudantil, atuou em momentos tensos de confronto com os militares em protestos nas ruas da capital federal. Foi um dos deputados que liderou cordão humano em Brasília para defender os estudantes durante protesto fortemente reprimido pelos militares. Logo em seguida, em dezembro de 1968, através do Ato Institucional no. 5 foi incluído na primeira lista de cassações. Voltou para Porto Alegre e se dedicou à advocacia. Embora sem mandato parlamentar, não se afastou da política. Participou em Lisboa do histórico encontro dos trabalhistas com Leonel Brizola e, no seu retorno em setembro de 1979, estava em São Borja. Fundador do PDT, foi secretário-geral nacional do partido, auxiliando na organização partidária em diversos estados brasileiros. No governo Alceu Collares (1990/1994), foi secretário dos Transportes. Em 1994 assumiu novo mandato como deputado federal. Presidiu o PDT do Rio Grande do Sul de 1999 a 2001 e em 2004, voltou a presidir a sigla até 2009. Era membro do Diretório Regional e Nacional do PDT. Também era pecuarista.



O PDT do Rio Grande do Sul anuncia com pesar o falecimento neste sábado, 27, do ex-deputado federal, secretário dos Transportes e dirigente da sigla Matheus Schmidt. Aos 83 anos, mantinha fidelidade à militância partidária, atuando nas decisões políticas e nos encontros semanais da legenda. Nas últimas semanas, participou ativamente dos encontros que debateram a coligação do PDT com o PMDB. Esteve nas duas últimas reuniões que confirmaram a aliança entre as duas siglas, na semana passada. Na sede do PMDB, na quinta-feira (25), estava ao lado do presidente estadual do PDT, Romildo Bolzan Jr, dos deputados estaduais e federais que aclamaram a coligação.

Matheus Schmidt faleceu no início da noite deste sábado (27), de parada cardíaca, em sua residência em Porto Alegre.

Matheus José Schmidt Filho nasceu em 28 de outubro de 1926,no interior de Santa Cruz do Sul. Órfão de mãe e pai ao assumir os estudos de Direito na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, foi líder estudantil e presidente do Centro Acadêmico do curso de Direito aos 20 anos. Nessa época, atuava no jornal comunista Tribuna Gaúcha. Em 1948, esteve um período exilado no Uruguai, tendo vivido em Rivera, na fronteira com Santana do Livramento. Lá, editava um jornal comunista. Em julho de 1949 retornou e casou, em Cachoeira do Sul, com Sueelly Feldman Schmidt, com quem teve cinco filhos (Tito, Márcia e as trigêmeas Flávia, Silvia e Gláucia). Passou a advogar em Cachoeira do Sul, onde se elegeu vice-prefeito em 1960. Durante o governo Leonel Brizola (1959/1963), Matheus Schmidt assumiu a chefia de gabinete da secretaria de Administração. Participou ativamente da Campanha da Legalidade. Na primeira disputa para a Câmara dos Deputados, em 1962, ficou na quinta suplência. Em 1966 se elegeu deputado federal como o quinto mais votado pelo PTB do Rio Grande do Sul. Assumiu o mandato e foi eleito vice-presidente da Câmara dos Deputados. Vinculado ao movimento estudantil, atuou em momentos tensos de confronto com os militares em protestos nas ruas da capital federal. Foi um dos deputados que liderou cordão humano em Brasília para defender os estudantes durante protesto fortemente reprimido pelos militares. Logo em seguida, em dezembro de 1968, através do Ato Institucional no. 5 foi incluído na primeira lista de cassações. Voltou para Porto Alegre e se dedicou à advocacia. Embora sem mandato parlamentar, não se afastou da política. Participou em Lisboa do histórico encontro dos trabalhistas com Leonel Brizola e, no seu retorno em setembro de 1979, estava em São Borja. Fundador do PDT, foi secretário-geral nacional do partido, auxiliando na organização partidária em diversos estados brasileiros. No governo Alceu Collares (1990/1994), foi secretário dos Transportes. Em 1994 assumiu novo mandato como deputado federal. Presidiu o PDT do Rio Grande do Sul de 1999 a 2001 e em 2004, voltou a presidir a sigla até 2009. Era membro do Diretório Regional e Nacional do PDT. Também era pecuarista.